sábado, 13 de março de 2010

FELICIDADE...???


FELICIDADE


Felicidade é uma palavra que parece agregar todo e qualquer valor que estejamos buscando. Quando nossas escolhas são questionadas, costumeiramente alguém responde: “o que importa é ser feliz”. Mas o que significa ser feliz? Se perguntarmos as pessoas que estão a nossa volta, elas provavelmente responderão: felicidade é... ”um estado de espírito”; ou “estar com a pessoa com quem se gosta”; ou “viver em um lugar paradisíaco”; ou ainda “composta por pequenos momentos, ou etc. Imagine que ser feliz é ter uma vida plena.



Este é o objetivo no qual convergem todos os objetivos da sua existência, Ter uma vida plena é o ideal da sua vida. Mas qual é a fórmula da vida plena? É a nossa vontade que aponta o caminho da felicidade? Ser feliz é fazer só o que se quer? Não poderiam ser as emoções a apontar esse caminho? Neste caso, ser feliz seria apenas fazer aquilo que nos desperta emoções positivas. Todavia, muitas vezes a razão se mostra contrária às emoções. Enquanto você pensa em fazer algo que lhe faria alegre, a sua razão lhe sugere que aquela não é a melhor atitude a tomar. Bem, então seria a razão a apontar a trilha da vida plena? Considere que a razão pode nos conduzir ao autoconhecimento e à compreensão do mundo que nos circunda. Se assumirmos esta perspectiva, então ser feliz é compreender a nossa existência; é compreender a existência. Isso parece ser interessante! Felicidade seria, então, uma espécie de bem-estar mental ou intelectual?

Outra resposta á pergunta sobre a fórmula da vida plena poderia ser: “ter muito dinheiro; depois eu compro o que eu quiser”. Mas a felicidade pode ser comprada? Os bens materiais podem garantir a felicidade? Felicidade é o mesmo que ter bens materiais? Todas as pessoas que consideramos têm bens materiais e são felizes por causa deles? Se a resposta é sim, então as implicações são devastadoras. Considere que dada a escassez de recursos no mundo em que vivemos hoje, grande parte da população estaria condenada à infelicidade.
Por outro lado todas aquelas pessoas que tem muito dinheiro e que constituem uma pequena parcela da humanidade deveriam ser felizes. Mas não é isso que podemos observar. Vemos pessoas felizes ou infelizes, independente da quantidade da quantidade de bens que possuam naquele momento. Talvez a felicidade não esteja em algo que possamos possuir.

Outra resposta que tenho escutado, sobre a fórmula da felicidade, está associada ás nossas relações. Talvez a felicidade não esteja em nós, como um bem intelectual, nem fora de nós, como um bem relacional. Entretanto, uma relação como a amizade exige reciprocidade. A relação de amizade, por exemplo, não depende apenas do nosso próprio empenho, mas, conjuntamente, do empenho da outra pessoa. O bem-estar relacional pressupõe reciprocidade e, portanto, é frágil. Todavia são muitos e variados os relacionamentos que necessitamos ter para dar manutenção a nossa vida. Todavia, ao cultivarmos as nossas relações, fortalecemos a nossa vontade, nos conhecemos melhor e podemos ter emoções incríveis. Sem falar que “quem encontra um amigo, encontra um tesouro”! Não seria a felicidade um bem relacional?

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