quinta-feira, 2 de maio de 2013

De que somos feitos

 Desde a Grécia antiga, pesquisadores quebram a cabeça para descobrir a matéria-prima de todas as coisas. Conheça a história dessa busca e saiba por que a lista de elementos não para de crescer...

Se um dia alguém lhe p...edir para construir um planeta como a Terra, vai aqui uma dica: o segredo de toda receita, como qualquer químico ou dona-de-casa pode lhe dizer, é escolher bem os ingredientes. Cumpra direitinho esse estágio e o resto vai ser só aquele trabalho besta de bater a massa e deixá-la descansar por alguns bilhões de anos. O esforço de construir um planeta fica restrito a apenas uma pergunta: "Que diabos de ingredientes eu uso para cozinhar a Terra?"

A resposta depende da época em que você nasceu. O primeiro a tentar solucionar o problema foi o filósofo grego Empédocles (490 a 430 a.C.). Para ele, era possível construir tudo o que existe na Terra com apenas quatro elementos: ar, água, fogo e terra. De acordo com a concentração de cada um na mistura, dava para fazer coisas tão diferentes como a rocha, a madeira, o vapor ou o barro. Para haver o equilíbrio e a vida continuar a existir, tais substâncias estariam sujeitas à ação de dois princípios: amor e ódio. Os dois se comportariam como as forças responsáveis por organizar e harmonizar as quatro partes essenciais, ora misturando, ora separando cada uma delas. Pronto, estava explicado o mundo.

Era uma idéia tão engenhosa que foi aceita pelas mentes mais afiadas da Grécia, entre elas a de Aristóteles (384 a 322 a.C.), que aprimorou o sistema. Para ele, amor e ódio não só misturavam os elementos como podiam transformar um em outro. Cada um dos ingredientes básicos tinha uma temperatura e uma umidade (veja ilustração ao lado) e era só mudar essas propriedades que os elementos se transformavam. Esfriando o ar, por exemplo, consegue-se água; molhando o fogo surge o ar, e assim por diante. Essa possibilidade deu origem ao sonho de encontrar a "pedra filosofal", capaz de fazer qualquer metal virar ouro. Os chamados alquimistas se esforçavam, sempre sem sucesso, para chegar lá.

Essa história - e como a química evoluiu a partir dela - é o tema do livro The Ingredients ("Os Ingredientes", ainda não traduzido), do jornalista inglês Philip Ball. Hoje se sabe que as experiências de Aristóteles nada mais faziam que trocar o estado físico da matéria. Terra era o nome dado para todos os sólidos (desde a areia até as lanças de metal), ar batizava os gases e água identificava os líquidos. Era só resfriar o vapor e transformá-lo em líquido que ele virava outro "elemento" - mesmo que tudo não passasse de água. O problema era o fogo, um fenômeno esquisito em que partículas ficavam se movimentando, excitadas pelo calor. Os antigos pensadores perceberam essa particularidade e conviveram com ela. Mas nunca a entenderam.

BRINCANDO COM FOGO

Os mistérios do fogo tiveram que esperar até o século 17 para ganharem uma explicação - mesmo assim, bastante peculiar. Nessa época, imaginou-se que as chamas não seriam um elemento em si, mas sim uma essência inflamável contida em praticamente todas as substâncias - chamada de flogístico -, que poderia ser liberada com o fornecimento de calor. Essa teoria mudou para sempre a história da química, principalmente porque nem todos concordaram em diminuir para três a lista de ingredientes no mundo. Um dos céticos era o pastor inglês Joseph Priestley (1733-1804). Ele descobriu que, com o aquecimento do óxido de mercúrio, havia liberação de um gás especial (na verdade, oxigênio) em cuja presença era possível produzir fogo com chamas muito mais intensas. Segundo a ciência da época, isso era um problema: o fogo estava aumentando quando o flogístico já havia sido consumido. O pastor denominou esse no gás de "ar sem flogístico" e, em estudos seguintes, notou que ele possuía propriedades milagrosas, capazes até mesmo de prolongar a vida. Um ratinho, colocado em uma caixa lacrada cheia do intrigante gás, sobrevivia por mais tempo que outro roedor envolto em ar comum.

Quatro anos depois, em 1778,0 químico francês Antoine Lavoisier interpretou essas observações como indícios de que esse gás era um novo elemento e batizou-o de oxigênio. A teoria do flogístico veio abaixo. Até então, acreditava-se que uma substância queimando dentro de um recipiente fechado se apagasse uma hora porque o ar ficava saturado de flogístico. Já a nova teoria propunha que o oxigênio era consumido durante a combustão, de modo que a queima terminava quando o ar ficava pobre desse gás. A compreensão mais exata do processo de queima permitiu ainda a Lavoisier identificar os três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Com isso, foi possível distinguir as variações de cada substância. Era o fim definitivo das confusões que descabelaram os velhos pesquisadores - água, gelo e vapor passaram a ser simplesmente água.

