tag:blogger.com,1999:blog-2124983186750386202024-03-06T00:10:14.884-08:00Pesquisando Filosofia*O Ente e a Essência são aquilo que o intelecto concebe em primeiro lugar.
*E foi graças a Kant que se passou a observar que o pensamento não é governado pelo seu objeto, mas o contrário.
Filosofia (φιλοσοφία) é uma palavra que deriva do grego e resulta da união de outras duas palavras: philia (φιλία), que significa amizade,amor e sophia(σοφία), que significa sabedoria,conhecimento.FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.comBlogger65125tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-1688015128540505342014-12-15T03:25:00.002-08:002014-12-15T03:25:31.245-08:00O LADO BOM DAS COISAS RUINS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="edMateria" style="background-color: white; float: left; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 10px 15px 0px 0px; z-index: 1;">
<a class="amarelo" href="http://super.abril.com.br/superarquivo/?edn=302Ed&yr=2012a&mt=marcom&ys=2012y" style="color: black; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none;"><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="font-size: 11px; line-height: 13px; margin: 0px; padding: 0px;">marco<br style="margin: 0px; padding: 0px;" />2012</strong></a></div>
<div id="materia" style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 0px;">
SUPER Interessante<br /><h1 style="float: left; font-size: 21px; margin: 0px; padding: 2px 0px; width: 570px;">
O lado bom das coisas ruins</h1>
<h2 style="background: none; float: left; font-size: 12px; font-weight: normal; line-height: 14px; margin: 0px 0px 15px; padding: 0px; width: 570px;">
Depressão, timidez, pessimismo... Tudo isso tem mais do que um lado bom: podem ser peças fundamentais para uma vida melhor e mais feliz.</h2>
<h6 style="float: left; font-size: 12px; margin: 0px 20px 0px 0px; padding: 2px 0px;">
por Maurício Hort</h6>
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<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
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<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img src="http://super.abril.com.br/imagem/jkrowling.jpg" /></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
A mulher mais rica do Reino Unido ganhou sua fortuna escrevendo um livro juvenil durante uma crise de depressão, enquanto sustentava sua filha com ajuda do governo. Tinha acabado de perder o emprego e de se divorciar. O maior filósofo do século 20 não passou no vestibulinho do colegial e sofreu bullying na escola por escrever errado, ter péssima memória e não fazer amizades - não se interessava em conviver com pessoas. Humanos também não eram os seres prediletos do mais conhecido intérprete de J. S. Bach, que não tocava para plateias nem deixava que pessoas encostassem nele. E o inventor da lâmpada era tão avoado que foi expulso da escola aos 8 anos e precisou estudar em casa.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />J. K. Rowling, Ludwig Wittgenstein, Glenn Gould e Thomas Edison. Essas pessoas atingiram o sucesso não apesar de suas falhas, mas por causa delas. Certos padrões de personalidade e de ânimo considerados até mesmo transtornos mentais foram selecionados ao longo da evolução. Talvez essas adaptações não sejam tão vantajosas hoje quanto na época em que vivíamos fugindo de predadores, lutando com rivais e caçando presas. Mas tais peculiaridades preenchem os buracos criados pela normalidade da maioria das pessoas.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Desatentos conseguem captar ao mesmo tempo vários estímulos do ambiente e, com isso, fazer associações inesperadas, criativas. Outras pessoas não conseguem se interessar pelo que há à sua volta, mas exatamente por isso concentram-se dias a fio num só raciocínio e chegam a conclusões geniais. A ansiedade nos protege de pagar para ver uma ameaça, e a tristeza e o pessimismo nos fazem desistir de ilusões.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Portanto, se você tem amigos esquisitos, sinta-se sortudo. Você se acha meio diferente? Saiba nas próximas páginas por que isso pode ser bom.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">DEPRESSÃO</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" src="http://super.abril.com.br/imagem/lado-bom-problemas.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Do ponto de vista clínico, não há nada de bom na depressão. Ela aprisiona no sofrimento pessoas que, paralisadas, não conseguem tomar atitudes que melhorariam sua vida. Isolam-se socialmente e tendem a remoer um problema. Às vezes, até a morte. Mas não. Até ela tem seu lado positivo. Para começar a entender qual é esse lado, temos que responder a uma pergunta: por quê, afinal, a depressão existe? Uma hipótese é a de que, conforme a civilização se desenvolveu, o homem alterou seu ambiente numa velocidade maior do que sua capacidade de adaptar-se a ele. Evoluímos para viver em grupos de 50 a 70 membros seguindo o ciclo do Sol, com a preocupação de obter alimento e procriar. Agora as coisas mudaram um pouco: temos de nos preocupar com contas, imagem, carreira... E muitos planos acabam frustrados - talvez mais do que a cabeça foi feita para aguentar. Pior: temos hábitos sedentários e, graças à luz artificial, fazemos nosso corpo funcionar no tempo do relógio, e não no do Sol. Tudo isso explicaria por que a prevalência da depressão tem aumentado. "É o mesmo que ocorre com nosso sistema cardiovascular, que não evoluiu para dar conta de alimentos gordurosos e pouco exercício", afirma Paul Gilbert, da Universidade de Derby, no Reino Unido.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Mas não é só isso.</strong> Outra corrente defende que a depressão existe porque foi talhada pela seleção natural, ou seja: porque oferece vantagens a seus portadores. Segundo o médico Randolph Nesse, da Universidade de Michigan, ela teria a mesma função da dor: garantir nossa sobrevivência diante de um risco. Quando um tecido está prestes a ser lesionado durante alguma atividade física, nossos neurônios transmitem um estímulo que nos impede de seguir além de nossos limites. A depressão funciona da mesma forma - mas, em vez de impedir fisicamente que você assuma um risco, ela atua no ânimo. A euforia e a depressão serviriam para regular nossas ações na busca por um objetivo. Um dos primeiros cientistas a pensar isso como uma adaptação foi o psicólogo americano Eric Klinger. Num artigo de 1975, ele analisou como o humor melhora conforme o progresso na busca de um objetivo. Isso motiva a pessoa a continuar a se esforçar e assumir riscos cada vez maiores. Quando esses esforços começam a falhar, uma piora no ânimo a faz voltar atrás, preservar suas reservas e reconsiderar opções. Essa piora, essa depressão leve, abre espaço para a introspecção e o autoexame necessários para tomar decisões difíceis, como desistir de objetivos inalcançáveis e buscar novas metas. Foi justamente o que observaram pesquisadores da Univerdidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. Por 19 meses, eles acompanharam 97 adolescentes, analisando sua capacidade de deixar de lado objetivos muito difíceis (ou inalcançáveis), como virar um músico famoso, e abraçar outras metas, como dar duro para entrar numa boa faculdade. Enquanto isso, os pesquisadores também observaram sintomas de depressão nos voluntários. Conclusão: as pessoas com sintomas de depressão leve conseguiam abrir mão com mais facilidade de objetivos irrealistas. Elas davam menos murro em ponta de faca. E tendiam a sair da adolescência menos machucados, mais felizes, do que os esmurradores de lâminas. <br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">ANSIEDADE</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" height="332" src="http://super.abril.com.br/imagem/ansiosa-ansiosa.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" width="501" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Você está perdido no meio do nada. E ouve um ruído longínquo de animal. O bicho pode ser um tatu ou uma onça. Se você ficar apavorado e sair correndo até um lugar seguro antes que uma possível onça se aproxime, vai ter gasto 200 calorias em 10 minutos. Se não correr e depois for surpreendido por um leão, perderá seu corpinho inteiro - isto é, 200 mil calorias. Por esse raciocínio frio e puramente matemático, valeria a pena ter um ataque de pânico se a probabilidade de o ruído ser de um leão for maior que 1 em 1 000, conclui Randolph Nesse em sua empreitada em busca das causas evolutivas de transtornos mentais. Isso justifica por que é bom sentir medo mesmo quando a ameaça é pequena. E ansiedade é isto: medo de algo que não é necessariamente real. Mais: tal como o amor, ela é uma emoção. E uma emoção é um padrão de resposta diante de situações que podem trazer riscos ou oportunidades. A paixão ajuda a cortejar um parceiro, a raiva nos afasta de alguém quando desconfiamos que fomos traídos, e a ansiedade nos faz fugir ou lutar quando sentimos ameaçados. E isso acontece sem que pensemos. Quando bate a ansiedade, o fígado começa a liberar glicose, a frequência cardíaca aumenta, menos sangue circula pela pele e mais vai para os músculos. Assim, o corpo fica preparado para reagir - a animais, à altura, a trovões, à escuridão ou ao escrutínio público. E também a coisas mais sutis, como um trabalho insuportável ou um relacionamento falido. Ou seja: a ansiedade também pode funcionar como um alarme para que você mude de vida quando necessário. Um alarme que não temos como fingir não escutar.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">PESSIMISMO</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" src="http://super.abril.com.br/imagem/schopenhauer-foto-450.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Para começar, precisamos de pessimistas por perto. Como diz o psicólogo americano Martin Seligman: "Os visionários, os planejadores, os desenvolvedores, todos eles precisam sonhar com coisas que ainda não existem, explorar fronteiras. Mas, se todas as pessoas forem otimistas, será um desastre", afirma. Qualquer empresa precisa de figuras que joguem a dura realidade sobre os otimistas: tesoureiros, vice-presidentes financeiros, engenheiros de segurança...<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Esse realismo é coisa pequena se comparado com o pessimismo do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para ele, o otimismo é a causa de todo sofrimento existencial. Somos movidos pela vontade - um sentimento que nos leva a agir, assumir riscos e conquistar objetivos. Mas essa vontade é apenas uma parte de um ciclo inescapável de desilusões: dela vamos ao sucesso, então à frustração - e a uma nova vontade.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Mas qual é o remédio, então? Se livrar das vontades e passar o resto da vida na cama sem produzir mais nada? Claro que não. A filosofia do alemão não foi produzida para ser levada ao pé da letra. Mas essa visão seca joga luz no outro lado da moeda do pessimismo: o excesso de otimismo - propagandeado nas últimas décadas por toneladas de livros de autoajuda. O segredo por trás do otimismo exacerbado, do pensamento positivo desvairado, não tem nada de glorioso: ele é uma fonte de ansiedade. É o que concluíram os psicólogos John Lee e Joane Wood, da Universidade de Waterloo, no Canadá. Um estudo deles mostrou que pacientes com autoestima baixa tendem a piorar mais ainda quando são obrigados a pensar positivamente.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Na prática: é como se, ao repetir para si mesmo que você vai conseguir uma promoção no trabalho, por exemplo, isso só servisse para lembrar o quanto você está distante disso. A conclusão dos pesquisadores é que o melhor caminho é entender as razões do seu pessimismo e aí sim tomar providências. E que o pior é enterrar os pensamentos negativos sob uma camada de otimismo artificial. O filósofo britânico Roger Scruton vai além disso. Para ele, há algo pior do que o otimismo puro e simples: o "otimismo inescrupuloso". Aquelas utopias que levam populações inteiras a aceitar falácias e resistir à razão. O maior exemplo disso foi a ascensão do nazismo - um regime terrível, mas essencialmente otimista, tanto que deu origem à Segunda Guerra com a certeza inabalável da vitória. E qual a resposta de Scruton para esse otimismo inescrupuloso? O pessimismo, que, segundo ele, cria leis preparadas para os piores cenários. O melhor jeito de evitar o pior, enfim, é antever o pior.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">TIMIDEZ</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;"><img alt="" height="503" src="http://super.abril.com.br/imagem/lado-bom-timidez.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" width="504" /></strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Escolas valorizam trabalho em grupo. Processos seletivos jogam candidatos em dinâmicas para identificar líderes natos. Empresas colocam seus funcionários em amplos escritórios sem divisórias e colhem ideias em brainstorms com uma dezena de pessoas - vale tudo, menos ter vergonha de falar besteira. Vivemos no mundo dos extrovertidos. Mas há pesquisadores que veem essa valorização do trabalho coletivo e da extroversão como um tiro no pé. "O mundo está desperdiçando o talento das pessoas tímidas", defende Susan Cain em seu livro Quiet (Quieto, sem versão brasileira), que compila estudos sobre o assunto.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Mas como a timidez pode ser positiva, afinal? Para responder a isso, precisamos esclarecer uma coisa - ser introvertido não significa ser fechado ao exterior. Muito pelo contrário. É ser sensível demais a ele. É o que tem demonstrado desde a década de 1960 o psicólogo Jerome Kagan. Em seu estudo mais importante, ele juntou 500 bebês de 4 meses em seu laboratório em Harvard para observar como reagiam quando estimulados com sons, imagens coloridas em movimento e cheiros. Então separou o grupo dos que reagiam muito - 20% deles - e o dos que reagiam pouco - 40%. Suas pesquisas anteriores lhe permitiram predizer o contrário do que a intuição sugere: os muito reativos se tornariam os futuros introvertidos. Aos 2, 4, 7 e 11 anos de idade, essas crianças voltaram ao laboratório de Kagan. As que haviam sido classificadas como muito reativas desenvolveram personalidades sérias, cuidadosas, enquanto as pouco reativas se tornaram mais relaxadas e autoconfiantes - a futura turma do fundão. Isso porque a amídala (estrutura do sistema límbico, responsável por reações instintivas, como apetite, libido e medo) é mais facilmente estimulada em crianças muito reativas. Ou seja, são mais alertas, mais sensíveis a estímulos novos. Suas pupilas se dilatam mais, suas cordas vocais ficam mais tensas, sua saliva tem mais cortisol - um hormônio do estresse - e seu batimento cardíaco se acelera mais. Um pouco de novidade já implica em vontade de se proteger. O lado negativo é que são mais vulneráveis à depressão e à ansiedade. Mas, ao mesmo tempo, podem ser mais empáticas, cuidadosas e cooperativas, desde que se sintam em sua zona de conforto. "Crianças muito reativas podem ter maior probabilidade para se tornar artistas, escritores, cientistas e pensadores, pois sua aversão a estímulos novos as faz passar mais tempo no ambiente familiar - e intelectualmente fértil - de sua própria cabeça", diz Cain. Um introvertido concentra a mente numa só atividade, em vez de dissipar energia em assuntos não relacionados ao trabalho - estudos do programador americano Tom DeMarco com 600 colegas mostram que o que define a produtividade no setor de TI não é o salário nem a experiência, mas o quão isolado é o ambiente de trabalho. A solidão também permite focar-se nas próprias falhas e treinar até chegar à perfeição. É esse tipo de prática que cria grandes atletas e virtuoses musicais.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">AUTISMO</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" src="http://super.abril.com.br/imagem/witt.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Ludwig Wittgenstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. "Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo", contou em suas memórias. <br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Assim foi o jovem Wittgenstein. Mas sua excentricidade e o fato de ter revolucionado a filosofia no século 20 não são uma contradição, segundo o professor Michael Fitzgerald, do Trinity College, em Dublin. O psiquiatra vê em sua biografia sintomas que caracterizam a síndrome de Asperger - um tipo de autismo que, aliado a um intelecto avantajado, pode ser a base da genialidade.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Todo autista se foca obsessivamente em interesses muito específicos, tem comportamentos repetitivos e não se interessa em interagir com outras pessoas. Mas, enquanto a imagem mais comum é a da criança ensimesmada balançando para a frente e para trás, o espectro do autismo vai desde o atraso mental até o desenvolvimento linguístico e cognitivo completo - caso da síndrome de Asperger. Quem tem essa síndrome não se interessa em dividir experiências e emoções, tem padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento e de interesses e não abre mão de sua rotina. Isso torna o convívio difícil - mas pode ter um efeito colateral inesperado. <br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />"Muitas características da síndrome de Asperger aumentam a criatividade", escreve Fitzgerald em Autism and Creativity (Autismo e Criatividade). "Pessoas assim têm uma capacidade extraordinária para focar-se em um tópico por um longo período - dias, sem interrupção nem mesmo para as refeições. Não desistem diante de obstáculos." E não é apenas a concentração. A forma como entendem o mundo é diferente. Quando veem uma coisa, apreendem o detalhe para então sistematizar como funciona o geral - enquanto a maioria das pessoas apreende o geral para depois se afunilar em detalhes. Isso é um enorme ponto positivo para engenheiros, físicos, matemáticos, músicos.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Não que não haja um lado negativo. Portadores da síndrome de Asperger também têm dificuldade em aceitar e adotar regras sociais. Por isso, muitas vezes parecem ter personalidade infantil. Quando entrou para a faculdade de engenharia, Wittgenstein se fascinou pela obra Os Princípios da Matemática, de Bertrand Russell. Em 1911, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar com Russell. Nos primeiros dias, chegava à sala do mestre à noite e seguia até a manhãzinha desdobrando suas ideias como que em um monólogo. Em 1926, quando terminou a defesa oral de sua tese de doutorado, deu um tapinha nos ombros dos examinadores. "Não se preocupem. Eu sei que vocês nunca conseguirão entender", disse. Wittgenstein começou então a dar aulas. Em seus seminários, era como se não houvesse uma audiência. Lutava com seus pensamentos e volta e meia caía em silêncios que nenhum estudante ousava interromper. Qualquer comentário que considerasse estúpido era retrucado brutalmente.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Para escrever Investigações Filosóficas, sua maior obra, ficou isolado numa cabana na Irlanda. Certa vez, o caseiro, que o havia visto conversando, perguntou-lhe se tivera uma boa companhia. A resposta foi: "Sim, falei muito com um ótimo amigo - eu mesmo". Numa carta a Bertrand Russell, escreveu: "Estar sozinho me faz um bem infinito, e não acho que agora poderia suportar a vida entre pessoas". O único grande prazer social do filósofo era discutir seus interesses - lógica, linguística e música. O mundo real pouco lhe importava.</div>
<div class="box" style="background: rgb(234, 234, 234); font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">O gene da engenharia</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Todo engenheiro é um pouco autista. Essa é a conclusão, polêmica, do psiquiatra Simon Baron-Cohen, de Cambridge. Simon buscava identificar se estudantes com sintomas da síndrome de Asperger tinham predisposição a escolher alguma área específica de conhecimento. Fez um levantamento com graduandos de Cambridge e viu que alunos de exatas eram os mais propensos a ter os sintomas. O estudo fez barulho suficiente para que os pais de alunos de Eindhoven, na Holanda, entrassem em contato com ele depois de identificarem uma epidemia de autismo na cidade, conhecida pela concentração de empresas tecnológicas. Baron-Cohen comparou Eindhoven com Haarlem e Utrecht - que têm número semelhante de habitantes - e levantou a porcentagem de pessoas empregadas em tecnologia: 30, 16 e 17%, respectivamente. Depois, pesquisou a prevalência de autismo diagnosticado nas cidades: 229 por 10 mil crianças em Eindhoven, contra 84 e 57 nas outras. Para Baron-Cohen, isso é indício de que regiões onde pais têm empregos relacionados à "sistematização", como o da tecnologia da informação, terão uma taxa de autismo maior em suas crianças. É um resultado polêmico: indica que as pessoas naturalmente mais aptas para as ciências exatas carregam mais genes ligados ao autismo do que a média da população. E mais: é uma evidência de que essa aptidão seja, por si só, uma forma leve de autismo.<div style="padding: 2px 0px;">
<br /></div>