Daí para uma nova definição dos ingredientes do Universo foi um pulo. "Elemento é qualquer substância que não pode ser dividida em componentes mais simples a partir de reações químicas", afirmou Lavoisier, que listou 33 deles. Nem todos estavam corretos - constavam da lista a luz, o calor e a lima, hoje conhecida como óxido de cálcio, um composto resultante da combinação entre cálcio e oxigênio.

A partir desse momento, tudo era uma questão de saber se o elemento se apresentava em sua versão mais simples. Se ele pudesse ser dividido em duas coisas diferentes, é porque não era ainda o ingrediente básico. Em 1800, já se conheciam mais de 36 elementos e a tendência era que essa lista aumentasse rapidamente. Conscientes disso, os químicos passaram a ter a preocupação de criar uma maneira fácil de representar e organizar esse monte de substâncias.

O pontapé inicial foi dado por John Dalton. Ele comparou a mesma quantidade dos 36 elementos e viu quais eram mais pesados. Dividiu então os elementos tendo por base o peso, associando um desenho para cada um deles. O resultado foi um painel confuso, formado por três dúzias de símbolos esféricos. Uma solução mais prática veio do sueco Jons Jacob Berzelius em 1811. Ele propôs que cada elemento fosse representado pela inicial do nome em latim e, em caso de coincidência, pelas duas primeiras letras. Assim, oxigênio virou O e carbono passou a ser C, enquanto o cobalto tomou-se Co.

O próximo passo seria separar os elementos em grupos, de acordo com alguns critérios. O primeiro deles, proposto por Lavoisier, era dividir as substâncias em gases, não-metais, metais e "terrenos", que incluíam a lima. Dezenas de outras tentativas se seguiram até a elaboração do modelo mais aceitável, que se tornaria a base para a tabela periódica atual. O pai dessa nova disposição foi o russo Dmitri Mendeleyev (1834-1907). Ele bolou um arranjo em que os elementos apareciam identificados pelo esquema de Berzelius e dispostos em colunas verticais (a disposição horizontal era mais comum na época). Também estavam divididos por propriedades físicas e químicas e em ordem crescente de peso. Mendeleyev teve até o cuidado de deixar lacunas na tabela, para elementos a serem descobertos (e que de fato o foram). O resultado final foi a primeira versão da tabela que aparece acima.

Essa representação ganhou força com a descoberta de partículas ainda menores que os átomos. Descobriram-se prótons - partículas de carga positiva no núcleo do átomo - e nêutrons - sem carga elétrica mas capazes de aumentar o peso do núcleo. Por fim, existem pedaços minúsculos de matéria girando em volta disso tudo, os elétrons, que têm carga negativa. A diferença entre os elementos está no número de prótons que possuem. Com essa descoberta, pode-se contar o número de ingredientes do Universo: 92. Junte todos os itens da tabela acima até chegar ao urânio e você terá material para construir um planetinha bacana.

FAZENDO OURO

Não era só na química primitiva de Aristóteles que um elemento podia se transformar em outro. Milênios depois, os cientistas observaram em laboratório uma série de metamorfoses misteriosas. Um punhado de átomos de tório, por exemplo, podia começar a emitir outro elemento, o radônio, mesmo que este não estivesse ali originalmente. Como pode?

Para chegar à resposta, os cientistas precisaram conhecer as misteriosas substâncias emitidas por alguns elementos (que hoje conhecemos como radiativos"). Essas partículas - chamadas de alfa e beta - conseguem aumentar ou diminuir o número de prótons no átomo. Aprenda a lidar com elas e será possível transformar um elemento em outro. O tórío (com 90 prótons), por exemplo, emite partículas alfa até ficar com apenas 86 prótons e, assim, virar radônio.

A descoberta reviveu o sonho dos alquimistas - produzir ouro a partir de metais comuns. Os químicos tentaram até conseguir, o que ocorreu em 1941, ao extraírem um próton do núcleo de mercúrio e transformarem o metal em ouro. Só que a experiência não era tão simples, o que acabou com o sonho de riqueza instantânea desses desbravadores. A tecnologia permitia, no entanto, aumentar a tabela. Os cientistas conheciam agora os ingredientes do Universo, mas, como qualquer químico ou dona-de-casa pode lhe dizer, ater-se à receita original é coisa de principiante. A lista, na verdade, não tem fim: sempre é possível colocar um próton a mais no núcleo e conseguir um novo componente da tabela periódica. Um átomo de urânio com um próton a mais vira um netúnio, uma substância que ninguém nunca havia visto, mas que poderia ser feita em laboratório. Desde então, o grupo formado por elementos artificiais não parou de crescer, em parte graças à variedade de reações nucleares que os cientistas descobriram.

Foi possível, por exemplo, somar dois átomos e criar os maiores elementos que aparecem na tabela periódica, alguns com mais de 110 prótons. Não é uma tarefa fácil. Essa reação, a fusão de átomos, envolve energias altíssimas e técnicas que ainda precisam ser aprimoradas. Para piorar, os átomos mais pesados emitem radiação e se transformam em outros mais leves em milésimos de segundo, dificultando a observação. Encontrar um jeito fácil de somar os átomos, no entanto, é um dos grandes sonhos dos cientistas. Esse truque é tão poderoso que está nele a fonte de energia do Sol, onde 600 bilhões de toneladas de hidrogênio são fundidas a cada segundo e transformadas em hélio, em uma temperatura que alcança 10 milhões de graus centígrados.

Até hoje, os químicos conseguiram produzir e observar 116 elementos. E provável que, no futuro, essas pesquisas levem não só a mais substâncias como a uma compreensão melhor a respeito daquelas que já conhecemos. Não é pouca coisa. O nível atômico abriga as maiores energias que o homem conhece e, por conseqüência, as maiores oportunidades. Se desvendarmos os quebra-cabeças escondidos na tabela periódica, poderemos até, quem sabe, descobrir uma receita para construir novos planetas. Mas não é preciso sonhar tanto: mudar a Terra já seria um tremendo avanço.



Modelo grego

Até o século 18, acreditava-se que o mundo era feito com esses quatro ingredientes. Cada um possuía uma temperatura e uma umidade - a terra, por exemplo, era fria e seca. Para misturar tudo, era só usar amor ou ódio

Receita final

A lista de ingredientes do Universo

HIDROGÊNIO

ESTILO:O mais simples e Leve de todos na tabela. Se não estiver ligado a nenhum outro elemento, a gravidade não consegue segurá-Lo e ele vai literalmente para o espaço

HISTÓRIA: A cobaia favorita dos químicos, foi a partir dele que cientistas descobriram como funcionam os átomos

CURIOSIDADE: É o elemento mais abundante no Universo

LANTANÍDEOS e ACTINÍDIOS

ESTILO: Cada grupo tem características parecidas com o elemento que dá nome a eles – os actinídeos parecem o actínio e os lantanídeos, o lantãnio

HISTÓRIA: Foram uma das poucas mudanças na tabeLa periõdica depois de ela ser inventada por Mendeleyev, em 1869

CURIOSIDADE: São todos radiativos. Mantenha longe de crianças – e de adultos também!

CARBONO

ESTILO: Com os mesmos átomos, faz coisas tão diferentes como um diamante ou um grafite. Além disso, é a base de toda a química orgânica

HISTÓRIA: Foi a referência para medir a massa dos demais elementos

CURIOSIDADE: É bem fácil de ser manuseado em laboratório

OXIGÊNIO

ESTILO: Componente de 21% da atmosfera e essencial à vida

HISTÓRIA: Foi o primeiro elemento a ser isolado. Com isso, derrubou o modelo clássico grego, que dividia o mundo em água, fogo, terra e ar

CURIOSIDADE: Todo oxigénio existente na Terra surgiu a partir da ação de seres vivos, como plantas e bactérias

URÂNIO

ESTILO: O mais pesado dos elementos da natureza. Emite radiação, como todo bom actinídio

HISTÓRIA: Foi o último elemento natural a ser descoberto, pondo fim à pergunta que dá nome a esta reportagem

CURIOSIDADE: Atualmente é usado para geração de energia nuclear e na coloração de vidros

ELEMENTO 118

ESTILO: Ninguém sabe ao certo, até porque ele se decompõe em milésimos de segundo

HISTÓRIA: Feito em laboratório em 1999, nunca mais deu as caras. Foi retirado da tabela periódíca dois anos depois, por Ninguém confirmar a experiência que lhe deu origem. O elemento 117, por sua vez, nunca foi isolado
CURIOSIDADE: Feito com a fusão de chumbo (Pb) com criptônio (Kr)


Para saber mais

NA LIVRARIA:

The Ingredients - Philip Ball. Oxford University Press. Estados Unidos. 2003

NA INTERNET:
www.webelementss.com - História e curiosidades da tabela periódica
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sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Palavra (Pressupostos sobre o significado)


         PRESSUPOSTOS SOBRE O SIGNIFICADO
(A Palavra)
 
A filosofia da linguagem não se ocupa especificamente do que significam palavras, enunciados ou frase individuais, qualquer dicionário, enciclopédia ou busca no site do Google podem resolver o problema do significado das palavras. O que parece que os filósofos da linguagem buscam é “O que significa para uma frase ou frase significa alguma coisa?”; “Por que as expressões têm os significados que têm?”; “Como uma expressão pode ter o mesmo significado de outra?”. E, principalmente: “Qual o significado de “significado”?
A filosofia como paixão pelo saber, mais do que uma disciplina, torna-se um eterno questionar do homem sobre si mesmo. Nesse aspecto, não são de surpreender reflexões que versem, principalmente, sobre a linguagem; como as linguagens se relacionam com a realidade, a natureza do significado, como a comunicação é possível, o que é a verdade, o que é a necessidade lógica e como a linguagem se relaciona com a mente.
 