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<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<br /></div>
<div class="box" style="background: rgb(234, 234, 234); font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px;">
<div style="padding: 2px 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Einstein, o autista</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />O psiquiatra Michael Fitzgerald identificou traços da síndrome de Asperguer, uma forma moderada de autismo, em 42 personalidades históricas. Conheça algumas delas.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">ALBERT EINSTEIN</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />"Meu senso de justiça e de responsabilidade social sempre se contrastou com minha falta de necessidade de contato direto com outras pessoas ou comunidades. Sou de fato um viajante solitário e nunca pertenci a meu país, à minha casa, aos meus amigos ou mesmo à minha família", escreveu o físico nos ensaios Como Vejo o Mundo.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">GLENN GOULD</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Um dos maiores pianistas do século 20 não deixava ninguém tocá-lo e, quando mais velho, só se comunicava com o resto do mundo por telefone ou por cartas. Aos 32 anos parou de tocar em público e se fechou no estúdio. Afinal, para ele tocar música era um ato tão íntimo que não dava para conciliá-lo com a audiência.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">LEWIS CARROLL</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />O escritor americano Mark Twain chegou a dizer que Carroll, matemático autor de Alice no País das Maravilhas, era interessante "somente para olhar." Era o homem "mais estiloso e mais tímido" que já tinha visto. Não dava autógrafos nem deixava ser retratado - mesmo sendo ele mesmo um fotógrafo amador. "Minha aparência e minha escrita pertencem somente a mim", escreveu em uma carta.</div>
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<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
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<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">FRACASSO</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" src="http://super.abril.com.br/imagem/homem-fracassado.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Quando destruímos um relacionamento, somos demitidos ou vivemos qualquer outra grande frustração nessa linha, não tem muito jeito: sentimos não só que um plano deu errado, mas que falhamos como pessoa.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Nossa mente, porém, evoluiu com uma defesa contra isso: ela ignora o que não quer saber. Uma área do cérebro chamada córtex cingulado anterior é ativada quando percebemos que alguma coisa deu errado. É como se fosse o mecanismo do "putz!". Com ele, excitamos mais uma região - o córtex pré-frontral dorso-lateral. Ele é o "censor" da mente, responsável por apagar determinado pensamento.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Esse mecanismo duplo - primeiro o "putz" e depois o "esquece" - permite editar nossa consciência conforme nossa vontade. Assim, conseguimos deixar para trás nossos fracassos.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Isso também acontece com cientistas. No início da década de 1990, Kevin Dunbar começou a observar os laboratórios de bioquímica da Universidade de Stanford. Descobriu que a metade dos dados obtidos nas pesquisas não batia com o que suas respectivas teorias previam. Os resultados às vezes simplesmente não faziam sentido. A reação então era típica: primeiro, os pesquisadores procuravam um bode espiatório - alguma enzima ou máquina devia não ter funcionado direito. Então repetia-se o experimento. Quando o resultado inesperado acontecia de novo, o experimento inteiro era considerado um fracasso e acabava arquivado. O que os pesquisadores não percebiam é que o mecanismo "putz, esquece" de sua mente os cegava. Dunbar então observou grupos de estudo com pesquisadores de diferentes áreas - biólogos, químicos e médicos. O fato de ter pessoas com um olhar de fora fez com que os bioquímicos, em vez de jogar fora o experimento, abrissem os olhos e repensassem suas teorias. Assim puderam reavaliar suas convicções e muitas vezes encontrar o caminho que funcionava. Moral da história: entender o porquê de um fracasso pode ser o melhor atalho para o sucesso.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />É mais ou menos o que aconteceu com a britânica Joanne Rowling. Quando era adolescente, tudo o que seus pais esperavam dela era que não fosse pobre como eles. E tudo o que ela queria era ser escritora. Para arranjar um meio-termo entre seu desejo e o dos pais, fez faculdade de letras. Terminados os estudos, sua vida virou uma sucessão de fracassos. Tentou agradar os pais trabalhando num escritório, mas não suportava a chatice do dia a dia. Quando a mãe morreu, mudou-se para Portugal para dar aula de inglês. Em 3 anos, casou-se, teve uma filha e se divorciou. Desempregada e descasada, mudou-se para a Escócia, onde, deprimida, foi viver da ajuda financeira do Estado. Quando Joanne estava no ponto mais fundo de seu fracasso, começou a escrever um livro. Levou um "não" de 8 editoras - até conseguir uma que publicasse seu Harry Potter e a Pedra Filosofal. Adotou o nome artístico de J. K. Rowling e, em 3 anos, se tornaria a mulher mais rica do Reino Unido. E, para ela, o ingrediente de seu sucesso foi o fracasso. "O fracasso significa eliminar tudo o que não for essencial. Parei de fazer de conta para mim mesma que era uma pessoa diferente e comecei a direcionar toda minha energia em terminar o único trabalho que importava para mim", disse a uma plateia de graduandos de Harvard durante uma conferência do TED (instituição que organiza conferências sobre novas ideias). E arrematou: "Me senti liberta, porque meu maior medo já tinha acontecido. E ainda assim eu continuava viva".<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">DÉFICIT DE ATENÇÃO</strong></div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<img alt="" src="http://super.abril.com.br/imagem/cobain.jpg" style="border: none; margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />De 3 a 5% das crianças em idade escolar são daquelas distraídas e agitadas, que perdem tudo, não conseguem fazer a lição, não esperam sua vez e agem sem pensar. Têm o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Quando crescem, os sintomas diminuem, mas os problemas, não. Podem até piorar - afinal, as responsabilidades são outras. O que se esquece não é mais a lição de casa, mas prazos e reuniões. Trabalhos são abandonados pela metade, ordens são ignoradas. A impulsividade pode custar o emprego ou o relacionamento. Por que isso é tão comum? A resposta é semelhante à da ansiedade e da depressão - essa característica já foi uma vantagem adaptativa, até que a cultura e o ambiente mudaram. Em sociedades nômades, quem tem foco de atenção disperso é capaz de cuidar melhor de seu gado, explorar áreas desconhecidas e ficar alerta para ameaças. Dan Eisenberg, da Northwestern University, EUA, observou em tribos africanas nômades e sedentárias. Entre os nômades, os que tinham o alelo 7R (ligado ao TDAH) eram mais bem nutridos do que os sem. Já nas sedentárias, acontecia o contrário. Em outras palavras, conforme o homem se estabeleceu num só lugar e começou a viver de atividades que exigem mais foco, a atenção dispersa virou desvantagem. Mas não tanto. Os mesmos genes que hoje estão associados ao risco são responsáveis por revoluções nas artes, ciência e exploração, acredita o psiquiatra Michael Fitzgerald, do Trinity College. Michael, que já tinha procurado traços de autismo na biografia de personalidades, não demorou para fazer o mesmo com o TDAH. Segundo ele, sintomas de déficit de atenção estão presentes em Thomas Edison, Oscar Wilde, Kurt Cobain (que foi diagnosticado quando criança) e até em Che Guevara. Quem tem a cabeça na Lua pode encontrar lá em cima coisas que pessoas com o pé no chão não veem.</div>
<div class="box" style="background: rgb(234, 234, 234); font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Superávit de criatividade</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Quem tem TDAH é ótimo em brainstorms, pois não se sente inibido para dar ideias aparentemente estranhas. As psicólogas americanas Holly White e Priti Shah testaram um grupo de 90 universitários divididos entre os com e os sem TDAH. Elas pediram para que cada grupo propusesse usos para um tijolo e para um balde em 2 minutos. Resultado: os desatentos se deram melhor no número de usos, na diversidade dele e, principalmente, na originalidade. Entre as soluções do grupo com TDAH estavam usar o tijolo para escrever em superfícies como concreto ou o balde como guitarra - se você adicionar cordas e um pau ali. Só faltava verificar isso no mundo real. As pesquisadoras, então, fizeram isso num segundo estudo, de 2011. Deram a 60 universitários um questionário sobre quais seus êxitos em 10 áreas criativas: artes cênicas, humor, música... Os desatentos tiveram níveis mais altos em todas as categorias.</div>
<div style="background-color: white; font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 14px; padding: 0px 0px 10px;">
<br /></div>
<div class="box" style="background: rgb(234, 234, 234); font-family: 'Trebuchet MS', Tahoma, Verdana, Arial; font-size: 12px; margin: 0px; padding: 5px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Para saber mais</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">QUIET</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Susan Cain, Ed. Crown, 2012.<br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /><strong style="margin: 0px; padding: 0px;">THE OPTIMISM BIAS</strong><br style="margin: 0px; padding: 0px;" />Tali Sharot, Ed. Random House, 2011 <div style="padding: 2px 0px;">
<br /></div>
</div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-90493387482785459122014-08-14T06:26:00.000-07:002014-08-14T06:26:34.087-07:00FATALIDADE, Destino<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<span class="userContent">Fatalidade ou...Não? <a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/eduardocampos">#EduardoCampos</a> 10-08-1965 -----13-08-2014<br />
• O mundo líquido em que vivemos estimula as pessoas a buscarem
respostas em discursos como o da Filosofia Pura ou Filosofia Espírita.
Então, vejamos o significado da palavra <span class="text_exposed_show">"fatalidade".<br />
Fatalidade é a marca do que é fatal, a força que predispõe
irrevogavelmente os acontecimentos, o destino. Fatal é aquilo que é
certo, prescrito pelo destino, irrevogável, que necessariamente
acontecerá, inevitável, decisivo, inadiável, funesto, nefasto.<br /> Na
obra-prima de Sófocles, Édipo rei, a tragédia do homem perseguido pela
fatalidade do destino: transformado em rei, busca um assassino que, na
verdade, é ele mesmo, descobrindo, ao final, ter matado seu próprio pai e
desposado a própria mãe.<br /> No capítulo "Da lei de liberdade" de O
Livro dos Espíritos Allan Kardec analisou com lucidez diversas questões
relativas à fatalidade, dedicando-lhes uma seção inteira. A fatalidade
existe unicamente pela escolha que o Espirito fez, ao encarnar, desta ou
daquela prova para sofrer Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie
..<br /> <br /> As duas últimas acepções do adjetivo fatal indicam algo de
caráter negativo. Na concepção vulgar, esse aspecto mistura-se às
primeiras acepções, resultando daí a idéia de que a fatalidade é a
ocorrência inevitável de alguma coisa ruim. Essa associação da
predeterminação com algo trágico, nefasto, porém, não é necessária. Em
um sentido geral, a noção de fatalidade é neutra quanto à natureza boa
ou má dos acontecimentos.<br /> <br /> Como o próprio termo indica, dizer
que um fato está predeterminado é afirmar que sua ocorrência é
determinada de maneira certa pelo estado de coisas que a antecede. A
noção de predeterminação pressupõe a existência de uma como que
"amarração" entre os acontecimentos: uns levariam a outros
infalivelmente.<br /> <br /> Quando consideramos os acontecimentos do mundo
de um modo geral, são concebíveis três possibilidades: 1) todos estariam
predeterminados (determinismo); 2) nenhum estaria predeterminado
(aleatoriedade); e, 3) apenas alguns estariam predeterminados. É esta
última posição, intermediária entre os dois extremos, que é aceita pela
ciência contemporânea e pelo Espiritismo. E EU escolho esta.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_KY46SgV56gfP8Lyy-uu3pG_0RLw9wcKikrba2xt1m95LLPmxmBKoY_JdKhny9xSOhVxhDQ0opZUrKRP0s-rG43aJgnIU0LGIq1enOKHvYaZ0kDVWUrd1UXoR4h5jziH8u92BX8D2iUw/s1600/Eduardo-Campos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX_KY46SgV56gfP8Lyy-uu3pG_0RLw9wcKikrba2xt1m95LLPmxmBKoY_JdKhny9xSOhVxhDQ0opZUrKRP0s-rG43aJgnIU0LGIq1enOKHvYaZ0kDVWUrd1UXoR4h5jziH8u92BX8D2iUw/s1600/Eduardo-Campos.jpg" height="238" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRLD1MpPh1MQ0ZzYdaj8vkbvZI2aBl6NcRUXvDHfD7z6-Ohy6vqfwOW9gtPdo6JBtEsH9xwl-lEdrDysgkdOCrHhzKvKsKxhw8_fMyCUHw5cMcnhtGLx7AJjvq_3Ow08iAZYA2YY0aKgWp/s1600/acidente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRLD1MpPh1MQ0ZzYdaj8vkbvZI2aBl6NcRUXvDHfD7z6-Ohy6vqfwOW9gtPdo6JBtEsH9xwl-lEdrDysgkdOCrHhzKvKsKxhw8_fMyCUHw5cMcnhtGLx7AJjvq_3Ow08iAZYA2YY0aKgWp/s1600/acidente.jpg" /></a></div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-63904013225775147162014-07-23T10:05:00.001-07:002014-07-23T10:05:33.329-07:00O EXISTIR NO PLANETA TERRA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> O EXISTIR NO PLANETA TERRA<br />("O Existencialismo é um Humanismo" (Jean-Paul Sartre)</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;">É, não nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.<br /> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRSb3PQ9nrf7D6cU4Hi0ydVU6LVf6pRCkLDxqq3avi_0zYjAx2jNgGp4o7qmTsPoTV2GDjyjNM1r541mxkR1aejQO55ogirLB6E6DlgbEZh4MTkJL4VaAW4EnyrMBVwowq5CfmXZrAYARV/s1600/viver.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRSb3PQ9nrf7D6cU4Hi0ydVU6LVf6pRCkLDxqq3avi_0zYjAx2jNgGp4o7qmTsPoTV2GDjyjNM1r541mxkR1aejQO55ogirLB6E6DlgbEZh4MTkJL4VaAW4EnyrMBVwowq5CfmXZrAYARV/s1600/viver.jpg" /></a></div>
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;">Para Sartre, o existencialismo é um humanismo, pois é a única doutrina que dá ao homem uma possibilidade de escolha.Em seus argumentos iniciais, ele diz que existem duas espécies de existencialistas, os CRISTÃOS e os ATEUS. Entretanto, há um ponto comum entre eles. O ponto em comum entre eles é o fato de admitirem que a existência procede a essência, em outras palavras, que temos de partir da SUBJETIVIDADE. O Homem é antes de tudo, um projeto que se vive subjetivamente; em vez de ser um creme, ou uma couve-flor, o homem será o que tiver projetado ser. Então, pergunto será mais atrativo projetar ser o que leva a auto destruição?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana,sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"><br />É,<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK_ENtnjeDkFkaggQkg4eeHIidWXMuKfTw-Bqx78sK3eN4_O8Z8HytgAQDJW5NiIyWHoURWuOT5Z1IAqqy7VQWWoNncWLGlmF0t8LQAEkVztH0MK1QqTiefYp2frrYpmuft0t33_hQlZmI/s1600/apaixao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK_ENtnjeDkFkaggQkg4eeHIidWXMuKfTw-Bqx78sK3eN4_O8Z8HytgAQDJW5NiIyWHoURWuOT5Z1IAqqy7VQWWoNncWLGlmF0t8LQAEkVztH0MK1QqTiefYp2frrYpmuft0t33_hQlZmI/s1600/apaixao.jpg" height="320" width="209" /></a></div>
... milhares de pessoas se drogando, cometendo suicídio, assassinatos,bullying, orgia sedutora, ovelhas negras, corruptos pegando milhões de dólares e etc..dormindo cedinho vai ter pessoas fazendo churrascão na laje com as piriguetes, vai ter funk, pagode, rock, pop, metal o dia inteiro e bebedeiras, teoria paranoica dos Maias(ou será MALAS?) .<br />Esse bate-papo, com amigos do facebook, já é suficiente para ultrapassarmos o grande Oscar Niemeyer. Quando olho para um pequeno beija-flor: somente um pequeno e lindo ser desses, já é pretexto para continuarmos na luta. A fé, para os crentes; o futebol, para os peladeiros; o brinquedo, para as crianças; a canção, para os seresteiros e tantos outros sinais que nos abraçam a cada dia. Quando o mundo parece feio, não é o mundo: somos nós. Como os passarinhos que cantam por hábito e se alegram por ofício, podemos exercitar o bom humor. No meu caso, se o dinheiro acabou, mas a felicidade permanece e relembra um grande amigo. A cada dia, quando eu lhe perguntava “Como está?” ele respondia “Cada vez melhor!”. Enfim, quando estiver triste, grite ou cante “Cada vez melhor!”. Observe alguns dos sinais...<br />"A vida é um caso muito sério. Ela merece ser vivida, até o último segundo, independentemente dos problemas que tivermos, na sua transposição." ( como escreveu Giovanni Passini).<br /><br />É, a vida é um caso muito sério. Ela merece ser vivida, até o último segundo.</span></div>
<div id="stcpDiv" style="left: -1988px; position: absolute; top: -1999px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: medium; font-weight: normal;">não
nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca
antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo:
superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira
mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo,
consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o
reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos,
quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das
catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da
violência e distúrbios civis.</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"></span></div>
</div>
- See more at: http://apocalink.com.br/category/falsos-profetas/#sthash.zb4bwf4X.dpuf<div id="stcpDiv" style="left: -1988px; position: absolute; top: -1999px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: medium; font-weight: normal;">não
nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca
antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo:
superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira
mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo,
consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o
reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos,
quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das
catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da
violência e distúrbios civis.</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"></span></div>
</div>
- See more at: http://apocalink.com.br/category/falsos-profetas/#sthash.zb4bwf4X.dpuf<div id="stcpDiv" style="left: -1988px; position: absolute; top: -1999px;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: inherit; font-size: medium; font-weight: normal;">não
nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca
antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo:
superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira
mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo,
consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o
reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos,
quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das
catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da
violência e distúrbios civis.</span><span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: medium; font-weight: normal;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: x-small;"></span></div>
</div>
- See more at: http://apocalink.com.br/category/falsos-profetas/#sthash.zb4bwf4X.dpuf</div>
</div>
</div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-31166560048607158472014-07-20T09:47:00.000-07:002014-07-20T09:47:46.394-07:00HISTÓRIA DO RACISMO NO BRASIL<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
RACISMO À BRASILEIRA<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgijBPOYumMnwIUM8aM2kWN1snk5OfT9zXOTQQGZl2gP4rWAaLPgEoSHDAqmWc0H6PgYw1CvcXCaWt5r45hTPlce3ejVfPT_b3UOl4XfQ6kbAyYRLjDKz-nT1_QERVcrjKMxDxEzA5D2Qym/s1600/racismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgijBPOYumMnwIUM8aM2kWN1snk5OfT9zXOTQQGZl2gP4rWAaLPgEoSHDAqmWc0H6PgYw1CvcXCaWt5r45hTPlce3ejVfPT_b3UOl4XfQ6kbAyYRLjDKz-nT1_QERVcrjKMxDxEzA5D2Qym/s1600/racismo.jpg" height="175" width="320" /></a></div>
<span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;">"No Brasil das
décadas de 1930 e 1940, a “educação eugênica” foi aplicada às crianças,
em especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, </span>A eugenia e seu par inseparável, o autoritarismo, marcaram profundamente a educação no Brasil na primeira metade do século XX." (Sidney Aguilar Filho).<br />
Nesta década, a educação eugênica foi aplicada às crianças, especialmente as negras.<br />
<br />
<span style="color: magenta;"><u>O filósofo<span style="font-size: small;"> </span><span class="textomateria"><span style="font-size: small;">Habermas acreditava que a eugenia liberal, principalmente a eugenia positiva,
causa graves danos à nossa auto compreensão normativa moderna
- em outras palavras, a nossa moral convencional. </span></span></u><span class="textomateria"><u>A responsabilidade, imputabilidade e simetria
nas relações entre os membros da comunidade moral são afetadas. Segundo
o filósofo, a eugenia positiva cria uma relação assimétrica entre a