Será trabalhado neste ensaio este problema central da filosofia da linguagem, uma tentativa de compreender o que é para palavras e expressões tornarem-se portadores de “Significados”, ou seja, discussão sobre as possibilidades da linguagem em dizer ou não algo do mundo.
O humano para lidar com o mundo físico, que lhe é inacessível em muitos aspectos, criou dois tipos de mediadores: os instrumentos, que potencializam a ação humana diante do meio em que vive, e os símbolos, que são também instrumentos para o humano, pois potencializam a função mental. Dessa maneira, através de símbolos ou signos, o humano consegue colocar um estádio de futebol na cabeça. Os símbolos agem por representação, ou seja, trocam uma coisa por outra; trocam um objeto físico por um objeto mental. Para se referir ao estádio de futebol, usamos o símbolo correspondente que pode tanto ser uma palavra, um texto ou uma figura. Para cada situação diferente no mundo, usamos uma simbologia diferente. Uma cruz simboliza religião, uma suástica simboliza o nazismo, quatro círculos supostos simbolizam o Audi, etc.
Há grandes vantagens nessa abordagem com o mundo físico. Potencializamos, por exemplo, a memória, não é preciso lembrar-se de tudo, podendo anotar tarefas numa agenda ou deixar nossos pensamentos guardados num livro.
 Também podemos lidar com coisas que não existem imediatamente na nossa frente como se lidássemos com o inexistente. Sem as palavras só conseguiríamos nos comunicar apontando o dedo para as coisas que estão em nossa frente. Como poderíamos nos comunicar se tivéssemos que apontar com o dedo para o que queremos falar? “A frase: Vou para a biblioteca da UFPB” seria uma tarefa impossível. Seria necessário apontar o dedo para o prédio da Biblioteca que deveria estar necessariamente presente em nossa frente. Daí as vantagens de usarmos símbolos no lugar de coisas grandes e pesadas do mundo físico ou diálogos com ensinamentos filosóficos, a exemplo da história grega em que  apesar de Sócrates  nunca tivesse escrito nada –Platão que escreveu, elogiou Sócrates por isso.  A conversa e a linguagem falada seriam, depois, eternizadas nos Diálogos Platônicos, e prova que  estas seriam ótimos modos  de nos comportamos no exercício intelectual. Os filósofos, especialmente os especialistas na Filosofia da Linguagem, se perguntam qual  a capacidade de dizer o que é dito; “o problema do significado” da filosofia da linguagem, nomeadamente compreender o que é para palavras e expressões, tornarem-se portadores de “significados” – ou seja, discussão sobre as possibilidades da linguagem em dizer ou não algo do mundo.
Gottlob Frege (1848-1925) desenvolveu questões que envolviam matemática e aritmética ou, talvez, filosofia da matemática. Todavia, suas investigações adentraram para o campo semântico de uma maneira abrangente e, ao serem criticadas por Bertrand Russell (1872-1970) e, depois, aproveitadas e criticadas novamente por Wittgenstein, preencheram os capítulos básicos da filosofia analítica. O caminho destas investigações, fez com que a lógica de Frege, parecesse que se desenvolvia sem que ele tivesse uma intencional preocupação –ao menos inicialmente – com problemas filosóficos em um sentido amplo. A maneira de retomar a tradicional discussão metafísica a respeito do que é – iniciou filosoficamente os estudos semânticos; para muitos, Frege foi para a Filosofia analítica, o fundador dessa corrente.
As questões sobre “o significado”, diziam os estudos de Frege, são questões sobre a lógica ou que podem ser solucionadas a partir da lógica. Os argumentos filosóficos sobre qualquer assunto (da teoria do conhecimento à metafísica, passeando pela ética, educação, política e estética) seriam satisfatórios na exata medida da qualidade  de suas estruturas lógicas. De uma maneira que ampliando os princípios básicos da lógica seria possível obter noções fundamentais da aritmética- ou seja, a solidez da aritmética seria testada e aprovada a partir de considerações puramente lógica. Assim, por exemplo, a definição de número nada mais seria que uma derivação do princípio de identidade da lógica; isto é, a=a. Toda a  
aritmética poderia ser ‘reduzida’ à lógica. A Teoria do Significado baseado na referência ou a teoria referencial do Significado tem problemas. O que Frege identifica diz respeito ao valor cognitivo dos enunciados, ou das expressões, essa questão do valor cognitivo das expressões pode se resumir nos exemplos que Frege citou e que a teoria referencial do significado não dá conta.
Se tivermos a expressão “o pico do Jabre é o pico do Jabre” temos uma tautologia, ou uma identidade, o valor cognitivo dessa expressão é zero, ela não informa nada, ela não propicia nenhuma cognição, mas a expressão “o pico do Jabre é o lugar mais alto da Paraíba”, resulta em um valor cognitivo, bem delineado, determinado, nesta expressão há a informação geográfica, há um valor cognitivo, fica-se informado de alguma coisa. Mesmo que no primeiro enunciado tenhamos o mesmo significado do primeiro, pela Teoria Referencial- a referência continua sendo o pico do Jabre, ou seja, a referência ao falarmos do pico do Jabre remete ao ponto mais alto da Paraíba, mas o ponto mais alto da Paraíba é o pico do Jabre. Então, em termos de referência, em termos de significação, não saímos do mesmo campo. O que ocorre é que temos frases com valores cognitivos completamente diferentes e a mesma referência. Ora, como isso é possível? Como podemos dizer que é a mesma coisa? A resposta é que a teoria referencial não descreve bem a atividade que significa expressões, não descreve, eficazmente, a atividade para significar expressões. Então qual seria a solução que Frege propõe? Ele propõe uma solução que não é um conserto da teoria do significado, e sim, conduz a teoria do significado para outro campo; ele “reinventa“ uma teoria do significado.
O importante, é que, independentemente da validade de tais conclusões, o que Frege forneceu para a filosofia, foi o impulso de se desvencilhar do que, naquela época, diversos filósofos vinham chamando de psicologismo. Uma teoria do significado livre de psicologismo deveria mostrar o entendimento do significado de uma palavra sem lançar mão de eventos mentais que dela resultassem.    O que temos que observar é que enunciados, expressões, frases, proposições não podem ser tratadas como palavras, nos ensina Frege, em sua teoria, é como se estivesse dizendo: “vã até o sentido e terás o modo da apresentação – e a partir deste sentido determinarás a referência.” Então quando dissemos “O pico do Jabre é o ponto mais alto da Paraíba (1100 metros acima do nível do mar), tem-se que atentar para este modo de apresentação, o Pico do Jabre está sendo apresentado como o local geográfico que é o mais alto do Estado da Paraíba e este enunciado oferece o campo semântico, ou seja, o sentido que desvenda “aquilo” que ficamos sabendo o que é o significado deste enunciado, então é que a partir dai pode-se determinar as referências. Portanto, o Significado seria determinado pelo papel que a palavra desempenha no estabelecimento das condições de verdade de sentenças em que aparece. “Como exemplo, as “seguintes frases: “A Terra é quadrada”;” O Time da UFPB jogou basquete com uma bola quadrada”; ora, percebam que Frege não estava interessado nas imagens que tais enunciados poderiam evocar à mente de alguém. E sim, interessado nas condições que teriam de existir para se estabelecer a verdade ou a falsidade de tais sentenças.
A “Virada Linguística” encaminha a filosofia para uma atenção com o “Significado”; aprendemos que os positivistas lógicos dão a tarefa para a filosofia, como a busca para o significado, enquanto a questão da “verdade” eles deixam para a ciência. Este paradigma, ou esta ideia de que a filosofia é uma atividade que tem a ver com a busca do significado e não com a verdade, não é aleatória, se os positivistas lógicos assim agem e deixam a herança para todo o século XX e agora para XXI, com esta “Virada Linguística” com a atenção para o “Significado” é porque existe uma preocupação com algumas questões, principalmente com aquelas dúvidas que surgem a respeito da linguagem e em especial de “como é que a linguagem funciona?”.
A busca do significado pelos positivistas lógicos vai desembocar na ideia que para encontrarmos o significado temos que trabalhar com um elemento que é o verificacionismo como uma base e justificação. Que o significado é encontrado a partir da possibilidade que temos de descrevermos o método de verificação de um enunciado. Ou seja, se conseguirmos fazer uma boa descrição do caminho para dizer se o enunciado é verdadeiro ou falso – teremos a compreensão do enunciado; por exemplo, “Este notebook, no qual estou digitando este ensaio, está em cima  da mesa”, neste enunciado, como pode-se afirmar se é verdadeiro ou falso? O valor de verdade desta expressão como descobrimos?  Sabe-se que há um método simples – quando chegar até a mesa e olhar e constatar se o notebook está ou não. Se estiver, o enunciado é verdadeiro. Pelo contrário, se o notebook não estiver em cima da mesa, o enunciado é falso. Portanto, caso esse enunciado pode ser descrito ele tem significado, o essencial é saber descrever esse enunciado para encontrar a verdade dele para se conhecer o significado. Entretanto, o que os positivistas lógicos, afirmam como o filósofo Frege ou o que os outros antes disseram, é que a Teoria Referencial do Significado, apesar de popular, está no âmbito do senso comum, ela não descreve a maneira como de fato podemos entender a busca do significado. A Teoria Referencial do Significado é uma teoria que subsumi ou colocam em concordância, os enunciados, as frases ou as expressões. Quando falamos em palavra a tendência nossa - do nosso senso comum é buscar a referência da palavra para dizer que ela significa aquela referência. Por exemplo, quando dizemos a palavra “Paraíba”, a referência é “Paraíba” e imaginamos que o significado da Paraíba é a referência “Paraíba”. Ao contrário, não podemos fazer isso com os enunciados.
Para Ludwig Wittgenstein (1889-1951), “a questão o que é realmente uma palavra?” é análoga a o que é uma figura de xadrez?”¹. Isto porque a palavra é elemento dos jogos de linguagem. Estes jogos são objeto de comparação, clareando as relações existentes entre palavra e significado. Esses jogos de linguagem nos permitem uma articulação intermediária de significados, pois não “temos uma visão panorâmica do uso de nossas palavras” 2,  “nossa visão panorâmica é “nossa forma de representação, o modo pelo qual vemos as coisas”3.
Usamos as palavras como forma de representação, sendo que o mais importante na palavra não é a própria palavra, mas a significação, que é social. A “palavra significa a explicação que dermos à sua significação”4, ou seja, é a explicação do uso que fazemos de tal palavra nesse jogo de linguagem que realizamos no próprio convívio social.
Uma mesma palavra pronunciada ou escrita pode ter vários significados, por exemplo: manga. O que disse? Manga. Sem um contexto ou sem uma explicação do uso que faço da palavra manga, meu interlocutor pode não compreender a que me refiro: manga de camisa? Fruta? Esse uso da palavra manga deve ser explicitado no contexto de seu uso ou na explicação de seu uso. Portanto, não é a palavra em si mesma o que é mais importante, mas a significação social e explicada do uso que dela fazemos.