prole e seus progenitores. Quanto à responsabilidade, ele acredita que
os indivíduos resultantes de intervenções eugênicas positivas seriam
incapazes de compreender-se como autores indivisos de seu projeto
racional de vida. Essa intromissão na determinação no projeto racional
de vida de outra pessoa consistiria num tipo de violação da liberdade
ética ou a de escolher a maneira de buscar a própria felicidade,
garantida pelas constituições liberais e democráticas</u>.</span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq6LK736HWBpDctptsTbTrAtdLV4odRLlHeqFm86b4O_W1V6OX5FrNVjOKgZkaRjN7fExd-MIVFvlVsArasgSBNzQ1tESqWGl_g6vPAdVQ0nkeGkKvaJQnSIdUxhyphenhyphenQI08o-oV-ZyxortI2/s1600/posmodernidade11_46.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq6LK736HWBpDctptsTbTrAtdLV4odRLlHeqFm86b4O_W1V6OX5FrNVjOKgZkaRjN7fExd-MIVFvlVsArasgSBNzQ1tESqWGl_g6vPAdVQ0nkeGkKvaJQnSIdUxhyphenhyphenQI08o-oV-ZyxortI2/s1600/posmodernidade11_46.jpg" height="149" width="320" /></a></div>
<span class="textomateria"> </span><span class="textomateria">A antropometria e a frenologia, estudos
utilizados para classificar indivíduos e grupos humanos por meio das
dimensões do crânio, do lóbulo das orelhas ou do nariz. Utilizados pelos
nazistas, alguns traços eram considerados como indicadores da
degeneração biológica (fotos acima).</span><br />
<br />
<u>ESTIMULO À EUGENIA</u> (Constituição BRASILEIRA de 1934 !)<br />
Na Constituição brasileira de 1934, em seu artigo 138, está escrito que
“Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos das leis
respectivas: b) estimular a educação eugênica”. No Brasil das décadas de
1930 e 1940, a “educação eugênica” foi aplicada às crianças, em
especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, sobretudo,
nos termos da época, entre “órfãos e abandonados, pretos ou pardos,
débeis ou atrasados”.<br />
Nada menos que três dos ministros da Educação, durante a Era Vargas,
identificaram-se com esse ideal de base racista. Francisco Campos
(1891-1968), Belisário Penna (1868-1939) e Gustavo Capanema (1900-1985)
defenderam abertamente concepções eugênicas, assim como outros
intelectuais da Educação, na época, também defenderam argumentos
semelhantes. Lourenço Filho (1897-1970), por exemplo, concluiu com suas
pesquisas que haveria uma relação entre velocidade de aprendizagem e
“cor” – defendeu que as crianças pretas possuiriam um déficit natural em
relação às brancas na capacidade de aprendizagem, e isso deveria ser
levado em conta na composição das “salas seletivas” ou no “uso de
mecanismos corretivos” no processo de aprendizagem. Ou ainda, Afrânio
Peixoto, que, em sua obra Noções de História da Educação (1936),
defendeu a segregação de crianças e adolescentes “degenerados” como
forma de garantir a “saúde da Nação”.<br />
<br />
<span style="color: red;"><span class="irc_su" dir="ltr" style="text-align: left;"> </span><b>O termo “eugenia” (“boa geração”) foi cunhado, em 1883, pelo antropólogo
inglês Francis Galton. Eugenia seria a ciência que lida com todas as
influências que supostamente melhoram as qualidades inatas de uma
pressuposta raça em favor da evolução da humanidade. Na afirmação de
Galton, os cérebros de uma “raça-pátria-nação” encontravam-se sobretudo
em suas elites, e aí se deveria concentrar a atenção e os esforços para o
aprimoramento. Seria estatisticamente “mais proveitoso” investir nas
elites e promover o “melhor estoque do que favorecer o pior”. Galton
procurou demonstrar que as características humanas (inclusive as
intelectuais, culturais e morais) decorriam da hereditariedade mais que
da própria história.</b></span><br />
<br />
Ao longo das primeiras décadas do século XX, o pensamento eugenista
tornou-se cada vez mais geneticista. O evolucionismo social procurou
“mais na origem genética e menos nas alterações genéticas herdadas” as
explicações e justificativas para “eugenia e disgenia”. A “pureza” da
origem, ou a falta dela, ganhou status explicativo da “superioridade e
da inferioridade” humana e da nação.<br />
No Brasil, as relações socioeconômicas sustentadas na lógica eugenista
foram profundamente marcadas pela história escravocrata. Durante o
século XIX, a ideologia da eugenia expandiu-se no mais tardio reduto
escravocrata do mundo. Para quem defendia o direito do proprietário
sobre uma propriedade humana, essa lógica chegou com a intenção de
legitimar a escravidão ou, diante do seu fim, fortalecer a ideia de que a
liberdade não seria acompanhada de igualdade. Os trabalhadores
imigrantes europeus, que, no século XIX, haviam sido considerados até a
“salvação da raça brasileira” pelos racistas de então, tornaram-se, na
visão dos racistas da República, que engatinhava no início do século XX,
cada vez mais estrangeiros sujeitos à xenofobia e a diversas formas de
preconceitos, difundidos no cotidiano de maneira crescente. O imigrante
pobre passou a ser associado à barbárie e sujeito às perseguições, em
graus diferentes de opressão. Os japoneses e os médio-orientais,
sobretudo muçulmanos ou judeus, foram unidos, por essa ideologia, aos
trabalhadores nacionais identificados com a escravidão (pretos e pardos,
na linguagem documental da época), tidos como mais degenerados e
perigosos.<br />
As defesas do bem comum e da coisa pública foram os argumentos
sistematicamente utilizados por legisladores da Assembleia Constituinte
de 1933-1934, em especial na bancada liderada por Miguel Couto
(1865-1934), como justificativa para a desigualdade de direitos com base
na eugenia. Assim foram traçadas as políticas públicas na área da
Educação. Formar o cidadão como um trabalhador perfeito a ser engrenado
na máquina de produção, e educar o indivíduo para a vida da ação
tornaram-se ações centrais nas leis, discursos e práticas educativas,
principalmente as escolares.<br />
Os eugenistas tentaram “naturalizar” o processo histórico das
sociedades nas quais se inseriam. No Brasil, criaram um plano teórico
gelatinoso, modernizante-conservador, o qual subsidiou e influenciou a
educação. Ideias que chegaram às leis e às políticas públicas. A
sociedade brasileira era vista por esses grupos como um organismo vivo,
único e coletivo, preso pela genética a determinações políticas,
culturais e sociais. O determinismo biológico primava sobre as
características históricas para fundamentar estratégias de controle e
manipulação social.<br />
PLÍNIO SALGADO -- CHAMAVA o racista Oliveira Viana de: "O maior dos sociólogos"...<br />
O destaque dessa corrente de pensamento no país foi Oliveira Viana
(1883-1951), reconhecido por defender a existência de uma única “raça”, a
“ariana”, e explicar todo o “restante” da humanidade pela
“degenerescência”. A concepção racista da “origem poligênica da
humanidade” fora rejeitada por religiosos em virtude de contrapor-se ao
criacionismo monoteísta. Oliveira Viana foi membro da Subcomissão do
Itamaraty e, dentro dela, da comissão responsável pelos assuntos
“Religião e Família, Cultura e Ensino Nacional, Saúde Pública e
Colonização”, na qual nasceu o artigo 138 da Constituição de 1934. Ele
enxergava a história dos povos a partir de determinantes biológicos.
Para ele, referir-se ao corpo da nação como um ser orgânico não era uma
metáfora política roubada da biologia nem um corporativismo simplista, e
sim uma realidade inexorável em sua visão determinista
“histórico-biológica”. Viana, que clamava por uma “engenharia racial”,
era chamado por Plínio Salgado (1895-1975) – o líder da Ação
Integralista Brasileira – de “o maior dos sociólogos”.<br />
<span style="font-size: 18px;"><b><span style="color: firebrick;">A segregação e a desigualdade de direitos entre cidadãos foram legalizadas, teorizadas e praticadas no Brasil !</span></b></span><br />
<span style="font-size: 18px;"><b><span style="color: firebrick;"><br /></span></b></span>
<span style="color: red;"><b> </b></span>Ao justificar a intromissão e a intervenção do Estado tanto na vida
pública quanto na vida privada dos indivíduos, o pensamento eugenista
revelava seu caráter autoritário. Intervenção no amor, no trabalho, na
política, no conjunto das relações sociais, sem permitir qualquer
liberdade de participação nas decisões, pois as justificativas estavam
na pretensa verdade absoluta da ciência. As instituições autoritárias e
as práticas de segregação se reforçaram mutuamente na área de Educação,
pela prática da exclusão, da desigualdade de direitos de cidadania de
crianças e adolescentes, pela condição econômica ou por sua “origem”.<br />
<br />
BRASIL DE VARGAS (1930 -1945) --- segregação racial como política estatal. <br />
Um olhar sobre o Brasil de Vargas (1930-1945) revela a segregação
racial como política estatal, implodindo a teoria da “democracia racial”
brasileira. Antes, ao contrário, confirmam o autoritarismo extremado do
Estado brasileiro e de seus detentores contra setores específicos da
sociedade. Os estudos mais recentes sobre a temática mostram, superando
os desconfortos, que a segregação e a desigualdade de direitos entre
cidadãos foram legalizadas, teorizadas e praticadas no país.<br />
Ultrapassadas as teorias racistas, depois do holocausto produzido pelo
nazismo, a lógica que divide a humanidade em raças hierarquizadas entre
si felizmente conheceu seu declínio. Após a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945), a temática da eugenia e de suas práticas no Brasil foi
transformada em tabu, e o mito da “nação sem preconceitos” se
consolidou. A igualdade entre todos, mais do que realmente construída
historicamente, foi presumida e auxiliada pelo esquecimento de um
passado constrangedor. Na última década, no entanto, ressurgiram os
debates a respeito do determinismo genético nos processos educativos e a
crescente medicalização da educação escolar. Por isso, precisamos estar
atentos a fim de evitarmos os “cochilos” da História.<br />
<br />
A SOCIEDADE IDEAL RETRATADA NA "República de Platão"<br />
<br />
<span class="textomateria">No âmbito da Filosofia, propriamente dito, a sociedade ideal retratada na <i>República</i>
de Platão, uma sociedade de castas genéticas, é um exemplo de
organização social fundada na constituição natural dos indivíduos. Para
Platão, a sociedade deveria ser dividida em três classes: guardiões,
produtores e governantes filósofos. A base da classificação das pessoas
em cada classe é relativa à maneira como estão ordenados os três
elementos na alma, a saber, apetite, espírito e razão. Platão traça uma
correspondência entre os elementos psíquicos do indivíduo e a classe
social à qual ele pertence. Da perspectiva platônica, justo é que cada
classe social restrinja- se a realizar as atividades para qual a
natureza melhor dotou. Esse tipo de sociedade é inaceitável às
sociedades democráticas contemporâneas, como é o caso da sociedade
brasileira.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil-mfK3PXMGnE2ztOILQAC0OdQYacHpuaex5SeEUkgzawG3HtBwOM0Ef7MmCL2ZLtOXoRj9V2H-YSARGdMNgsmwiZvMqyNtQhaqBTfy7uAH1Tyfkn-wQSCD_wZtJT25zuUsk9I-yu8eXs9/s1600/FrancisGalton.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil-mfK3PXMGnE2ztOILQAC0OdQYacHpuaex5SeEUkgzawG3HtBwOM0Ef7MmCL2ZLtOXoRj9V2H-YSARGdMNgsmwiZvMqyNtQhaqBTfy7uAH1Tyfkn-wQSCD_wZtJT25zuUsk9I-yu8eXs9/s1600/FrancisGalton.jpg" /></a></div>
<br />
<span class="textomateria">Francis Galton, primo de Charles Darwin,
criou o termo eugenics para referir-se a um estudo, que investigava as
ações sobre controle social, um programa, que consistia na doutrina do
progresso ou evolução, e a uma religião, em que a eugenia seria um tipo
de humanismo evolutivo.</span><br />
<br />
<span class="textomateria">Habermas recorre à distinção entre eugenia
negativa e positiva para discriminar os casos permitidos dos não
permitidos. É importante ressaltar que o uso de Habermas dos termos
eugenia negativa e positiva é significativamente distinto do que foi
feito pelos eugenistas no final do século XIX e início do século XX
(1870-1950), nos EUA, Europa e, inclusive, no Brasil. O termo eugenics
foi cunhado pelo primo de Charles Darwin (em 1883), Francis Galton, para
referir-se a um estudo, um programa e uma religião. Enquanto um estudo,
a eugenia investigava as ações sobre controle social que podem
aperfeiçoar ou prejudicar as qualidades raciais das gerações futuras,
seja fisicamente ou mental mente. Enquanto um programa, consistia na
doutrina do progresso ou evolução, particularmente da raça humana,
mediante o melhoramento das condições nas relações dos sexos, que
implicava na determinação dos aptos e dos inaptos a reproduziremse. A
substituição da seleção natural pela seleção artificial, consciente e
premeditada dos aptos a reproduzirem- se na esperança de acelerar a
evolução dos traços desejáveis e a eliminação dos indesejáveis. Enquanto
uma religião, a eugenia seria um tipo de humanismo evolutivo. O ápice
do projeto eugenista do passado foi, como é bem conhecido, catastrófico,
pois foi vinculado com os ideais racistas nazistas e culminou em
Auschwitz. Entretanto, a questão normativa da eugenia liberal não é, ao
menos para Habermas, do mesmo calibre, pois, em vez de consistir numa
limitação dessa mesma liberdade, é uma extrapolação que afeta a
liberdade ética do ser humano geneticamente manipulado.</span><br />
<br />
FONTES DA PESQUISA:<br />
1- Sidney Aguilar Filho é autor da tese “Educação, autoritarismo e eugenia:
exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil”
(Unicamp, 2012).<br />
<b><span style="color: firebrick;">Saiba mais</span></b><br />
2-BAIA HORTA, Joaquim Silvério. O hino, o sermão e a ordem do dia. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1994.<br />
3-BITTENCOURT, Circe. Pátria, civilização e trabalho. São Paulo: Loyola, 1990.<br />
4-D’ÁVILA, Jerry. Diploma de brancura. São Paulo: Ed. Unesp, 2005.</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-5292329283512661302014-03-24T17:08:00.000-07:002014-03-24T17:08:12.620-07:00CONTRA O DISCURSO AUTORITÁRIO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
CONTRA O DISCURSO AUTORITÁRIO<br />
Recentemente acompanhei a perseguição de uma ONG a uma professora pela adoção de determinadas obras como bibliografia para seu curso, No entendimento da ONG tratava-se de literatura de esquerda, prejudicial aos alunos. O argumento era de que o uso em sala de aula de textos de Milton Nascimento e Chico Buarque dentre outros, serviam para a doutrinação ideológica.<br />
O caso não é isolado. Certo tipo de opinião conservadora tem crescido à custa de uma fragilização do pensamento e falta de bom senso das pessoas. Não é difícil ouvir nas rádios e TVs exemplos de discursos autoritários durante os noticiários. Também não é difícil encontrar blogueiros e colunistas fazendo um jornalismo que prega a manutenção de valores morais sem dizer que valores são esses e sem saber defendê-los.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0i9E3EyjEFPwntvCQVXrY2SK6RN75BPZut2h0QKfYoK0-HHdRk5KytdNs_qiekxk64TUMfYl7BEsprLBBRSqWkyH9vI674OcSD9JC5NIQQsCZXV8f9srq0xMdDNcr6KHPmi_BmUMBJpgW/s1600/discursoautoritario.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0i9E3EyjEFPwntvCQVXrY2SK6RN75BPZut2h0QKfYoK0-HHdRk5KytdNs_qiekxk64TUMfYl7BEsprLBBRSqWkyH9vI674OcSD9JC5NIQQsCZXV8f9srq0xMdDNcr6KHPmi_BmUMBJpgW/s1600/discursoautoritario.jpg" /></a>Os discursos vazios a que me refiro lançam mão de uma defesa incontestável da liberdade. Como se a liberdade fosse um valor tal que nada mais é precioso. O exercício da liberdade de forma absoluta gera uma desigualdade desnecessária. Se cada um faz o que bem entende, as pessoas se distanciam e é inevitável que os projetos individuais passem a se sobrepor, gerando conflitos. Esse pensamento não pode ter espaço em um ambiente de convívio mútuo. O resultado é o crescimento de práticas autoritárias legitimadas por um discurso de liberdade e justamente por isso essas práticas quase não são combatidas. O discurso autoritário é construído com argumentos simplistas. Trata-se, portanto, de uma situação delicada que merece um pouco mais de atenção.As pessoas estão perdendo de vista a realidade processual das coisas e requisitam soluções imediatistas para tudo, como encontram nos manuais, nos filmes e nas novelas, Já o pensamento filosófico, muitas vezes, revela a miséria humana e evidencia a dificuldade de mudança. Autores são esquecidos ou poucos visitados porque mostram o que não se quer ver. Em uma realidade como essa, os discursos românticos ganham força e o próprio liberalismo vai sendo banalizado e passa a ser entendido apenas como uma prática da liberdade. Sua banalização esconde uma miséria ainda maior e fragiliza o entendimento dos homens que passam a defender bandeiras que não entendem de fato. Assim, o pensamento liberal vai se transformando em uma grande desculpa para concretizar um modo de ser autoritário, a partir do qual, em prol da liberdade, tudo se pode fazer.<br />
Texto de Rafael de Paula Aguiar Araújo*<br />
<br />
------------------------------------------------------------------------------------------------------------* Rafael de Paula Aguiar Araújo é Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC- SP)<br />
------------------------------------------------------------------------------------------------------------<br />
CONTINUA...</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-30739161465725061392014-03-22T16:15:00.001-07:002014-03-22T16:15:09.729-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">SOCIALIZAR A FILOSOFIA </span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Marcos Carvalho Lopes é autor deste Livro Canção, estética e política: ensaios legionários em que analisa as letras e a estética da banda Legião</span><br style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;" /><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">Urbana,liderada por </span><a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/renatorusso" style="background-color: white; color: #3b5998; cursor: pointer; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px; text-decoration: none;">#RenatoRusso</a><span style="background-color: white; color: #37404e; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;"> (1960-1996) É um pesquisador daquilo q</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #37404e; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 18px;">ue é denominado, na ausência de melhor termo, de "cultura popular", mas jamais confundir a seriedade de suas reflexões com a frivolidade de certos livros caça-níqueis que lotam as prateleiras das livrarias.<br />Marcos Carvalho já escreveu sobre Noel Rosa (1910-1937), Cazuza (1958-1990), Caetano Velosos e baile funk (!!!!!), E qual sua intenção?<br />Óbvio que é fazer uma ponte ou aproximar sua área de conhecimento da vida cotidiana, livrar os autores clássicos e contemporâneos das amarras de uma linha única ( e autoritária) de aprendizado, de modo a contribuir para um processo de socialização do saber filosófico.<br />Felizmente, marcos Carvalho não é um caso isolado de professores que LUTAM POR UMA EDUCAÇÃO EMANCIPADORA, ATUALIZADA E MÚLTIPLA...<br />Ou seja a luta e combate contra a introdução de certos autores na ementa dos cursos normalmente é uma triste------ e simplista -- FORMA DE DISCURSO AUTORITÁRIO...Um pequenino trecho: "O saber estanque e enfadonho, preso aos cânones e as formas fechadas de interpretação, é a melhor maneira para (NÃO) aprender a Filosofar (FILOSOFIA (bem) ENSINADA) "..Marcos Carvalho</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsZ56UgTH5_pzni3aw7QXNmFUkpi-kaBiCVrBAr9x_FXVeJqr0fivwSvLhAgNAgFCHaS0QRuhgIrwzB8YLX0b0I0sZT_xJvwfcddYTU1iiGP8SFxbfkwAYULXu_qEqu1Yzf018JpOTP3m/s1600/capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsZ56UgTH5_pzni3aw7QXNmFUkpi-kaBiCVrBAr9x_FXVeJqr0fivwSvLhAgNAgFCHaS0QRuhgIrwzB8YLX0b0I0sZT_xJvwfcddYTU1iiGP8SFxbfkwAYULXu_qEqu1Yzf018JpOTP3m/s1600/capa.jpg" height="141" width="320" /></a></div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-54130082162741717142014-03-18T20:07:00.000-07:002014-03-18T20:54:31.542-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h1 class="yiv0903134089pg-color10" id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6849" style="background-color: white; border: 0px; font-family: Arial; font-size: 38px; letter-spacing: -0.07em; line-height: 42px; margin: 4px 0px 12px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Kant - a "revolução copernicana": A resposta ao problema do conhecimento</h1>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbisDECEGMYn2-i6kd_PLVQYkHv2bH71pzeerljzWIgOBPf89xnMH9ga5I-e2x0Rinxj4ff4dUP4funVh9DowPqRrWJyPgCFxOhtFnDC-2p7uqpFycBbOsbnGbY4RExKGRr9AU37Cg2-HS/s1600/Conhecimentokant1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbisDECEGMYn2-i6kd_PLVQYkHv2bH71pzeerljzWIgOBPf89xnMH9ga5I-e2x0Rinxj4ff4dUP4funVh9DowPqRrWJyPgCFxOhtFnDC-2p7uqpFycBbOsbnGbY4RExKGRr9AU37Cg2-HS/s1600/Conhecimentokant1.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6853" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DwHGTaCtBLJR7JzWaJV0aHVgsMj5riSe9guLW_kE87ZFlvIQcJEPlxvDeHV1JVHe33Bx6aSWu96PxTSRsUWwCEsiDQ-6Z2gHJn8Nyk7Osl0QGgGDW1Ax5djXqRNe1i3qVqFT-h6SvJuO/s1600/Conhecimentokant.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DwHGTaCtBLJR7JzWaJV0aHVgsMj5riSe9guLW_kE87ZFlvIQcJEPlxvDeHV1JVHe33Bx6aSWu96PxTSRsUWwCEsiDQ-6Z2gHJn8Nyk7Osl0QGgGDW1Ax5djXqRNe1i3qVqFT-h6SvJuO/s1600/Conhecimentokant.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6854" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Na <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Crítica da Razão Pura</span>, o filósofo alemão <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u350.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Immanuel Kant</a> (1724-1804) tinha um problema a resolver, que dizia respeito à seguinte questão: <span id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6855" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">como posso obter um conhecimento seguro e verdadeiro sobre as coisas do mundo?</span> A resposta de Kant iria mudar o rumo da Filosofia Ocidental.<br />