Bertrand Russell (1872- 1970), juntamente com Wittgenstein, foi responsável pelo retorno do atomismo em sua versão puramente filosófica e lógica. Após vários séculos de filosofia – depois da reviravolta da subjetividade implantada por Kant (de certa forma já prenunciada pelos gregos), quando se mostra fundamental, antes de se perguntar pelo mundo em si, perguntar pelas condições de possibilidade do homem de conhecer o mundo e depois da reviravolta lógica iniciada por Frege – as questões filosóficas deslocou seu centro de estudo da realidade para o estudo das condições do homem de conhecer a qualidade terminando por chegar à capacidade da linguagem de representar a realidade. Não se podia mais, portanto, pretender falar diretamente sobre o mundo sem antes se perguntar pela nossa capacidade de acessar o mundo, e sem se perguntar pela capacidade da linguagem em falar sobre esse mundo. Os atomistas lógicos pretendiam falar sobre o mundo, mas conscientes de que esse mundo era mediado linguisticamente. Eles partiram então, do pressuposto que a linguagem era capaz de representar o mundo, ou seja, que aquilo que dizemos corresponderia a algo que existiria na realidade. Ou melhor, que aquilo que dizemos poderia corresponder a uma realidade existente.
A pergunta então seria: como a linguagem consegue representar o mundo? Como aquilo que eu digo pode corresponder a um fato do mundo? Partindo, portanto, da linguagem, eles se questionaram: não há dúvidas de que falamos sobre o mundo, que quando eu digo algo como ‘minha cadeira é vermelha’, todo mundo que fala português entende perfeitamente o que estou dizendo, e isso se refere a um fato real, ou seja, minha cadeira realmente é vermelha.
Eles observaram que uma proposição como esta não era algo logicamente simples. Quando digo que ‘minha cadeira é vermelha’, digo também que ela tem uma cor, que ela tem um dono, que ela é um objeto que tem assento, encosto, pernas, etc. Todas estas são deduções lógicas, não é preciso ir até a cadeira para observá-la, simplesmente se deduz. Dizer que ‘minha cadeira é vermelha’ é, pois, dizer tudo isso ao mesmo tempo. Eles notaram que essa análise, essa decomposição que podemos fazer com quaisquer proposições com sentido de nossa linguagem, não pode prosseguir indefinidamente. Não podem essas proposições ser infinitamente complexas porque elas se referem a fatos do mundo que não são infinitamente complexos. O final dessa análise, portanto, devia esbarrar em pontos fixos, nomes que não mais poderiam ser decompostos. E esses nomes corresponderiam a objetos indecomponíveis do mundo. E o principal problema com o atomismo lógico dizia respeito à inadequação do modo como esses filósofos defendiam que linguagem representava o mundo. Seus questionamentos partiam da necessidade de uma isomorfia entre linguagem e mundo e não de um questionamento sobre o mundo em si.
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1 WITTGENSTEIN, Investigações filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p.53.
2 Idem, p.56.
3 Idem, p.56.
4 MORENO, Arley R. Wittgenstein: os labirintos da linguagem: ensaio introdutório. São Paulo: Moderna, 2000, p.55.
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A Filosofia é uma atividade permanente de esclarecimento, não se pode reduzi-la a linguagem, como pretendeu a filosofia analítica. O esclarecimento permanente das questões tal como se apresentam concretamente na vida humana e não somente na linguagem, é óbvio que a análise da linguagem faz sua parte importante, como instrumento auxiliar, coisa que não pode ser exagerada, porque a maior parte dos elementos que lidamos ainda não tem uma formulação linguística de concordância unanime entre os filósofos, há elementos de experiência  interior e exterior que escapa da expressão linguística, um exemplo é o fenômeno das duas grandes guerras mundiais e das tiranias totalitárias, impondo aos seres humanos, uma quantidade de sofrimento e de situações absurdas que surgiram, as quais elas não conseguiram expressar verbalmente. Não esqueçamos que a própria lógica como disciplina científica, ela é um dos dados da situação existencial social que estamos vivendo, tem uma função dentro do universo das ciências, da tecnologia, etc., se faz mister ser analisada como força social, e não apenas  dentro dos detalhes formais da própria lógica.
O uso universal dos símbolos produz um sistema simbólico que é a definição de linguagem. Então, a linguagem é o sistema que permite a troca entre objetos da realidade física, as coisas, com objetos da realidade mental, os símbolos. A linguagem possui duas funções básicas. A primeira e principal função é a de intercâmbio social. O humano se comunica antes de aprender a falar. Sinaliza, gesticula, usa todo tipo de recurso para indicar seu estado emocional e o seu estado físico. Sabemos, por projeção das nossas próprias necessidades, quando um bebê sente fome ou dor, mas não sabemos exatamente o que ele sente. Quando um bebê chora, as mães precisam ser criativas e tentar todo tipo de solução para parar o choro da criança, pois não sabem exatamente se a criança está com fome ou se sente dor ou, ainda, se chora por manha. A segunda função da linguagem é o pensamento generalizante. Neste momento, o humano aprendeu a fazer abstrações, falando das coisas inexistentes (Saci Pererê, Cavalo Alado, Sereia, Mula Sem Cabeça, etc.) fazendo referências a elas. A ordenação do real, o agrupamento de ocorrências, a classificação e a previsão são parte dessa segunda função da linguagem. Então, o humano, aos poucos, ganha a habilidade de ser racional tão cara à nossa felicidade. É quando o humano se torna plenamente humano, dominando os processos mentais superiores, tipicamente humanos: ações conscientemente controladas, atenção voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato, comportamento intencional.
BIBLIOGRAFIA
 