<br />
Duas escolas filosóficas, tradicionalmente, respondiam de formas diversas ao problema do conhecimento. Para os filósofos racionalistas (<a href="http://noticias.uol.com.br/licaodecasa/materias/ult1789u147.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Platão</a>, <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u702.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Descartes</a>, Leibniz e <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u343.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Espinosa</a>), todo conhecimento provém da razão, enquanto que, para os empiristas (<a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u190.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Aristóteles</a>, <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u395.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Hobbes</a>, <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u621.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Locke</a>, Berkeley e <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/david-hume.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Hume</a>), ao contrário, somente os dados da experiência sensível forneceriam as bases para o conhecimento humano.<br />
<br />
Tanto em um como em outro caso, surgem obstáculos. A <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">razão especulativa</span>, na medida em que deixa de validar suas investigações em testes práticos, torna-se<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">dogmática</span>. Já o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">empirismo</span> encontra oposição no <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ceticismo</span>, que argumenta que a Natureza é o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">reino do contingente</span> e, por esta razão, não pode ser fonte de<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">conhecimento universal</span>.<br />
<br />
O filósofo inglês David Hume (1711-1776), cuja obra Kant afirma tê-lo acordado do "sono dogmático", colocou sob suspeita o princípio de causalidade, que determina que, dado uma causa <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">x</span>, tem-se um efeito <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">y</span>. Por exemplo, tenho uma pedra em minha mão e a solto de certa altura (causa), tendo como consequência sua queda no chão (efeito).<br />
<br />
Segundo Hume, não existe nada na causa (solto a pedra da mão) que contenha a relação objetiva de seu efeito (a queda no solo). Por mais vezes que eu repita a experiência, nada no mundo me dará a certeza de que a pedra cairá e não levitará, por exemplo. Portanto, conclui o filósofo inglês, a causalidade não está no mundo, mas é produto de nossos hábitos, ou seja, de tantas vezes ver a pedra cair ao ser solta, acreditamos que haja uma relação causal nos objetos, quando não passa de uma espécie de condicionamento psicológico.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A priori, a posteriori, juízo analítico e juízo sintético</span></div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6870" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Kant também vai se voltar para o sujeito em sua réplica ao <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">ceticismo humeano</span>, mas revestido de um caráter lógico e transcendental (e não psicológico, como em Hume). Antes de analisar a resposta de Kant, vamos ver como ele a formula a questão nos conceitos de <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">a priori</span>, <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">a posteriori</span>, <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">analítico</span> e <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sintético</span>.<br />
<br />
Um conhecimento que seja totalmente independente dos sentidos é chamado <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">a priori</span>. São, por exemplo, equações matemáticas, que posso fazer mentalmente sem me apoiar em qualquer evidência material. Um conhecimento que possui sua fonte na experiência é dado <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">a posteriori</span>, como as leis da física clássica, que necessitam de testes práticos para serem comprovadas.<br />
<br />
Quando emito um juízo em que o predicado está contido no sujeito, ele é chamado<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">juízo analítico</span>. Por exemplo, quando digo "Azul é uma cor", o predicado "cor" já é uma qualidade do sujeito "azul" e a informação, por isso, é redundante. Mas quando faço um juízo em que um predicado é acrescentado ao sujeito, ele é chamado<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sintético</span>. Por exemplo, na frase "A cadeira de minha sala é azul", acrescento ao sujeito "cadeira de minha sala" o predicado "azul" (afinal, ela poderia ser verde, vermelha, etc.). É uma informação nova, pois você poderia imaginar que a cadeira fosse de qualquer outra cor.<br />
<br />
Todos os juízos da experiência são sintéticos, uma vez que, para obter um juízo analítico, não é preciso sair do próprio conceito, isto é, recorrer à experiência (não preciso sair de "azul" para saber que é uma cor, mas preciso ver a "cadeira" para saber de que cor ela é).<br />
<br />
Agora podemos entender a questão central da <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Crítica da Razão Pura</span>, que é "Como são possíveis os juízos sintéticos a priori?". Ou seja, como podemos ter um conhecimento a priori de questões de fato, de coisas do mundo? Em outros termos, como posso, observando um fato A, dizer algo a respeito de um fato B, uma vez que somente tenho a experiência deste fato A? Para voltar ao exemplo de Hume, como, tendo uma pedra em minha mão (fato A), antes mesmo de soltá-la sei que, ao soltá-la, ela irá cair no solo (fato B)? (Lembrando que, para Hume, não há na Natureza nada que demonstre a relação causal entre A e B.)<br />
<br />
Formulado ainda de outra maneira: como posso, ao observar fatos particulares (uma pedra que cai), tirar daí uma regra de caráter universal (a lei da gravidade), que seja aplicada a todos outros fatos da mesma natureza?</div>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px;" />
<br />
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sujeito transcendental</span></div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6871" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Kant chamou de "revolução copernicana" sua resposta ao problema do conhecimento. O astrônomo <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u328.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Nicolau Copérnico</a> (1473-1543) formulou a teoria heliocêntrica - a teoria de que os planetas giravam em torno do Sol - para substituir o modelo antigo, de Aristóteles e Ptolomeu, em que a Terra ocupava o centro do universo, o que era mais coerente com os dogmas da Igreja Católica.<br />
<br />
Como pode ser constatado pela observação direta, o Sol se "levanta" e se "põe" todos os dias, o que tornava óbvio, aos antigos, que a Terra estava fixa e que os astros giravam em torno dela. Copérnico demonstrou que este movimento é ilusório, porque, na verdade, a Terra é que gira em torno do Sol.<br />
<br />
Kant propôs inversão semelhante em filosofia. Até então, as teorias consistiam em adequar a razão humana aos objetos, que eram, por assim dizer, o "centro de gravidade" do conhecimento. Kant propôs o contrário: os objetos, a partir daí, teriam que se regular pelo <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sujeito</span>, que seria o depositário das formas do conhecimento. As leis não estariam nas coisas do mundo, mas no próprio homem; seriam <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">faculdades espontâneas</span> de sua <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">natureza transcendental</span>. Como Kant afirma no prefácio da segunda edição da <span id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6872" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Crítica da Razão Pura</span>:<br />
<br />
"Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos; porém todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que ampliaria o nosso conhecimento, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento, o que concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos objetos que deve estabelecer algo sobre os mesmos antes de nos serem dados."<br />
<br />
O que Kant quer dizer é que o sujeito possui as condições de possibilidade de conhecer qualquer coisa. Ele possui as regras pela quais os objetos podem ser reconhecidos. Não adianta buscar essas regras no mundo exterior, pois se cairia no problema de Hume. <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O mundo não tem sentido a não ser que o homem dê algum sentido a ele.</span> O que conhecemos, então, é profundamente marcado pela maneira - humana - pela qual conhecemos.<br />
<br />
O computador no qual escrevo, a janela do escritório que me permite ver todas as coisas do mundo, tudo isso é matéria de conhecimento não porque exista um Deus que me faculte entender as leis dos objetos por meio da razão (como no caso de filósofos racionalistas) ou porque estes objetos sejam imprimidos em minha mente pela percepção (empirismo), mas porque eles são capturados por formas lógicas no sujeito.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Coisa-em-si</span></div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6873" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Mas ao voltar o foco para o sujeito que conhece, que "constrói" o mundo, é bloqueado todo pretenso acesso à essência dos objetos do mundo. Só temos acesso às coisas enquanto <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">fenômenos para uma consciência</span>. O que a realidade é, em si mesma, o que Kant chama de <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: 12pt; font-style: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">coisa-em-si</span>, não é matéria de conhecimento humano, sendo, portanto, <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">incognoscível</span> (aquilo que não pode ser conhecido).<br />
<br />
A coisa-em-si não pode ser conhecida mas pode ser pensada, desde que seja contraditório (conhecer, em Kant, diz respeito ao que é possível de ser objeto da experiência).<br />
<br />
Três objetos de estudo da metafísica podem ser pensados mas não conhecidos:<span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Deus</span>, a <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">imortalidade da alma</span> e a <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">liberdade</span>. Deus e a alma não podem ser conhecidos porque não aparecem como fenômenos no espaço e no tempo. A liberdade, porque contraria o princípio de causalidade: liberdade é aquilo que não tem causa, e o que é absolutamente livre não pode ser matéria de conhecimento. São, no entanto, postulados para a ética de Kant, da qual não trataremos neste artigo.<br />
A filosofia crítica de Kant consiste, desta forma, em impor à razão os limites da experiência possível. O filósofo alemão pretende, com isso, fornecer rigor metodológico à metafísica, livrando-a de seu caráter dogmático e trazendo-a para o rumo seguro da ciência. Este método que analisa as possibilidades do conhecimento a priori do sujeito, dentro dos limites da experiência, é chamado de <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">transcendental</span>.</div>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_6877" style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<h1 class="yiv2677552987pg-color10" id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13078" style="border: 0px; color: black; font-size: 38px; letter-spacing: -0.07em; line-height: 42px; margin: 4px 0px 12px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A síntese entre racionalismo e empirismo</h1>
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13068" style="color: black; font-family: 'Helvetica Neue', 'Segoe UI', Helvetica, Arial, 'Lucida Grande', sans-serif; font-size: 13px; line-height: normal;">
<div id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13067" style="border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O filósofo alemão <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u350.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Immanue Kant</a> responde à <a href="http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/kant---a-revolucao-copernicana-a-resposta-ao-problema-do-conhecimento.htm" id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13082" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: #333333; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">questão de como é possível o conhecimento</a> afirmando o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">papel constitutivo de mundo</span> pelo <span id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13083" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sujeito transcendental</span>, isto é, o sujeito que possui as condições de <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">possibilidade da experiência</span>. O que equivale a responder: "o conhecimento é possível porque o homem possui faculdades que o tornam possível". Com isso, o filósofo passa a investigar a razão e seus limites, ao invés de investigar como deve ser o mundo para que se possa conhecê-lo, como a filosofia havia feito até então.<br /><br />Mas quais são exatamente, segundo Kant, estas faculdades ou formas a priori no homem que o permitem conhecer a realidade ou, em outros termos, o que são essas tais condições de possibilidade da experiência?<br /><br />Em Kant, há duas principais <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">fontes de conhecimento no sujeito</span>:</div>
<div style="border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 20px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /> </div>
<ul id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13073" style="border: 0px; color: #333333; font-family: Arial; font-size: 16px; line-height: 24px; list-style: square; margin: 1em 0px 20px 14px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<li style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">A <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sensibilidade</em>, por meio da qual os objetos são dados na <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">intuição</em>.</li>
<li id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13072" style="border: 0px; font-variant: inherit; line-height: 20px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">entendimento</em>, por meio do qual os objetos são pensados nos <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">conceitos</em>.<br /><br />Vejamos o que ele quer dizer com isso, começando pela <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">intuição</span>. Na primeira divisão da <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Crítica da Razão Pura</em>, a "Doutrina Transcendental dos Elementos", a primeira parte é intitulada "Estética Transcendental" (estética, aqui, não diz respeito a uma teoria do gosto ou do belo, mas a uma teoria da sensibilidade). Nela, Kant define <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sensibilidade</span> como o modo receptivo - passivo - pelo qual somos afetados pelos objetos, e intuição, a maneira direta de nos referirmos aos objetos.<br /><br />Funciona assim: tenho uma multiplicidade de sensações dos objetos do mundo, como cor, cheiro, calor, textura, etc. Estas sensações são o que podemos chamar de matéria do fenômeno, ou seja, o conteúdo da experiência. Mas para que todas estas impressões tenham algum sentido e entrem no campo do <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">cognoscível</span>(daquilo que se pode conhecer), elas precisam, em primeiro lugar, serem colocadas em formas a priori da intuição, que são o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">espaço</span> e o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">tempo</span>.<br /><br />Estas formas puras da intuição surgem antes de qualquer representação mental do objeto; antes que se possa pensar a palavra "cadeira", a cadeira deve ser apresentada, recebida, na forma a priori do espaço e do tempo. Este é o primeiro passo para que se possa conhecer algo.<br /><br />Assim, apreendemos daqui duas coisas: primeiro, o conhecimento só é possível se os objetos da experiência forem dados no espaço e no tempo; e, segundo, espaço e tempo são propriedades subjetivas, isto é, atributos do sujeito e não do mundo (da coisa-em-si).<br /><br /><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Espaço e tempo</span> Espaço é a forma do <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sentido externo</span>; e tempo, do <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">sentido interno</span>. Isto é, os objetos externos se apresentam em uma forma espacial; e os internos, em uma forma temporal.<br /><br />Como Kant prova isso? Pense em uma cadeira em um espaço qualquer, por exemplo, em uma sala de aula vazia. Agora, mentalmente, retire esta cadeira da sala de aula. O que sobra? O espaço vazio. Agora tente fazer contrário, retirar o espaço vazio e deixar só a cadeira. Não dá, a menos que sua cadeira fique flutuando em uma dimensão extraterrena.<br /><br />E o tempo? Ele é minha percepção interna. Só posso conceber a existência de um "eu" estando em relação a um passado e a um futuro. Só concebemos as coisas no tempo, em um antes, um agora e um depois. Voltemos ao exercício mental anterior: podemos eliminar a cadeira do tempo - ela foi destruída, não existe mais. Porém, não posso eliminar o tempo da cadeira - eu sempre a penso em uma duração, antes ou depois.<br /><br />A conclusão é de que <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">é impossível conhecer os objetos externos sem ordená-los em uma forma espacial</span> - e de que <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">nossa percepção interna destes mesmos objetos fica impossível sem uma forma temporal</span>.<br /><br />Além disso, espaço e tempo <span id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13074" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">preexistem como faculdades do sujeito</span> - e, portanto, são a priori e universais - quando eliminamos os objetos da experiência. Por isso, segundo Kant, espaço e tempo são <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">atributos do sujeito</span> e condições de possibilidade de qualquer experiência.<br /><br /><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">As categorias</span> Na segunda parte da "Doutrina Transcendental dos Elementos", a "Analítica Transcendental", Kant analisa os <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">conceitos puros a priori do entendimento</span>, pelos quais representamos o objeto.<br /><br />Vamos rever o esquema do conhecimento, antes de avançar. Temos objetos no mundo, que só podemos conhecer como fenômenos, isto é, na medida em que aparecem para o sujeito. Fora do sujeito, como coisa-em-si, estão fora do alcance da razão.<br /><br />Mas, para serem fenômenos, estas coisas precisam, antes de tudo, aparecer no espaço e tempo, que são faculdades do sujeito. Vejo uma árvore. Esta árvore eu vejo em suas cores e formas, que são as sensações deste objeto. Estas sensações são recebidas e organizadas pela intuição no espaço e no tempo. Esta é a primeira condição para o conhecimento.<br /><br />O segundo momento, depois de o sujeito receber o objeto na intuição, na sensibilidade, pela faculdade do entendimento ele reunirá estas intuições em conceitos, como, por exemplo, "Árvore" ou "A árvore é verde". Esta é a segunda condição para o conhecimento.<br /><br />Os conceitos básicos são chamados de <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">categorias</span>, que são representações que reúnem o <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">múltiplo das intuições sensíveis</span>. As categorias, em Kant, são 12:<br /><br />1. Quantidade: Unidade, Pluralidade e Totalidade.<br />2. Qualidade: Realidade, Negação e Limitação.<br />3. Relação: Substância, Causalidade e Comunidade.<br />4. Modalidade: Possibilidade, Existência e Necessidade.<br /><br />São formas vazias, a serem preenchidas pelos fenômenos. Os fenômenos, por outro lado, só podem ser pensados dentro das categorias.<br /><br />Em <a href="http://educacao.uol.com.br/biografias/david-hume.jhtm" rel="nofollow" style="background-color: rgba(0, 0, 0, 0); color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;" target="_blank">Hume</a>, a causalidade - relação de causa e efeito - era um hábito, uma ilusão. Já para Kant, Hume estava errado em procurar a causalidade na Natureza. Só podemos pensar as coisas em uma relação de causa e efeito porque a causalidade está no sujeito, não no mundo. Uma criança vê uma bola sendo arremessada (causa) e olha na direção de quem atirou a bola (efeito). Como a criança liga um fato com o outro? Porque ela possui, a priori, a categoria de causalidade, que a permite conhecer.<br /><br />Chegamos, portanto, a uma <span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">síntese que Kant faz entre racionalismo e empirismo</span>. Sem o conteúdo da experiência, dados na intuição, os pensamentos são vazios de mundo (racionalismo); por outro lado, sem os conceitos, eles não têm nenhum sentido para nós (empirismo). Ou, nas palavras de Kant: "Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas."<br /><br /><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Considerações finais</span> É um lugar-comum dizer que Kant é um divisor de águas na filosofia, mas é verdade. O sistema kantiano foi contestado pelos filósofos posteriores. No entanto, suas teorias estão na raiz das principais correntes da filosofia moderna, da fenomenologia e existencialismo à filosofia analítica e pragmatismo. Por esta razão, sua leitura é obrigatória para quem se interessa pela história do pensamento moderno.<br /><br /><span style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-style: inherit; font-variant: inherit; font-weight: 700; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Sugestões de leitura</span> A <em id="yui_3_13_0_ym1_1_1395195108222_13077" style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Crítica da Razão Pura</em> foi traduzida para o português e publicada pela Editora Abril, na coleção "Os Pensadores", e pela editora portuguesa Calouste Gulbenkian. Ambas são recomendadas. É de grande ajuda, para o domínio do vocabulário kantiano, o <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Dicionário Kant</em> (Jorge Zahar Editor), de Howard Caygill. Também da Jorge Zahar, o livro <em style="border: 0px; font-family: inherit; font-size: inherit; font-variant: inherit; line-height: inherit; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Kant & A Crítica da Razão Pura</em>, de Vinicius Figueiredo, propõe introduzir o leitor nessa obra densa e de difícil leitura.</li>
</ul>
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FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-67592956599835174772013-11-21T05:09:00.001-08:002013-11-21T05:09:22.835-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h2 class="entry-title" style="background-color: white; border: 0px; clear: both; font-family: 'Helvetica Neue', Arial, Helvetica, 'Nimbus Sans L', sans-serif; font-size: 21px; line-height: 1.3em; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="http://norbertobobbio.wordpress.com/2013/11/21/nosso-racismo-e-um-crime-perfeito/" rel="bookmark" sl-processed="1" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; color: #ff4b33; margin: 0px; padding: 0px; text-decoration: none; vertical-align: baseline;">Nosso racismo é um crime perfeito</a></h2>
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<br /></div>
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<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">O antropólogo Kabengele Munanga fala sobre o mito da democracia racial brasileira, a polêmica com Demétrio Magnoli e o papel da mídia e da educação no combate ao preconceito no país</strong></div>
</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Por Camila Souza Ramos e Glauco Faria | Revista Fórum</em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – O senhor veio do antigo Zaire que, apesar de ter alguns pontos de contato com a cultura brasileira e a cultura do Congo, é um país bem diferente. O senhor sentiu, quando veio pra cá, a questão racial? Como foi essa mudança para o senhor?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Essas coisas não são tão abertas como a gente pensa. Cheguei aqui em 1975, diretamente para a USP, para fazer doutorado. Não se depara com o preconceito à primeira vista, logo que sai do aeroporto. Essas coisas vêm pouco a pouco, quando se começa a descobrir que você entra em alguns lugares e percebe que é único, que te olham e já sabem que não é daqui, que não é como “nossos negros”, é diferente. Poderia dizer que esse estranhamento é por ser estrangeiro, mas essa comparação na verdade é feita em relação aos negros da terra, que não entram em alguns lugares ou não entram de cabeça erguida.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<em style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></em></div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Depois, com o tempo, na academia, fiz disciplinas em antropologia e alguns de meus professores eram especialistas na questão racial. Foi através da academia, da literatura, que comecei a descobrir que havia problemas no país. Uma das primeiras aulas que fiz foi em 1975, 1976, já era uma disciplina sobre a questão racial com meu orientador João Batista Borges Pereira. Depois, com o tempo, você vai entrar em algum lugar em que está sozinho e se pergunta: onde estão os outros? As pessoas olhavam mesmo, inclusive olhavam mais quando eu entrava com minha mulher e meus filhos. Porque é uma família inter-racial: a mulher branca, o homem negro, um filho negro e um filho mestiço. Em todos os lugares em que a gente entrava, era motivo de curiosidade. O pessoal tentava ser discreto, mas nem sempre escondia. Entrávamos em lugares onde geralmente os negros não entram.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A partir daí você começa a buscar uma explicação para saber o porquê e se aproxima da literatura e das aulas da universidade que falam da discriminação racial no Brasil, os trabalhos de Florestan Fernandes, do Otavio Ianni, do meu próprio orientador e de tantos outros que trabalharam com a questão. Mas o problema é que quando a pessoa é adulta sabe se defender, mas as crianças não. Tenho dois filhos que nasceram na Bélgica, dois no Congo e meu caçula é brasileiro. Quantas vezes, quando estavam sozinhos na rua, sem defesa, se depararam com a polícia?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Meus filhos estudaram em escola particular, Colégio Equipe, onde estudavam filhos de alguns colegas professores. Eu não ia buscá-los na escola, e quando saíam para tomar ônibus e voltar para casa com alguns colegas que eram brancos, eles eram os únicos a ser revistados. No entanto, a condição social era a mesma e estudavam no mesmo colégio. Por que só eles podiam ser suspeitos e revistados pela polícia? Essa situação eu não posso contar quantas vezes vi acontecer. Lembro que meu filho mais velho, que hoje é ator, quando comprou o primeiro carro dele, não sei quantas vezes ele foi parado pela polícia. Sempre apontando a arma para ele para mostrar o documento. Ele foi instruído para não discutir e dizer que os documentos estão no porta-luvas, senão podem pensar que ele vai sacar uma arma. Na realidade, era suspeito de ser ladrão do próprio carro que ele comprou com o trabalho dele. Meus filhos até hoje não saem de casa para atravessar a rua sem documento. São adultos e criaram esse hábito, porque até você provar que não é ladrão… A geografia do seu corpo não indica isso.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Então, essa coisa de pensar que a diferença é simplesmente social, é claro que o social acompanha, mas e a geografia do corpo? Isso aqui também vai junto com o social, não tem como separar as duas coisas. Fui com o tempo respondendo à questão, por meio da vivência, com o cotidiano e as coisas que aprendi na universidade, depoimentos de pessoas da população negra, e entendi que a democracia racial é um mito. Existe realmente um racismo no Brasil, diferenciado daquele praticado na África do Sul durante o regime do apartheid, diferente também do racismo praticado nos EUA, principalmente no Sul. Porque nosso racismo é, utilizando uma palavra bem conhecida, sutil. Ele é velado. Pelo fato de ser sutil e velado isso não quer dizer que faça menos vítimas do que aquele que é aberto. Faz vítimas de qualquer maneira.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Revista Fórum – Quando você tem um sistema como o sul-africano ou um sistema de restrição de direitos como houve nos EUA, o inimigo está claro. No caso brasileiro é mais difícil combatê-lo…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Claro, é mais difícil. Porque você não identifica seu opressor. Nos EUA era mais fácil porque começava pelas leis. A primeira reivindicação: o fim das leis racistas. Depois, se luta para implementar políticas públicas que busquem a promoção da igualdade racial. Aqui é mais difícil, porque não tinha lei nem pra discriminar, nem pra proteger. As leis pra proteger estão na nova Constituição que diz que o racismo é um crime inafiançável. Antes disso tinha a lei Afonso Arinos, de 1951. De acordo com essa lei, a prática do racismo não era um crime, era uma contravenção. A população negra e indígena viveu muito tempo sem leis nem para discriminar nem para proteger.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Revista Fórum – Aqui no Brasil há mais dificuldade com relação ao sistema de cotas justamente por conta do mito da democracia racial?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Tem segmentos da população a favor e contra. Começaria pelos que estão contra as cotas, que apelam para a própria Constituição, afirmando que perante a lei somos todos iguais. Então não devemos tratar os cidadãos brasileiros diferentemente, as cotas seriam uma inconstitucionalidade. Outro argumento contrário, que já foi demolido, é a ideia de que seria difícil distinguir os negros no Brasil para se beneficiar pelas cotas por causa da mestiçagem. O Brasil é um país de mestiçagem, muitos brasileiros têm sangue europeu, além de sangue indígena e africano, então seria difícil saber quem é afro-descendente que poderia ser beneficiado pela cota. Esse argumento não resistiu. Por quê? Num país onde existe discriminação antinegro, a própria discriminação é a prova de que é possível identificar os negros. Senão não teria discriminação.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Em comparação com outros países do mundo, o Brasil é um país que tem um índice de mestiçamento muito mais alto. Mas isso não pode impedir uma política, porque basta a autodeclaração. Basta um candidato declarar sua afro-descendência. Se tiver alguma dúvida, tem que averiguar. Nos casos-limite, o indivíduo se autodeclara afrodescendente. Às vezes, tem erros humanos, como o que aconteceu na UnB, de dois jovens mestiços, de mesmos pais, um entrou pelas cotas porque acharam que era mestiço, e o outro foi barrado porque acharam que era branco. Isso são erros humanos. Se tivessem certeza absoluta que era afro-descendente, não seria assim. Mas houve um recurso e ele entrou. Esses casos-limite existem, mas não é isso que vai impedir uma política pública que possa beneficiar uma grande parte da população brasileira.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Além do mais, o critério de cota no Brasil é diferente dos EUA. Nos EUA, começaram com um critério fixo e nato. Basta você nascer negro. No Brasil não. Se a gente analisar a história, com exceção da UnB, que tem suas razões, em todas as universidades brasileiras que entraram pelo critério das cotas, usaram o critério étnico-racial combinado com o critério econômico. O ponto de partida é a escola pública. Nos EUA não foi isso. Só que a imprensa não quer enxergar, todo mundo quer dizer que cota é simplesmente racial. Não é. Isso é mentira, tem que ver como funciona em todas as universidades. É necessário fazer um certo controle, senão não adianta aplicar as cotas. No entanto, se mantém a ideia de que, pelas pesquisas quantitativas, do IBGE, do Ipea, dos índices do Pnud, mostram que o abismo em matéria de educação entre negros e brancos é muito grande. Se a gente considerar isso então tem que ter uma política de mudança. É nesse sentido que se defende uma política de cotas.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O racismo é cotidiano na sociedade brasileira. As pessoas que estão contra cotas pensam como se o racismo não tivesse existido na sociedade, não estivesse criando vítimas. Se alguém comprovar que não tem mais racismo no Brasil, não devemos mais falar em cotas para negros. Deveríamos falar só de classes sociais. Mas como o racismo ainda existe, então não há como você tratar igualmente as pessoas que são vítimas de racismo e da questão econômica em relação àquelas que não sofrem esse tipo de preconceito. A própria pesquisa do IPEA mostra que se não mudar esse quadro, os negros vão levar muitos e muitos anos para chegar aonde estão os brancos em matéria de educação. Os que são contra cotas ainda dão o argumento de que qualquer política de diferença por parte do governo no Brasil seria uma política de reconhecimento das raças e isso seria um retrocesso, que teríamos conflitos, como os que aconteciam nos EUA.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – Que é o argumento do Demétrio Magnoli.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Isso é muito falso, porque já temos a experiência, alguns falam de mais de 70 universidades públicas, outros falam em 80. Já ouviu falar de conflitos raciais em algum lugar, linchamentos raciais? Não existe. É claro que houve manifestações numa universidade ou outra, umas pichações, “negro, volta pra senzala”. Mas isso não se caracteriza como conflito racial. Isso é uma maneira de horrorizar a população, projetar conflitos que na realidade não vão existir.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – Agora o DEM entrou com uma ação no STF pedindo anulação das cotas. O que motiva um partido como o DEM, qual a conexão entre a ideologia de um partido ou um intelectual como o Magnoli e essa oposição ao sistema de cotas? Qual é a raiz dessa resistência?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Tenho a impressão que as posições ideológicas não são explícitas, são implícitas. A questão das cotas é uma questão política. Tem pessoas no Brasil que ainda acreditam que não há racismo no país. E o argumento desse deputado do DEM é esse, de que não há racismo no Brasil, que a questão é simplesmente socioeconômica. É um ponto de vista refutável, porque nós temos provas de que há racismo no Brasil no cotidiano. O que essas pessoas querem? Status quo. A ideia de que o Brasil vive muito bem, não há problema com ele, que o problema é só com os pobres, que não podemos introduzir as cotas porque seria introduzir uma discriminação contra os brancos e pobres. Mas eles ignoram que os brancos e pobres também são beneficiados pelas cotas, e eles negam esse argumento automaticamente, deixam isso de lado.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – Mas isso não é um cinismo de parte desses atores políticos, já que eles são contra o sistema de cotas, mas também são contra o Bolsa-Família ou qualquer tipo de política compensatória no campo socioeconômico?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – É interessante, porque um país que tem problemas sociais do tamanho do Brasil deveria buscar caminhos de mudança, de transformação da sociedade. Cada vez que se toca nas políticas concretas de mudança, vem um discurso. Mas você não resolve os problemas sociais somente com a retórica. Quanto tempo se fala da qualidade da escola pública? Estou aqui no Brasil há 34 anos. Desde que cheguei aqui, a escola pública mudou em algum lugar? Não, mas o discurso continua. “Ah, é só mudar a escola pública.” Os mesmos que dizem isso colocam os seus filhos na escola particular e sabem que a escola pública é ruim. Poderiam eles, como autoridades, dar melhor exemplo e colocar os filhos deles em escola pública e lutar pelas leis, bom salário para os educadores, laboratórios, segurança. Mas a coisa só fica no nível da retórica.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
E tem esse argumento legalista, “porque a cota é uma inconstitucionalidade, porque não há racismo no Brasil”. Há juristas que dizem que a igualdade da qual fala a Constituição é uma igualdade formal, mas tem a igualdade material. É essa igualdade material que é visada pelas políticas de ação afirmativa. Não basta dizer que somos todos iguais. Isso é importante, mas você tem que dar os meios e isso se faz com as políticas públicas. Muitos disseram que as cotas nas universidades iriam atingir a excelência universitária. Está comprovado que os alunos cotistas tiveram um rendimento igual ou superior aos outros. Então a excelência não foi prejudicada. Aliás, é curioso falar de mérito como se nosso vestibular fosse exemplo de democracia e de mérito. Mérito significa simplesmente que você coloca como ponto de partida as pessoas no mesmo nível.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Quando as pessoas não são iguais, não se pode colocar no ponto de partida para concorrer igualmente. É como você pegar uma pessoa com um fusquinha e outro com um Mercedes, colocar na mesma linha de partida e ver qual o carro mais veloz. O aluno que vem da escola pública, da periferia, de péssima qualidade, e o aluno que vem de escola particular de boa qualidade, partindo do mesmo ponto, é claro que os que vêm de uma boa escola vão ter uma nota superior. Se um aluno que vem de um Pueri Domus, Liceu Pasteur, tira nota 8, esse que vem da periferia e tirou nota 5 teve uma caminhada muito longa. Essa nota 5 pode ser mais significativa do que a nota 7 ou 8. Dando oportunidade ao aluno, ele não vai decepcionar.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Foi isso que aconteceu, deram oportunidade. As cotas são aplicadas desde 2003. Nestes sete anos, quantos jovens beneficiados pelas cotas terminaram o curso universitário e quantos anos o Brasil levaria para formar o tanto de negros sem cotas? Talvez 20 ou mais. Isso são coisas concretas para as quais as pessoas fecham os olhos. No artigo do professor Demétrio Magnoli, ele me critica, mas não leu nada. Nem uma linha de meus livros. Simplesmente pegou o livro da Eneida de Almeida dos Santos, Mulato, negro não-negro e branco não-branco que pediu para eu fazer uma introdução, e desta introdução de três páginas ele tirou algumas frases e, a partir dessas frases, me acusa de ser um charlatão acadêmico, de professar o racismo científico abandonado há mais de um século e fazer parte de um projeto de racialização oficial do Brasil. Nunca leu nada do que eu escrevi.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