Frege, G. Alcoforado, Paulo (Tradução). Lógica e Filosofia da Linguagem. 2ª edição. São Paulo: Edusp, 2009.
Haching, Ian. Por que a linguagem Interessa à Filosofia?. São Paulo, (Unesp) 1999.
Lycan, William. Filosofia da Linguagem (tradução providenciada pelo Professor Dr. Giovanni Queiroz). João Pessoa, 2011.
Vygotsky, L.S. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes, 1987.
Zilhão, Antônio. Linguagem da Filosofia e Filosofia da Linguagem. Estudo sobre Wittgenstein, Lisboa, Colibri, 1993

 

quinta-feira, 21 de março de 2013

O SÁBIO E A SOLIDÃO  (Nietzsche, O Demasiado Humano)
Ateísta convicto, Nietzsche acreditava que as pessoas em geral eram apenas peças de engrenagens sem identidade própria, manipuladas por uma rede de interesses. Contrário à massificação da humanidade e a padronização de valores, pois eram males que serviam a uma minoria.
Nos últimos anos Nietzsche  e sua Obra têm sido foco de atenções, tanto dos meios acadêmicos,  como de pessoas leigas.
Conhecido por suas ideias ásperas e muitas vezes amargas, muito provavelmente nunca imaginou que seria tão lido quase Cem anos depois de sua morte. Sua notoriedade se deve ao fato de ele ter desafiado o pensamento do seu tempo.
Nietzsche pode ser considerado o pensador das angústias humanas, e neste contexto se mostra atual, pois a sociedade contemporânea ainda vive sem raízes e na superficialidade.

DIREITOS HUMANOS....

DIREITOS HUMANOS
Enquanto os homens adotarem como pressuposto o egocentrismo em suas vidas, será impossível a solução de nossos problemas cotidianos. Estes seriam facilmente resolvidos através do espírito de auxílio mútuo cuja base encontra-se no universalismo. Enquanto houver um indivíduo sofrendo com doenças, com miséria e com conflitos, é impossível afirmar que somos felizes, sendo ainda mais absurdo afirmar que somos civilizados.
O homem, presenciando a falha de seus métodos no combater a infelicidade,esqueceu-se de sua própria natureza superior e optou por buscar a felicidade na satisfação de sua própria individualidade. Ao esquecer de sua natureza superior, portanto, esqueceu de sua natureza universal e das suas verdadeiras necessidades, que são as mesmas em todas as partes do planeta.
 "...todos os problemas que enfrentamos em nosso cotidiano, tais como a violência física ou moral, crise econômica, abuso de poder, saúde pública em estado de calamidade, meio ambiente degradado, sistema educacional defasado, analfabetismo, ausência de consciência política e social, degradação da instituição familiar, desemprego, salários indignos, sistema tributário leonino, e toda a sorte de problemas infindáveis cuja enumeração seria impossível citá-los no momento." Todo esse quadro de infâmias humanas ----por vezes me deixa tão triste.... Me sinto tão incapaz e ao mesmo tempo perplexa com toda essa miserável imperfeição,com todo esse egoísmo--cujo latifundio, também, cabe um infímo a mim."
 

sexta-feira, 15 de março de 2013


PRIMAVERA ÁRABE
A expressão Primavera árabe faz referência a uma série de protestos que ainda ocorrem no chamado “mundo árabe”, compreendendo basicamente os países que compartilham a língua árabe e a religião islâmica, apesar de etnicamente diversos.