A autora do livro é mestiça, psiquiatra e estuda a dificuldade que os mestiços entre branco e negro têm pra construir a sua identidade. Fiz a introdução mostrando que eles têm essa dificuldade justamente por causa de serem negros não-negros e brancos não-brancos. Isso prejudica o processo, mas no plano político, jurídico, eles não podem ficar ambivalentes. Eles têm que optar por uma identidade, têm que aceitar sua negritude, e não rejeitá-la. Com isso ele acha que eu estou professando a supressão dos mestiços no Brasil e que isso faz parte do projeto de racialização do brasileiro. Não tinha nada para me acusar, soube que estou defendendo as cotas, tirou três frases e fez a acusação dele no jornal.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – O senhor toca na questão do imaginário da democracia racial, mas as pessoas são formadas para aceitarem esse mito…</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – O racismo é uma ideologia. A ideologia só pode ser reproduzida se as próprias vítimas aceitam, a introjetam, naturalizam essa ideologia. Além das próprias vítimas, outros cidadãos também, que discriminam e acham que são superiores aos outros, que têm direito de ocupar os melhores lugares na sociedade. Se não reunir essas duas condições, o racismo não pode ser reproduzido como ideologia, mas toda educação que nós recebemos é para poder reproduzi-la.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Há negros que introduziram isso, que alienaram sua humanidade, que acham que são mesmo inferiores e o branco tem todo o direito de ocupar os postos de comando. Como também tem os brancos que introjetaram isso e acham mesmo que são superiores por natureza. Mas para você lutar contra essa ideia não bastam as leis, que são repressivas, só vão punir. Tem que educar também. A educação é um instrumento muito importante de mudança de mentalidade e o brasileiro foi educado para não assumir seus preconceitos. O Florestan Fernandes dizia que um dos problemas dos brasileiros é o “preconceito de ter preconceito de ter preconceito”. O brasileiro nunca vai aceitar que é preconceituoso. Foi educado para não aceitar isso. Como se diz, na casa de enforcado não se fala de corda.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Quando você está diante do negro, dizem que tem que dizer que é moreno, porque se disser que é negro, ele vai se sentir ofendido. O que não quer dizer que ele não deve ser chamado de negro. Ele tem nome, tem identidade, mas quando se fala dele, pode dizer que é negro, não precisa branqueá-lo, torná-lo moreno. O brasileiro foi educado para se comportar assim, para não falar de corda na casa de enforcado. Quando você pega um brasileiro em flagrante de prática racista, ele não aceita, porque não foi educado para isso. Se fosse um americano, ele vai dizer: “Não vou alugar minha casa para um negro”. No Brasil, vai dizer: “Olha, amigo, você chegou tarde, acabei de alugar”. Porque a educação que o americano recebeu é pra assumir suas práticas racistas, pra ser uma coisa explícita.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Quando a Folha de S. Paulo fez aquela pesquisa de opinião em 1995, perguntaram para muitos brasileiros se existe racismo no Brasil. Mais de 80% disseram que sim. Perguntaram para as mesmas pessoas: “você já discriminou alguém?”. A maioria disse que não. Significa que há racismo, mas sem racistas. Ele está no ar… Como você vai combater isso? Muitas vezes o brasileiro chega a dizer ao negro que reage: “você que é complexado, o problema está na sua cabeça”. Ele rejeita a culpa e coloca na própria vítima. Já ouviu falar de crime perfeito? Nosso racismo é um crime perfeito, porque a própria vítima é que é responsável pelo seu racismo, quem comentou não tem nenhum problema.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Revista Fórum – O humorista Danilo Gentilli escreveu no Twitter uma piada a respeito do King Kong, comparando com um jogador de futebol que saía com loiras. Houve uma reação grande e a continuação dos argumentos dele para se justificar vai ao encontro disso que o senhor está falando. Ele dizia que racista era quem acusava ele, e citava a questão do orgulho negro como algo de quem é racista.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Faz parte desse imaginário. O que está por trás dessa ilustração de King Kong, que ele compara a um jogador de futebol que vai casar com uma loira, é a ideia de alguém que ascende na vida e vai procurar sua loira. Mas qual é o problema desse jogador de futebol? São pessoas vítimas do racismo que acham que agora ascenderam na vida e, para mostrar isso, têm que ter uma loira que era proibida quando eram pobres? Pode até ser uma explicação. Mas essa loira não é uma pessoa humana que pode dizer não ou sim e foi obrigada a ir com o King Kong por causa de dinheiro? Pode ser, quantos casamentos não são por dinheiro na nossa sociedade? A velha burguesia só se casa dentro da velha burguesia. Mas sempre tem pessoas que desobedecem as normas da sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Essas jovens brancas, loiras, também pulam a cerca de suas identidades pra casar com um negro jogador. Por que a corda só arrebenta do lado do jogador de futebol? No fundo, essas pessoas não querem que os negros casem com suas filhas. É uma forma de racismo. Estão praticando um preconceito que não respeita a vontade dessas mulheres nem essas pessoas que ascenderam na vida, numa sociedade onde o amor é algo sem fronteiras, e não teria tantos mestiços nessa sociedade. Com tudo o que aconteceu no campo de futebol com aquele jogador da Argentina que chamou o Grafite de macaco, com tudo o que acontece na Europa, esse humorista faz uma ilustração disso, ou é uma provocação ou quer reafirmar os preconceitos na nossa sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – É que no caso, o Danilo Gentili ainda justificou sua piada com um argumento muito simplório: “por que eu posso chamar um gordo de baleia e um negro de macaco”, como se fosse a mesma coisa.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – É interessante isso, porque tenho a impressão de que é um cara que não conhece a história e o orgulho negro tem uma história. São seres humanos que, pelo próprio processo de colonização, de escravidão, a essas pessoas foi negada sua humanidade. Para poder se recuperar, ele tem que assumir seu corpo como negro. Se olhar no espelho e se achar bonito ou se achar feio. É isso o orgulho negro. E faz parte do processo de se assumir como negro, assumir seu corpo que foi recusado. Se o humorista conhecesse isso, entenderia a história do orgulho negro. O branco não tem motivo para ter orgulho branco porque ele é vitorioso, está lá em cima. O outro que está lá em baixo que deve ter orgulho, que deve construir esse orgulho para poder se reerguer.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – O senhor tocou no caso do Grafite com o Desábato, e recentemente tivemos, no jogo da Libertadores entre Cruzeiro e Grêmio, o caso de um jogador que teria sido chamado de macaco por outro atleta. Em geral, as pessoas – jornalistas que comentaram, a diretoria gremista – argumentavam que no campo de futebol você pode falar qualquer coisa, e que se as pessoas fossem se importar com isso, não teria como ter jogo de futebol. Como você vê esse tipo de situação?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Isso é uma prova daquilo que falei, os brasileiros são educados para não assumir seus hábitos, seu racismo. Em outros países, não teria essa conversa de que no campo de futebol vale. O pessoal pune mesmo. Mas aqui, quando se trata do negro… Já ouviu caso contrário, de negro que chama branco de macaco? Quando aquele delegado prendeu o jogador argentino no caso do Grafite, todo mundo caiu em cima. Os técnicos, jornalistas, esportistas, todo mundo dizendo que é assim no futebol. Então a gente não pode educar o jogador de futebol, tudo é permitido? Quando há violência física, eles são punidos, mas isso aqui é uma violência também, uma violência simbólica. Por que a violência simbólica é aceita a violência física é punida?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – Como o senhor vê hoje a aplicação da lei que determina a obrigatoriedade do ensino de cultura africana nas escolas? Os professores, de um modo geral, estão preparados para lidar com a questão racial?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – Essa lei já foi objeto de crítica das pessoas que acham que isso também seria uma racialização do Brasil. Pessoas que acham que, sendo a população brasileira uma população mestiça, não é preciso ensinar a cultura do negro, ensinar a história do negro ou da África. Temos uma única história, uma única cultura, que é uma cultura mestiça. Tem pessoas que vão nessa direção, pensam que isso é uma racialização da educação no Brasil.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Mas essa questão do ensino da diversidade na escola não é propriedade do Brasil. Todos os países do mundo lidam com a questão da diversidade, do ensino da diversidade na escola, até os que não foram colonizadores, os nórdicos, com a vinda dos imigrantes, estão tratando da questão da diversidade na escola.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
O Brasil deveria tratar dessa questão com mais força, porque é um país que nasceu do encontro das culturas, das civilizações. Os europeus chegaram, a população indígena – dona da terra – os africanos, depois a última onda imigratória é dos asiáticos. Então tudo isso faz parte das raízes formadoras do Brasil que devem fazer parte da formação do cidadão. Ora, se a gente olhar nosso sistema educativo, percebemos que a história do negro, da África, das populações indígenas não fazia parte da educação do brasileiro.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Nosso modelo de educação é eurocêntrico. Do ponto de vista da historiografia oficial, os portugueses chegaram na África, encontraram os africanos vendendo seus filhos, compraram e levaram para o Brasil. Não foi isso que aconteceu. A história da escravidão é uma história da violência. Quando se fala de contribuições, nunca se fala da África. Se se introduzir a história do outro de uma maneira positiva, isso ajuda.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
É por isso que a educação, a introdução da história dele no Brasil, faz parte desse processo de construção do orgulho negro. Ele tem que saber que foi trazido e aqui contribuiu com o seu trabalho, trabalho escravizado, para construir as bases da economia colonial brasileira. Além do mais, houve a resistência, o negro não era um João-Bobo que simplesmente aceitou, senão a gente não teria rebeliões das senzalas, o Quilombo dos Palmares, que durou quase um século. São provas de resistência e de defesa da dignidade humana. São essas coisas que devem ser ensinadas. Isso faz parte do patrimônio histórico de todos os brasileiros. O branco e o negro têm que conhecer essa história porque é aí que vão poder respeitar os outros.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Voltando a sua pergunta, as dificuldades são de duas ordens. Em primeiro lugar, os educadores não têm formação para ensinar a diversidade. Estudaram em escolas de educação eurocêntrica, onde não se ensinava a história do negro, não estudaram história da África, como vão passar isso aos alunos? Além do mais, a África é um continente, com centenas de culturas e civilizações. São 54 países oficialmente. A primeira coisa é formar os educadores, orientar por onde começou a cultura negra no Brasil, por onde começa essa história. Depois dessa formação, com certo conteúdo, material didático de boa qualidade, que nada tem a ver com a historiografia oficial, o processo pode funcionar.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Fórum – Outra questão que se discute é sobre o negro nos espaços de poder. Não se veem negros como prefeitos, governadores. Como trabalhar contra isso?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – O que é um país democrático? Um país democrático, no meu ponto de vista, é um país que reflete a sua diversidade na estrutura de poder. Nela, você vê mulheres ocupando cargos de responsabilidade, no Executivo, no Legislativo, no Judiciário, assim como no setor privado. E ainda os índios, que são os grandes discriminados pela sociedade. Isso seria um país democrático. O fato de você olhar a estrutura de poder e ver poucos negros ou quase não ver negros, não ver mulheres, não ver índios, isso significa que há alguma coisa que não foi feita nesse país. Como construção da democracia, a representatividade da diversidade não existe na estrutura de poder. Por quê?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Se você fizer um levantamento no campo jurídico, quantos desembargadores e juízes negros têm na sociedade brasileira? Se você for pras universidades públicas, quantos professores negros tem, começando por minha própria universidade? Esta universidade tem cerca de 5 mil professores. Quantos professores negros tem na USP? Nessa grande faculdade, que é a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), uma das maiores da USP junto com a Politécnica, tenho certeza de que na minha faculdade fui o primeiro negro a entrar como professor. Desde que entrei no Departamento de Antropologia, não entrou outro. Daqui três anos vou me aposentar. O professor Milton Santos, que era um grande professor, quase Nobel da Geografia, entrou no departamento, veio do exterior e eu já estava aqui. Em toda a USP, não sou capaz de passar de dez pessoas conhecidas. Pode ter mais, mas não chega a 50, exagerando. Se você for para as grandes universidades americanas, Harvard, Princeton, Standford, você vai encontrar mais negros professores do que no Brasil. Lá eles são mais racistas, ou eram mais racistas, mas como explicar tudo isso?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
120 anos de abolição. Por que não houve uma certa mobilidade social para os negros chegarem lá? Há duas explicações: ou você diz que ele é geneticamente menos inteligente, o que seria uma explicação racista, ou encontra explicação na sociedade. Quer dizer que se bloqueou a sua mobilidade. E isso passa por questão de preconceito, de discriminação racial. Não há como explicar isso. Se você entender que os imigrantes japoneses chegaram, nós comemoramos 100 anos recentemente da sua vinda, eles tiveram uma certa mobilidade. Os coreanos também ocupam um lugar na sociedade. Mas os negros já estão a 120 anos da abolição. Então tem uma explicação. Daí a necessidade de se mudar o quadro. Ou nós mantemos o quadro, porque se não mudamos estamos racializando o Brasil, ou a gente mantém a situação para mostrar que não somos racistas. Porque a explicação é essa, se mexer, somos racistas e estamos racializando. Então vamos deixar as coisas do jeito que estão. Esse é o dilema da sociedade.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Revista Fórum – como o senhor vê o tratamento dado pela mídia à questão racial?</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Kabengele – A imprensa faz parte da sociedade. Acho que esse discurso do mito da democracia racial é um discurso também que é absorvido por alguns membros da imprensa. Acho que há uma certa tendência na imprensa pelo fato de ser contra as políticas de ação afirmativa, sendo que também não são muito favoráveis a essa questão da obrigatoriedade do ensino da história do negro na escola.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Houve, no mês passado, a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Silêncio completo da imprensa brasileira. Não houve matérias sobre isso. Os grandes jornais da imprensa escrita não pautaram isso. O silêncio faz parte do dispositivo do racismo brasileiro. Como disse Elie Wiesel, o carrasco mata sempre duas vezes. A segunda mata pelo silêncio. O silêncio é uma maneira de você matar a consciência de um povo. Porque se falar sobre isso abertamente, as pessoas vão buscar saber, se conscientizar, mas se ficar no silêncio a coisa morre por aí. Então acho que o silêncio da imprensa, no meu ponto de vista, passa por essa estratégia, é o não-dito.</div>
<div style="background-color: white; border: 0px; color: #333333; font-family: Georgia, 'Bitstream Charter', serif; font-size: 16px; line-height: 24px; margin-bottom: 24px; padding: 0px; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
Acabei de passar por uma experiência interessante. Saí da Conferência Nacional e fui para Barcelona, convidado por um grupo de brasileiros que pratica capoeira. Claro, receberam recursos do Ministério das Relações Exteriores, que pagou minha passagem e a estadia. Era uma reunião pequena de capoeiristas e fiz uma conferência sobre a cultura negra no Brasil. Saiu no El Pais, que é o jornal mais importante da Espanha, noticiou isso, uma coisa pequena. Uma conferência nacional deste tamanho aqui não se fala. É um contrassenso. O silêncio da imprensa não é um silêncio neutro, é um silêncio que indica uma certa orientação da questão racial. Tem que não dizer muita coisa e ficar calado. Amanhã não se fala mais, acabou.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCxk8uM98sME1nLdDjHvEM6sIMJgxO-hsZZU6yKkg2l5AeI8Lv-ru8A4rvIpE74RHCqIJ_DHblJMyxdhUvFPtbI6WdKR197bEBt89LAdaDnZ_DrnizRi8yTT0JRm9CbuVHf6D30Xi9iMnX/s1600/Racismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCxk8uM98sME1nLdDjHvEM6sIMJgxO-hsZZU6yKkg2l5AeI8Lv-ru8A4rvIpE74RHCqIJ_DHblJMyxdhUvFPtbI6WdKR197bEBt89LAdaDnZ_DrnizRi8yTT0JRm9CbuVHf6D30Xi9iMnX/s320/Racismo.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-77176525157126584712013-08-27T05:23:00.000-07:002013-08-27T05:23:12.459-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">ROTEIRO DE PESQUISA EM FILOSOFIA MEDIEVAL</span></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></u></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">HISTÓRIA
DA FILOSOFIA MEDIEVAL II – 1/2013<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">ORIENTAÇÕES GERAIS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>I.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Este estudo dirigido
vale 05,0 (CINCO) pontos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>II.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Leia, primeiramente,
o texto escolhido para essa atividade (Alessandro Ghisalberti – As raízes
medievais do pensamento moderno).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>III.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Em seguida leia as
questões do estudo dirigido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>IV.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Busque, em primeiro
ligar, entender o que está sendo perguntado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>V.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Responda ao estudo de
forma sintética e sabendo o que está sendo escrito e dito. O objetivo dessa
atividade pedagógica é exercitar a reflexão. Nesse ínterim, estabeleça conexões
de cunho lógico dentro do texto de suas respostas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>VI.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Reveja tudo o que
escreveu e veja se tem sentido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span>VII.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">As questões
respondidas que não tiverem nada a ver com o que foi perguntado (receita de
bolo, poemas, frases sem nexo, piadas, historinhas, problemas de concatenação
de idéias, etc.) farão com que você perca todos os pontos referentes à questão
respondida do estudo dirigido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">VIII.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O
presente estudo dirigido refere-se somente ao texto escolhido e disponibilizado
na pasta de filosofia medieval II. A matéria da prova, portanto, será relativa
somente a esse texto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify; text-indent: -27pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span>IX.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O estudo dirigido
pode ser feito em grupos de até 06 pessoas. O prazo de entrega final do estudo
dirigido II é dia 30 de julho de 2013.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">QUESTÕES:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 01 do texto, explicite o significado pejorativo que o termo Idade
Média (Idade das Trevas) foi impregnado, estabelecendo se existe uma conexão
exata desse termo com o período estudado. Nesse sentido, estabeleça uma conexão
da Idade Média com o período da Filosofia Moderna e com os dias atuais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 01:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O termo foi usado de forma a salientar que na Idade Média
a razão permaneceu inoperante e não teria sido usada. Contudo, a visão
pejorativa em relação á Idade Média não condiz com o que realmente ocorreu no
período histórico. O período que compreende os séculos da Idade Média pode ser
dividido em pelo menos três momentos: a alta Idade Média, a Idade Média Central
e a Baixa Idade Média. A Idade Média desenvolveu vários pontos importantes que,
em seu aspecto geral, são vistos como precursores das categorias desenvolvidas
durante a Modernidade. Aspectos como a afirmação da transcendência, a
imortalidade da alma, a exaltação da natureza humana, as demonstrações acerca da
existência de Deus, a consolidação da metafísica com pontos cristãos, o
crescimento pelo interesse nos elementos calculatórios, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 02 do texto, estabeleça de que forma Duns Scotus pretende
reformular a metafísica aristotélica e qual o alcance dessas proposições para a
filosofia do século XIV.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 02:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.:</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"> Partindo de uma visão crítica acerca do modelo
aristotélico, Scotus pretende desenvolver uma metafísica teológica cristã que possa
desenvolver procedimentos demonstrativos acerca da existência de Deus, do ente
finito e infinito, da equivocidade e univocidade do ente. A aplicabilidade dos
conceitos de univocidade e equivocidade de Scotus, em sua aplicabilidade tanto
a Deus quanto às criaturas, pressupõe uma reviravolta na forma de desenvolver
ciência que irá instaurar uma nova forma calculatória, esta prefigurará
aspectos dos modelos científicos da modernidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 03 do texto, estabeleça de que forma podemos pensar em Guilherme
de Ockham como o precursor de um movimento (<i>via
</i>moderna) que irá dar primazia ao papel do indivíduo no processo cognitivo
humano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 03:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">O século XIV está debaixo de uma grande crítica aos
modelos neoplatânicos e aristotélicos. Nesse sentido Ockham desenvolve uma
crítica que estabelece que o método científico deve ser organizado de um ponto
de vista indutivo, e não dedutivo como queria Aristóteles. Se a indução passa a
ser o método da ciência, a experiência passa a ser o principal elemento para
que se instaure o método científico. Como a experiência passa a ser o ponto de
partida da ciência, o indivíduo passa a ser o material a ser estudado e
confrontado pela experiência. Portanto, tendo em vista o modelo científico da
indução, a ciência somente pode ser desenvolvida mediante a experiência com o
mundo sensível e, nesse sentido, necessita do contado do indivíduo, do ser
fenomênico que se apresenta à nossa consciência. Para ele, portanto, o
conhecimento somente pode acontecer tendo em vista a experiência com seres
individuais, e esse contato será o material que o intelecto irá organizar para
a emissão de proposições lógicas, por isso sua opção para o modelo do
nominalismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 04 do texto, explicite de que forma podemos ver a figura de João
Buridano como a de um renovador das ciências e seus métodos, no século XIV, de
tal forma que esse movimento se estabelecesse como a base fundante daquilo que
os historiadores da filosofia chamam de revolução científica moderna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 04:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">No modelo lógico defendido por Buridano, onde o
nominalismo predominava, existe uma necessidade de aplicabilidade de seus
critérios no âmbito do discurso científico, metafísico, físico, teológico,
poético. Seu método pressupõe a aplicação de um novo método científico diverso
da física de Aristóteles, a possibilidade de inversão dos modelos medievais de
entendimento do mundo e de sua composição. Esses aspectos serão a base de uma
nova metodologia da ciência que será implementada dentro do sistema filosófico
da modernidade, aspecto que se aproximam muito do nascimento da ciência
empírica, ao modelo do geocentrismo e à ampliação dos instrumentos lingüísticos
que podem averiguar as condições de verdade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 05 do texto, explicite a importância e o formato do aristotelismo
na segunda metade do século XV. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 05:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">A entrada de Aristóteles trouxe grandes mudanças dentro
do sistema medieval. As mudanças ocorrem no âmbito da lógica, da ciência, da
física, da metafísica, da política, etc. Um dos maiores impactos foi o contato
com o mundo árabe e com a derrocada do sistema platônico como única via
filosófica de intersecção entre a fé e a razão. Destarte, o aristotelismo será
responsável pelos movimentos de secularização ou laicização que terão início a
partir do século XIII e perdurarão até o Renascimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 42pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt; mso-fareast-font-family: Arial;">6.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt;">
</span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com
base na parte 06 do texto, estabeleça o significado da ética ao final da Idade
Média e quais seriam os problemas que esse modelo incutiu à ética do
Renascimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Questão 06:<o:p></o:p></span></u></b></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">R.: </span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Com a entrada da tradução da <i>Ética a Nicômaco</i> de Aristóteles, diretamente do grego para o latim,
muda-se o enfoque agostiniano que a tradição cristã dava ao problema ético, à
busca do bem e à possibilidade de se alcançar a felicidade. O modelo
proporcionará uma junção da ética das virtudes de cunho teleológico
aristotélico às noções das virtudes cardeais, proporcionando uma ampliação do
campo ético e das regras axiomáticas utilizadas no mundo cristão. Essas novas
visões ampliam o conceito de liberdade e de felicidade e desembocarão em novas
concepções éticas, estéticas, filosóficas e científicas conhecidas debaixo do
influxo do Renascimento, as quais ampliarão a visão e a formação antropológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdDvb0IHNaO3A1_3rA6xo1PHJJUkOIDLjcDi1vk7AcDWUwct2qi1QAYajOh65ryPDHCfV8skpbOo0jqNX2ykKIA-JqNXUkLvuEfKx3_9nGMBknTuCcR7_DF7LlHbon4qbA0FNKiQdG3Z9_/s1600/impressionismo-29.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdDvb0IHNaO3A1_3rA6xo1PHJJUkOIDLjcDi1vk7AcDWUwct2qi1QAYajOh65ryPDHCfV8skpbOo0jqNX2ykKIA-JqNXUkLvuEfKx3_9nGMBknTuCcR7_DF7LlHbon4qbA0FNKiQdG3Z9_/s320/impressionismo-29.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 27pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-87685839171758196942013-07-02T09:26:00.000-07:002013-07-02T09:26:09.631-07:00TODOS OS HUMANOS SÃO FILÓSOFOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
TODOS OS SERES HUMANOS SÃO FILÓSOFOS?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho5U4iPYok9_gt2tU7jk7jBmbSq2L5N069Tx6jslfqFSs1MXQfAq9mJr9RNCikR_aghA-9eagNg7v6abqPurryyVXu6XgBaOGA_U3IaMWuZ8D6OcZK1lg7ptJQD2lgZrsG1gBJmnP3lxzT/s320/direitos_humanos2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho5U4iPYok9_gt2tU7jk7jBmbSq2L5N069Tx6jslfqFSs1MXQfAq9mJr9RNCikR_aghA-9eagNg7v6abqPurryyVXu6XgBaOGA_U3IaMWuZ8D6OcZK1lg7ptJQD2lgZrsG1gBJmnP3lxzT/s320/direitos_humanos2.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
Se "todos os humanos são filósofos", como quer Gramsci, qual é então, a diferença entre filosofar de uma pessoa comum e o de um filósofo profissional especialista? O próprio autor esclarece:<br />
"O Filósofo profissional ou técnico não só 'pensa' com maior rigor lógico, com maior coerência, com maior espírito de sistema do que os outros homens, mas conhece toda a história do pensamento isto é, sabe as razões do desenvolvimento que o pensamento sofreu até ele e está e condições de retomar os problemas a partir do ponto em que eles se encontram após terem sofrido a mais alta tentativa de solução etc. Ele tem, no campo do pensamento, a mesma função que os diversos campos científicos têm os especialistas".<br />
"Preconceito muito difundido de que a Filosofia é uma atividade intelectual muito difícil e, por isso, restrita a uma minoria de inteligencia supostamente privilegiada". (Antonio Gramsci)<br />
<br />
Afina, a Filosofia está presente na 'linguagem do senso, no senso comum, no bom senso, na religião', mesmo em nível de senso comum é possível refletir, pensar de maneira crítica sobre a realidade, somar consciência dela e agir de modo coerente com essa consciência.</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-13498265949247181582013-05-25T18:06:00.001-07:002013-05-25T18:06:43.327-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed">
ONDE SE ENCONTRA O BELO/ A BELEZA?</div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinlvyT_TgUXMcMckKknPKsnvz5lY6ZQ7-AIXdLLgXh7-gQoTsxby1qlrCww_SFEEi43TOi4sEKKREgtS-Fh3HjhK81vgHXno7MKGDkRv1libtsNRfB6p_trr0b-0AVwo_ylYeyZ4opXpeF/s1600/abekeza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinlvyT_TgUXMcMckKknPKsnvz5lY6ZQ7-AIXdLLgXh7-gQoTsxby1qlrCww_SFEEi43TOi4sEKKREgtS-Fh3HjhK81vgHXno7MKGDkRv1libtsNRfB6p_trr0b-0AVwo_ylYeyZ4opXpeF/s320/abekeza.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<br /> O ser humano pode fazer juízos de fato (dizer o que são as coisas) e juízos de valor<br /> (julgar se determinada coisa é boa, ruim, agradável, bonita, feia, etc.). Entre os juízos de valor, podemos distinguir o<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show"> juízo moral e o juízo estético.<br /> Neste texto o que nos interessa é o juízo estético.<br /> Pelo juízo estético, julgamos se algum objeto, algum acontecimento, alguma pessoa ou algum outro ser é belo. Mas o que é a beleza?<br /> A maioria das pessoas concordaria que belo é algo que nos agrada, que nos satisfaz os sentidos, que nos proporciona prazer sensível e espiritual. No entanto essas mesmas pessoas não chegariam a um consenso quanto à beleza de determinado objeto. Tanto assim que já se tornou senso comum a afirmação de que "gosto não se discute".<br /> Também os filósofos que se dedicaram a investigação do que é a beleza não são unânimes quanto a essa questão: para uns, a beleza é algo que está objetivamente nas coisas, para outros, é apenas um juízo subjetivo, pessoal e intransferível a respeito das coisas.</span><span class="text_exposed_hide"><span class="text_exposed_link"><a data-ft="{"tn":"e"}" href="http://www.blogger.com/null" id="u_0_33">Ver mais</a></span></span></div>
<br /></span> </div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-87536545271320515782013-05-08T10:54:00.001-07:002013-05-08T10:54:12.094-07:00Absoluto<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="userContent"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbGZzAdG0MO6kun9hZuHRnBVztbJqS848sJAZ-naTWz9av7a7UlNclBcMvOD8m-Q_mrXnER_Vrh-p2Ov_anhMpcXbhADx2MI5GtBetHHW-buvipuPX8RU4rJL3jCFIZg0icMu6dANC_heK/s1600/La+robe+du+soir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbGZzAdG0MO6kun9hZuHRnBVztbJqS848sJAZ-naTWz9av7a7UlNclBcMvOD8m-Q_mrXnER_Vrh-p2Ov_anhMpcXbhADx2MI5GtBetHHW-buvipuPX8RU4rJL3jCFIZg0icMu6dANC_heK/s320/La+robe+du+soir.jpg" width="245" /></a></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_518a8fc3404894061952833">
</div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
</div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
A coragem da verdade e a fé no poder do Espírito <br /> são a primeira condição da Filosofia. <br /> [Hegel, 1816] <br /><br /> "...e o que me fascina na filosofia dele é a Proposição de uma ideia da realidade capaz de ser expressa em categorias reais...----<br /><span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">Para Hegel o pensamento ou o raciocínio humano "é essencialmente determinado pelas forças da História".<br /> Para Ele -Hegel - o objetivo para o qual a história caminha é o GEIST, o conhecimento de si própria. O Processo todo tem uma estrutura lógica que Hegel chamou de 'dialética' - Essa dialética desenvolve-se detectando tensões, conflitos internos nas ideias, que devem se r resolvidos com a passagem para um nível mais alto - e segundo ele, mais real--de ideias. Os conflitos encontrados nessas ideias são então resolvidos num nível ainda mais alto, e assim por diante, até alcançarmos a realidade última, que não contém conflitos e é chamada de "Absoluto".....[ Mas pergunto: \Chegaremos um dia ou em uma noite alcançarmos esse Absoluto? ] Peço ajuda ao Professor Dr. ABRAHÃO...- De quem recebí o desafio/estímulo de estudar o sistema filosófico de Hegel<br /> Foto: La robe du soir</span><span class="text_exposed_hide"><span class="text_exposed_link"><a data-ft="{"tn":"e"}" href="http://www.blogger.com/null">Ver mais</a></span></span></div>
<br /></span> </div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-78146387634604449222013-05-02T09:27:00.001-07:002013-05-02T09:27:35.128-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed">
De que somos feitos</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMcWl-fhYNIebe86cxisocJG9bSMJGHW8uQyDguoewEDjPeaRnDuAw0cMxrbJiiiGIg7cq9ymhT6Rx8p4tsSLQHmLXrr4FoqEFS9vv6dnzWa5Net5sfnvJ898lyd75-Geij-60p6X05KW/s1600/elementos1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimMcWl-fhYNIebe86cxisocJG9bSMJGHW8uQyDguoewEDjPeaRnDuAw0cMxrbJiiiGIg7cq9ymhT6Rx8p4tsSLQHmLXrr4FoqEFS9vv6dnzWa5Net5sfnvJ898lyd75-Geij-60p6X05KW/s1600/elementos1.jpg" /></a></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
<br /> Desde a Grécia antiga, pesquisadores quebram a cabeça para descobrir a matéria-prima de todas as coisas. Conheça a história dessa busca e saiba por que a lista de elementos não para de crescer...<br /><br /> Se um dia alguém lhe p<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">edir para construir um planeta como a Terra, vai aqui uma dica: o segredo de toda receita, como qualquer químico ou dona-de-casa pode lhe dizer, é escolher bem os ingredientes. Cumpra direitinho esse estágio e o resto vai ser só aquele trabalho besta de bater a massa e deixá-la descansar por alguns bilhões de anos. O esforço de construir um planeta fica restrito a apenas uma pergunta: "Que diabos de ingredientes eu uso para cozinhar a Terra?"<br /><br /> A resposta depende da época em que você nasceu. O primeiro a tentar solucionar o problema foi o filósofo grego Empédocles (490 a 430 a.C.). Para ele, era possível construir tudo o que existe na Terra com apenas quatro elementos: ar, água, fogo e terra. De acordo com a concentração de cada um na mistura, dava para fazer coisas tão diferentes como a rocha, a madeira, o vapor ou o barro. Para haver o equilíbrio e a vida continuar a existir, tais substâncias estariam sujeitas à ação de dois princípios: amor e ódio. Os dois se comportariam como as forças responsáveis por organizar e harmonizar as quatro partes essenciais, ora misturando, ora separando cada uma delas. Pronto, estava explicado o mundo.<br /><br /> Era uma idéia tão engenhosa que foi aceita pelas mentes mais afiadas da Grécia, entre elas a de Aristóteles (384 a 322 a.C.), que aprimorou o sistema. Para ele, amor e ódio não só misturavam os elementos como podiam transformar um em outro. Cada um dos ingredientes básicos tinha uma temperatura e uma umidade (veja ilustração ao lado) e era só mudar essas propriedades que os elementos se transformavam. Esfriando o ar, por exemplo, consegue-se água; molhando o fogo surge o ar, e assim por diante. Essa possibilidade deu origem ao sonho de encontrar a "pedra filosofal", capaz de fazer qualquer metal virar ouro. Os chamados alquimistas se esforçavam, sempre sem sucesso, para chegar lá.<br /><br /> Essa história - e como a química evoluiu a partir dela - é o tema do livro The Ingredients ("Os Ingredientes", ainda não traduzido), do jornalista inglês Philip Ball. Hoje se sabe que as experiências de Aristóteles nada mais faziam que trocar o estado físico da matéria. Terra era o nome dado para todos os sólidos (desde a areia até as lanças de metal), ar batizava os gases e água identificava os líquidos. Era só resfriar o vapor e transformá-lo em líquido que ele virava outro "elemento" - mesmo que tudo não passasse de água. O problema era o fogo, um fenômeno esquisito em que partículas ficavam se movimentando, excitadas pelo calor. Os antigos pensadores perceberam essa particularidade e conviveram com ela. Mas nunca a entenderam.<br /><br /> BRINCANDO COM FOGO<br /><br /> Os mistérios do fogo tiveram que esperar até o século 17 para ganharem uma explicação - mesmo assim, bastante peculiar. Nessa época, imaginou-se que as chamas não seriam um elemento em si, mas sim uma essência inflamável contida em praticamente todas as substâncias - chamada de flogístico -, que poderia ser liberada com o fornecimento de calor. Essa teoria mudou para sempre a história da química, principalmente porque nem todos concordaram em diminuir para três a lista de ingredientes no mundo. Um dos céticos era o pastor inglês Joseph Priestley (1733-1804). Ele descobriu que, com o aquecimento do óxido de mercúrio, havia liberação de um gás especial (na verdade, oxigênio) em cuja presença era possível produzir fogo com chamas muito mais intensas. Segundo a ciência da época, isso era um problema: o fogo estava aumentando quando o flogístico já havia sido consumido. O pastor denominou esse no gás de "ar sem flogístico" e, em estudos seguintes, notou que ele possuía propriedades milagrosas, capazes até mesmo de prolongar a vida. Um ratinho, colocado em uma caixa lacrada cheia do intrigante gás, sobrevivia por mais tempo que outro roedor envolto em ar comum.<br /><br /> Quatro anos depois, em 1778,0 químico francês Antoine Lavoisier interpretou essas observações como indícios de que esse gás era um novo elemento e batizou-o de oxigênio. A teoria do flogístico veio abaixo. Até então, acreditava-se que uma substância queimando dentro de um recipiente fechado se apagasse uma hora porque o ar ficava saturado de flogístico. Já a nova teoria propunha que o oxigênio era consumido durante a combustão, de modo que a queima terminava quando o ar ficava pobre desse gás. A compreensão mais exata do processo de queima permitiu ainda a Lavoisier identificar os três estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Com isso, foi possível distinguir as variações de cada substância. Era o fim definitivo das confusões que descabelaram os velhos pesquisadores - água, gelo e vapor passaram a ser simplesmente água.<br /><br /> Daí para uma nova definição dos ingredientes do Universo foi um pulo. "Elemento é qualquer substância que não pode ser dividida em componentes mais simples a partir de reações químicas", afirmou Lavoisier, que listou 33 deles. Nem todos estavam corretos - constavam da lista a luz, o calor e a lima, hoje conhecida como óxido de cálcio, um composto resultante da combinação entre cálcio e oxigênio.<br /><br /> A partir desse momento, tudo era uma questão de saber se o elemento se apresentava em sua versão mais simples. Se ele pudesse ser dividido em duas coisas diferentes, é porque não era ainda o ingrediente básico. Em 1800, já se conheciam mais de 36 elementos e a tendência era que essa lista aumentasse rapidamente. Conscientes disso, os químicos passaram a ter a preocupação de criar uma maneira fácil de representar e organizar esse monte de substâncias.<br /><br /> O pontapé inicial foi dado por John Dalton. Ele comparou a mesma quantidade dos 36 elementos e viu quais eram mais pesados. Dividiu então os elementos tendo por base o peso, associando um desenho para cada um deles. O resultado foi um painel confuso, formado por três dúzias de símbolos esféricos. Uma solução mais prática veio do sueco Jons Jacob Berzelius em 1811. Ele propôs que cada elemento fosse representado pela inicial do nome em latim e, em caso de coincidência, pelas duas primeiras letras. Assim, oxigênio virou O e carbono passou a ser C, enquanto o cobalto tomou-se Co.<br /><br /> O próximo passo seria separar os elementos em grupos, de acordo com alguns critérios. O primeiro deles, proposto por Lavoisier, era dividir as substâncias em gases, não-metais, metais e "terrenos", que incluíam a lima. Dezenas de outras tentativas se seguiram até a elaboração do modelo mais aceitável, que se tornaria a base para a tabela periódica atual. O pai dessa nova disposição foi o russo Dmitri Mendeleyev (1834-1907). Ele bolou um arranjo em que os elementos apareciam identificados pelo esquema de Berzelius e dispostos em colunas verticais (a disposição horizontal era mais comum na época). Também estavam divididos por propriedades físicas e químicas e em ordem crescente de peso. Mendeleyev teve até o cuidado de deixar lacunas na tabela, para elementos a serem descobertos (e que de fato o foram). O resultado final foi a primeira versão da tabela que aparece acima.<br /><br /> Essa representação ganhou força com a descoberta de partículas ainda menores que os átomos. Descobriram-se prótons - partículas de carga positiva no núcleo do átomo - e nêutrons - sem carga elétrica mas capazes de aumentar o peso do núcleo. Por fim, existem pedaços minúsculos de matéria girando em volta disso tudo, os elétrons, que têm carga negativa. A diferença entre os elementos está no número de prótons que possuem. Com essa descoberta, pode-se contar o número de ingredientes do Universo: 92. Junte todos os itens da tabela acima até chegar ao urânio e você terá material para construir um planetinha bacana.<br /><br /> FAZENDO OURO<br /><br /> Não era só na química primitiva de Aristóteles que um elemento podia se transformar em outro. Milênios depois, os cientistas observaram em laboratório uma série de metamorfoses misteriosas. Um punhado de átomos de tório, por exemplo, podia começar a emitir outro elemento, o radônio, mesmo que este não estivesse ali originalmente. Como pode?<br /><br /> Para chegar à resposta, os cientistas precisaram conhecer as misteriosas substâncias emitidas por alguns elementos (que hoje conhecemos como radiativos"). Essas partículas - chamadas de alfa e beta - conseguem aumentar ou diminuir o número de prótons no átomo. Aprenda a lidar com elas e será possível transformar um elemento em outro. O tórío (com 90 prótons), por exemplo, emite partículas alfa até ficar com apenas 86 prótons e, assim, virar radônio.<br /><br /> A descoberta reviveu o sonho dos alquimistas - produzir ouro a partir de metais comuns. Os químicos tentaram até conseguir, o que ocorreu em 1941, ao extraírem um próton do núcleo de mercúrio e transformarem o metal em ouro. Só que a experiência não era tão simples, o que acabou com o sonho de riqueza instantânea desses desbravadores. A tecnologia permitia, no entanto, aumentar a tabela. Os cientistas conheciam agora os ingredientes do Universo, mas, como qualquer químico ou dona-de-casa pode lhe dizer, ater-se à receita original é coisa de principiante. A lista, na verdade, não tem fim: sempre é possível colocar um próton a mais no núcleo e conseguir um novo componente da tabela periódica. Um átomo de urânio com um próton a mais vira um netúnio, uma substância que ninguém nunca havia visto, mas que poderia ser feita em laboratório. Desde então, o grupo formado por elementos artificiais não parou de crescer, em parte graças à variedade de reações nucleares que os cientistas descobriram.<br /><br /> Foi possível, por exemplo, somar dois átomos e criar os maiores elementos que aparecem na tabela periódica, alguns com mais de 110 prótons. Não é uma tarefa fácil. Essa reação, a fusão de átomos, envolve energias altíssimas e técnicas que ainda precisam ser aprimoradas. Para piorar, os átomos mais pesados emitem radiação e se transformam em outros mais leves em milésimos de segundo, dificultando a observação. Encontrar um jeito fácil de somar os átomos, no entanto, é um dos grandes sonhos dos cientistas. Esse truque é tão poderoso que está nele a fonte de energia do Sol, onde 600 bilhões de toneladas de hidrogênio são fundidas a cada segundo e transformadas em hélio, em uma temperatura que alcança 10 milhões de graus centígrados.