As causas já estavam de certo modo presentes, e o descontentamento em vários países era já latente, pela comum falta de emprego e oportunidades para as gerações mais jovens, além da repress...ão política e a concentração de poder e riqueza na mão de poucos. Assim, já ocorria mobilização por parte de vários grupos, mostrando que este não era um fenômeno novo na região, e, contrário à visão que predominava na mídia ocidental, os envolvidos nos protestos não tinham qualquer influência fundamentalista religiosa, nem haviam absorvido as ideias anti-ocidente promovidas por grupos terroristas como a Al Qaeda.

Entende-se, porém, que o episódio catalisador de toda a recente onda de protestos seja a autoimolação do vendedor de rua tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao próprio corpo em 17 de dezembro de 2010 em protesto contra humilhações causadas pelas autoridades locais que confiscaram os bens que usava para trabalhar. Seu funeral reuniu mais de 5000 pessoas e logo causaram a queda do ditador tunisiano Ben Ali.

Logo após iniciam-se protestos em países vizinhos, em especial o Egito, onde, multidões se reúnem na praça Tahrir (palavra árabe que significa “liberdade”), no Cairo, e em várias outras praças nas restantes cidades egípcias, acampando em protesto contra outro dirigente há décadas no poder: Hosni Mubarak. Assim como seu colega tunisiano, o egípcio mantinha o poder atrás de um regime forte, apoiado diretamente pelos militares locais, que se concentravam em reprimir a população. Após meses de protestos e completa paralisação do país, Mubarak renuncia em favor de um governo de transição, apoiado pelos mesmos militares. Os protestos continuam ainda hoje, para que os militares deixem de interferir no governo.

terça-feira, 12 de março de 2013

A energia nuclear quando surgiu, foi aproveitada para testes e armas nucleares. Um horror.
Hoje, apesar do risco de guerra atômica, há um equilíbrio de forças bélicas e a energia nuclear tem proveito na geração de eletricidade. Traz poluição incrivelmente danosa, mas têm muito proveito prático. Poderia ser eliminada? Poderia, mas não sem grandes ônus para muitas nações.
A medicina nuclear combate o cancer e mapeia o corpo humano. Foguetes nucleares já levam sondas a locais inimagináveis. E toda uma nova ética de uso dessa energia vem surgindo.
Quando surgiu a informática, temíamos que nossa vida se tornasse um grande Big Brother. Homens sendo trocados por máquinas, chips implantados nas pessoas, falta de comunicação dentro das famílias.
Hoje vemos a informática distribuindo cultura, facilitando o trabalho mecânico em muitas posições, aumentando o poder de comunicação e acesso ilimitado ao conhecimento. Tem distorções? Tem. Pornografia, roubos eletrônicos, perda de postos de trabalho que antes existiam. Mas têm muitos outros benefícios. Toda uma nova ética de uso dessa tecnologia vem surgindo. As pessoas colaboram e reinvidicam que nova noção do Direito Cibernético seja elaborado.
Se seguirmos esta linha, a clonagem também criará distorções, mas toda uma nova ética de uso dessa tecnologia irá surgir, as distorções deverão ser resolvidas com o tempo e muitos benefícios surgirão.
Porém o Progresso continua a ser um paradoxo- há progresso na Filosofia? E por que há tanta decadência na história da humanidade?  A exemplo das duas grandes guerras mundiais. Não se segue na prática do cotidiano o que se doutrina através dos belos discursos éticos.  Não vivemos em um mundo seguro? Um mundo em que os direitos mais fundamentais têm que ser respeitado?
 
 

QUEM ELES PENSAM QUE SÃO ????
A história FOI e CONTINUA A SER TESTEMUNHA de muitas histórias deploráveis da vontade do homem de se ACHAR SUPERIOR ao próximo.. ao semelhante ...ao outro ser humano ao ver a DIFERENÇA do outro COMO DEFEITO--- quer exemplos ?? Temos o Vergonhoso NAZISMO ---- O PRECONCEITO COM OS NEGROS -- PRECONCEITO COM OS HOMOSSEXUAIS --- COM OS SURDOS -----COM OS ANÕES ----- E PASMEM ATÉ COM NORDESTINOS / POBRES E AFRICANOS E TRAVESTIS --TRANSSEXUAIS E QUEM O...XIDA OS CABELOS E SE TRANSFORMA EM LOIRAS!....O que faz o homem se achar no DIREITO de querer aniquilar essas "DIFERENÇAS INCÔMODAS"???? ou mostrar sua força sobre os fracos? Os homossexuais podem ser exemplos mais próximos, por estarem conquistando direitos por meio de leis específicas que deixam muitos bem insatisfeitos. Mas o que incomoda tanto esse "HOMEM SUPERIOR"? O que faz do homem esse animal....Q não respeita o desejo ou a preferencia sexual do outro? Exemplos de homens-animais PRECONCEITUOSOS --homofóbicos? O Malafaia --- Marcos Feliciano e centenas e milhares enrustidos Q não falam porque temem --mas aplaudem (silenciosamente) a voz do preconceituoso---!Ver mais