<br /><br /> Até hoje, os químicos conseguiram produzir e observar 116 elementos. E provável que, no futuro, essas pesquisas levem não só a mais substâncias como a uma compreensão melhor a respeito daquelas que já conhecemos. Não é pouca coisa. O nível atômico abriga as maiores energias que o homem conhece e, por conseqüência, as maiores oportunidades. Se desvendarmos os quebra-cabeças escondidos na tabela periódica, poderemos até, quem sabe, descobrir uma receita para construir novos planetas. Mas não é preciso sonhar tanto: mudar a Terra já seria um tremendo avanço.<br /><br /><br /><br /> Modelo grego<br /><br /> Até o século 18, acreditava-se que o mundo era feito com esses quatro ingredientes. Cada um possuía uma temperatura e uma umidade - a terra, por exemplo, era fria e seca. Para misturar tudo, era só usar amor ou ódio<br /><br /> Receita final<br /><br /> A lista de ingredientes do Universo<br /><br /> HIDROGÊNIO<br /><br /> ESTILO:O mais simples e Leve de todos na tabela. Se não estiver ligado a nenhum outro elemento, a gravidade não consegue segurá-Lo e ele vai literalmente para o espaço<br /><br /> HISTÓRIA: A cobaia favorita dos químicos, foi a partir dele que cientistas descobriram como funcionam os átomos<br /><br /> CURIOSIDADE: É o elemento mais abundante no Universo<br /><br /> LANTANÍDEOS e ACTINÍDIOS<br /><br /> ESTILO: Cada grupo tem características parecidas com o elemento que dá nome a eles – os actinídeos parecem o actínio e os lantanídeos, o lantãnio<br /><br /> HISTÓRIA: Foram uma das poucas mudanças na tabeLa periõdica depois de ela ser inventada por Mendeleyev, em 1869<br /><br /> CURIOSIDADE: São todos radiativos. Mantenha longe de crianças – e de adultos também!<br /><br /> CARBONO<br /><br /> ESTILO: Com os mesmos átomos, faz coisas tão diferentes como um diamante ou um grafite. Além disso, é a base de toda a química orgânica<br /><br /> HISTÓRIA: Foi a referência para medir a massa dos demais elementos<br /><br /> CURIOSIDADE: É bem fácil de ser manuseado em laboratório<br /><br /> OXIGÊNIO<br /><br /> ESTILO: Componente de 21% da atmosfera e essencial à vida<br /><br /> HISTÓRIA: Foi o primeiro elemento a ser isolado. Com isso, derrubou o modelo clássico grego, que dividia o mundo em água, fogo, terra e ar<br /><br /> CURIOSIDADE: Todo oxigénio existente na Terra surgiu a partir da ação de seres vivos, como plantas e bactérias<br /><br /> URÂNIO<br /><br /> ESTILO: O mais pesado dos elementos da natureza. Emite radiação, como todo bom actinídio<br /><br /> HISTÓRIA: Foi o último elemento natural a ser descoberto, pondo fim à pergunta que dá nome a esta reportagem<br /><br /> CURIOSIDADE: Atualmente é usado para geração de energia nuclear e na coloração de vidros<br /><br /> ELEMENTO 118<br /><br /> ESTILO: Ninguém sabe ao certo, até porque ele se decompõe em milésimos de segundo<br /><br /> HISTÓRIA: Feito em laboratório em 1999, nunca mais deu as caras. Foi retirado da tabela periódíca dois anos depois, por Ninguém confirmar a experiência que lhe deu origem. O elemento 117, por sua vez, nunca foi isolado<br /> CURIOSIDADE: Feito com a fusão de chumbo (Pb) com criptônio (Kr) <br /><br /><br /> Para saber mais<br /><br /> NA LIVRARIA:<br /><br /> The Ingredients - Philip Ball. Oxford University Press. Estados Unidos. 2003<br /><br /> NA INTERNET:<br /><a href="http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.webelementss.com&h=oAQGyR55D&s=1" rel="nofollow nofollow" target="_blank">www.webelementss.com</a> - História e curiosidades da tabela periódica</span><span class="text_exposed_hide"><span class="text_exposed_link"><a data-ft="{"tn":"e"}" href="http://www.blogger.com/null">Ver mais</a></span></span></div>
<br /></span> </div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-87069962152967959932013-04-26T09:09:00.000-07:002013-04-26T09:11:59.450-07:00A Palavra (Pressupostos sobre o significado)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm -28.4pt 10pt 0cm; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> PRESSUPOSTOS SOBRE O SIGNIFICADO</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm -28.4pt 10pt 0cm; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">(A Palavra)</span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm -28.4pt 10pt 0cm; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTAlctRvcvENIKR0JIaN0aNZkVohqaw1srdIajPyAv5PdIaArqpUZDdr5aExtd_3o2J4cVMOh7bE8E6gDwVGxb7G1H3d5m6g_WdDkLJOz0yT-b2WmYpTIlwPCzYu-__4Foo1K11LPVE2TW/s1600/foto_qual-e-a-palavra-jogo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTAlctRvcvENIKR0JIaN0aNZkVohqaw1srdIajPyAv5PdIaArqpUZDdr5aExtd_3o2J4cVMOh7bE8E6gDwVGxb7G1H3d5m6g_WdDkLJOz0yT-b2WmYpTIlwPCzYu-__4Foo1K11LPVE2TW/s320/foto_qual-e-a-palavra-jogo.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"></span><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm -28.4pt 10pt 0cm; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
filosofia da linguagem não se ocupa especificamente do que significam palavras,
enunciados ou frase individuais, qualquer dicionário, enciclopédia ou busca no
site do Google podem resolver o problema do significado das palavras. O que
parece que os filósofos da linguagem buscam é “O que significa para uma frase
ou frase significa alguma coisa?”; “Por que as expressões têm os significados
que têm?”; “Como uma expressão pode ter o mesmo significado de outra?”. E,
principalmente: “Qual o significado de “significado”? </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm -28.4pt 10pt 0cm; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
filosofia como paixão pelo saber, mais do que uma disciplina, torna-se um
eterno questionar do homem sobre si mesmo. Nesse aspecto, não são de
surpreender reflexões que versem, principalmente, sobre a linguagem; como as
linguagens se relacionam com a realidade, a natureza do significado, como a
comunicação é possível, o que é a verdade, o que é a necessidade lógica e como
a linguagem se relaciona com a mente.</span></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Será
trabalhado neste ensaio este problema central da filosofia da linguagem, uma
tentativa de compreender o que é para palavras e expressões tornarem-se
portadores de “Significados”, ou seja, discussão
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">sobre
as possibilidades da linguagem em dizer ou não algo do mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
humano para lidar com o mundo físico, que lhe é inacessível em muitos aspectos,
criou dois tipos de mediadores: os instrumentos, que potencializam a ação
humana diante do meio em que vive, e os símbolos, que são também instrumentos
para o humano, pois potencializam a função mental. Dessa maneira, através de
símbolos ou signos, o humano consegue colocar um estádio de futebol na cabeça.
Os símbolos agem por representação, ou seja, trocam uma coisa por outra; trocam
um objeto físico por um objeto mental. Para se referir ao estádio de futebol,
usamos o símbolo correspondente que pode tanto ser uma palavra, um texto ou uma
figura. Para cada situação diferente no mundo, usamos uma simbologia diferente.
Uma cruz simboliza religião, uma suástica simboliza o nazismo, quatro círculos
supostos simbolizam o Audi, etc.</span></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Há grandes vantagens nessa abordagem com o mundo
físico. Potencializamos, por exemplo, a memória, não é preciso lembrar-se de
tudo, podendo anotar tarefas numa agenda ou deixar nossos pensamentos guardados num livro.</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Também podemos lidar com coisas
que não existem imediatamente na nossa frente como se lidássemos com o
inexistente. Sem as palavras só conseguiríamos nos comunicar apontando o dedo
para as coisas que estão em nossa frente. Como poderíamos nos comunicar se
tivéssemos que apontar com o dedo para o que queremos falar? “A frase: Vou para
a biblioteca da UFPB” seria uma tarefa impossível. Seria necessário apontar o
dedo para o prédio da Biblioteca que deveria estar necessariamente presente em
nossa frente. Daí as vantagens de usarmos símbolos no lugar de coisas grandes e
pesadas do mundo físico ou diálogos com ensinamentos filosóficos, a exemplo da
história grega em que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>apesar de
Sócrates<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nunca tivesse escrito nada
–Platão que escreveu, elogiou Sócrates por isso.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A conversa e a linguagem falada seriam,
depois, eternizadas nos Diálogos Platônicos, e prova que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>estas seriam ótimos modos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de nos comportamos no exercício intelectual. Os
filósofos, especialmente os especialistas na Filosofia da Linguagem, se perguntam
qual <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a capacidade de dizer o que é dito;
“o problema do significado” da filosofia da linguagem, nomeadamente compreender
o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">que é</i> para palavras e expressões,
tornarem-se portadores de “significados” – ou seja, discussão sobre as
possibilidades da linguagem em dizer ou não algo do mundo.
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Gottlob
Frege (1848-1925) desenvolveu questões que envolviam matemática e aritmética
ou, talvez, filosofia da matemática. Todavia, suas investigações adentraram
para o campo semântico de uma maneira abrangente e, ao serem criticadas por
Bertrand Russell (1872-1970) e, depois, aproveitadas e criticadas novamente por
Wittgenstein, preencheram os capítulos básicos da filosofia analítica. O
caminho destas investigações, fez com que a lógica de Frege, parecesse que se
desenvolvia sem que ele tivesse uma intencional preocupação –ao menos
inicialmente – com problemas filosóficos em um sentido amplo. A maneira de
retomar a tradicional discussão metafísica a respeito do <i style="mso-bidi-font-style: normal;">que é </i>– iniciou filosoficamente os estudos semânticos; para muitos,
Frege foi para a Filosofia analítica, o fundador dessa corrente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
As questões sobre “o
significado”, diziam os estudos de Frege, são questões sobre a lógica ou que
podem ser solucionadas a partir da lógica. Os argumentos filosóficos sobre
qualquer assunto (da teoria do conhecimento à metafísica, passeando pela ética,
educação, política e estética) seriam satisfatórios na exata medida da
qualidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de suas estruturas lógicas. De
uma maneira que ampliando os princípios básicos da lógica seria possível obter
noções fundamentais da aritmética- ou seja, a solidez da aritmética seria testada
e aprovada a partir de considerações puramente lógica. Assim, por exemplo, a
definição de número nada mais seria que uma derivação do princípio de
identidade da lógica; isto é, a=a. Toda a
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">aritmética
poderia ser ‘reduzida’ à lógica. A Teoria do Significado baseado na referência
ou a teoria referencial do Significado tem problemas. O que Frege identifica
diz respeito ao valor cognitivo dos enunciados, ou das expressões, essa questão
do valor cognitivo das expressões pode se resumir nos exemplos que Frege citou
e que a teoria referencial do significado não dá conta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Se
tivermos a expressão “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">o pico do Jabre é o
pico do Jabre</i>” temos uma tautologia, ou uma identidade, o valor cognitivo
dessa expressão é zero, ela não informa nada, ela não propicia nenhuma
cognição, mas a expressão “o pico do Jabre é o lugar mais alto da Paraíba”,
resulta em um valor cognitivo, bem delineado, determinado, nesta expressão há a
informação geográfica, há um valor cognitivo, fica-se informado de alguma
coisa. Mesmo que no primeiro enunciado tenhamos o mesmo significado do
primeiro, pela Teoria Referencial- a referência continua sendo o pico do Jabre,
ou seja, a referência ao falarmos do pico do Jabre remete ao ponto mais alto da
Paraíba, mas o ponto mais alto da Paraíba é o pico do Jabre. Então, em termos de
referência, em termos de significação, não saímos do mesmo campo. O que ocorre
é que temos frases com valores cognitivos completamente diferentes e a mesma
referência. Ora, como isso é possível? Como podemos dizer que é a mesma coisa?
A resposta é que a teoria referencial não descreve bem a atividade que
significa expressões, não descreve, eficazmente, a atividade para significar
expressões. Então qual seria a solução que Frege propõe? Ele propõe uma solução
que não é um conserto da teoria do significado, e sim, conduz a teoria do
significado para outro campo; ele “reinventa“ uma teoria do significado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
importante, é que, independentemente da validade de tais conclusões, o que
Frege forneceu para a filosofia, foi o impulso de se desvencilhar do que,
naquela época, diversos filósofos vinham chamando de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">psicologismo</i>. Uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">teoria do
significado </i>livre de psicologismo deveria mostrar o entendimento do
significado de uma palavra sem lançar mão de eventos mentais que dela
resultassem.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O que temos que observar é que enunciados,
expressões, frases, proposições não podem ser tratadas como palavras, nos
ensina Frege, em sua teoria, é como se estivesse dizendo: “vã até o sentido e
terás o modo da apresentação – e a partir deste sentido determinarás a
referência.” Então quando dissemos “O pico do Jabre é o ponto mais alto da
Paraíba (1100 metros acima do nível do mar), tem-se que atentar para este modo
de apresentação, o Pico do Jabre está sendo apresentado como o local geográfico
que é o mais alto do Estado da Paraíba e este enunciado oferece o campo
semântico, ou seja, o sentido que desvenda “aquilo” que ficamos sabendo o que é
o significado deste enunciado, então é que a partir dai pode-se determinar as
referências. Portanto, o Significado seria determinado pelo papel que a palavra
desempenha no estabelecimento das condições de verdade de sentenças em que aparece.
“Como exemplo, as “seguintes frases: “A Terra é quadrada”;” O Time da UFPB
jogou basquete com uma bola quadrada”; ora, percebam que Frege não estava
interessado nas imagens que tais enunciados poderiam evocar à mente de alguém.
E sim, interessado nas condições que teriam de existir para se estabelecer a
verdade ou a falsidade de tais sentenças. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
“Virada Linguística” encaminha a filosofia para uma atenção com o
“Significado”; aprendemos que os positivistas lógicos dão a tarefa para a
filosofia, como a busca para o significado, enquanto a questão da “verdade”
eles deixam para a ciência. Este paradigma, ou esta ideia de que a filosofia é
uma atividade que tem a ver com a busca do significado e não com a verdade, não
é aleatória, se os positivistas lógicos assim agem e deixam a herança para todo
o século XX e agora para XXI, com esta “Virada Linguística” com a atenção para
o “Significado” é porque existe uma preocupação com algumas questões,
principalmente com aquelas dúvidas que surgem a respeito da linguagem e em
especial de “como é que a linguagem funciona?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
busca do significado pelos positivistas lógicos vai desembocar na ideia que
para encontrarmos o significado temos que trabalhar com um elemento que é o
verificacionismo como uma base e justificação. Que o significado é encontrado a
partir da possibilidade que temos de descrevermos o método de verificação de um
enunciado. Ou seja, se conseguirmos fazer uma boa descrição do caminho para
dizer se o enunciado é verdadeiro ou falso – teremos a compreensão do
enunciado; por exemplo, “Este notebook, no qual estou digitando este ensaio,
está em cima<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da mesa”, neste enunciado, como
pode-se afirmar se é verdadeiro ou falso? O valor de verdade desta expressão
como descobrimos? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sabe-se que há um
método simples – quando chegar até a mesa e olhar e constatar se o notebook
está ou não. Se estiver, o enunciado é verdadeiro. Pelo contrário, se o
notebook não estiver em cima da mesa, o enunciado é falso. Portanto, caso esse
enunciado pode ser descrito ele tem significado, o essencial é saber descrever
esse enunciado para encontrar a verdade dele para se conhecer o significado.
Entretanto, o que os positivistas lógicos, afirmam como o filósofo Frege ou o
que os outros antes disseram, é que a Teoria Referencial do Significado, apesar
de popular, está no âmbito do senso comum, ela não descreve a maneira como de
fato podemos entender a busca do significado. A Teoria Referencial do
Significado é uma teoria que subsumi ou colocam em concordância, os enunciados,
as frases ou as expressões. Quando falamos em palavra a tendência nossa - do
nosso senso comum é buscar a referência da palavra para dizer que ela significa
aquela referência. Por exemplo, quando dizemos a palavra “Paraíba”, a
referência é “Paraíba” e imaginamos que o significado da Paraíba é a referência
“Paraíba”. Ao contrário, não podemos fazer isso com os enunciados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para
Ludwig Wittgenstein (1889-1951), “a questão o que é realmente uma palavra?” é
análoga a o que é uma figura de xadrez?”<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">¹</b>.
Isto porque a palavra é elemento dos jogos de linguagem. Estes jogos são objeto
de comparação, clareando as relações existentes entre palavra e significado.
Esses jogos de linguagem nos permitem uma articulação intermediária de
significados, pois não “temos uma visão panorâmica do uso de nossas palavras”<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><sup> 2</sup></b>, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“nossa visão panorâmica é “nossa forma de
representação, o modo pelo qual vemos as coisas”<sup>3. <o:p></o:p></sup></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Usamos
as palavras como forma de representação, sendo que o mais importante na palavra
não é a própria palavra, mas a significação, que é social. A “palavra significa
a explicação que dermos à sua significação”<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><sup>4</sup></b>,
ou seja, é a explicação do uso que fazemos de tal palavra nesse jogo de
linguagem que realizamos no próprio convívio social.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Uma
mesma palavra pronunciada ou escrita pode ter vários significados, por exemplo:
manga. O que disse? Manga. Sem um contexto ou sem uma explicação do uso que
faço da palavra manga, meu interlocutor pode não compreender a que me refiro:
manga de camisa? Fruta? Esse uso da palavra manga deve ser explicitado no
contexto de seu uso ou na explicação de seu uso. Portanto, não é a palavra em
si mesma o que é mais importante, mas a significação social e explicada do uso
que dela fazemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Bertrand
Russell (1872- 1970), juntamente com Wittgenstein, foi responsável pelo retorno
do atomismo em sua versão puramente filosófica e lógica. Após vários séculos de
filosofia – depois da reviravolta da subjetividade implantada por Kant (de certa
forma já prenunciada pelos gregos), quando se mostra fundamental, antes de se
perguntar pelo mundo em si, perguntar pelas condições de possibilidade do homem
de conhecer o mundo e depois da reviravolta lógica iniciada por Frege – as
questões filosóficas deslocou seu centro de estudo da realidade para o estudo
das condições do homem de conhecer a qualidade terminando por chegar à
capacidade da linguagem de representar a realidade. Não se podia mais,
portanto, pretender falar diretamente sobre o mundo sem antes se perguntar pela
nossa capacidade de acessar o mundo, e sem se perguntar pela capacidade da
linguagem em falar sobre esse mundo. Os atomistas lógicos pretendiam falar
sobre o mundo, mas conscientes de que esse mundo era mediado linguisticamente. Eles
partiram então, do pressuposto que a linguagem era capaz de representar o
mundo, ou seja, que aquilo que dizemos corresponderia a algo que existiria na
realidade. Ou melhor, que aquilo que dizemos poderia corresponder a uma
realidade existente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
pergunta então seria: como a linguagem consegue representar o mundo? Como
aquilo que eu digo pode corresponder a um fato do mundo? Partindo, portanto, da
linguagem, eles se questionaram: não há dúvidas de que falamos sobre o mundo,
que quando eu digo algo como ‘minha cadeira é vermelha’, todo mundo que fala
português entende perfeitamente o que estou dizendo, e isso se refere a um fato
real, ou seja, minha cadeira realmente é vermelha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Eles
observaram que uma proposição como esta não era algo logicamente simples.
Quando digo que ‘minha cadeira é vermelha’, digo também que ela tem uma cor,
que ela tem um dono, que ela é um objeto que tem assento, encosto, pernas, etc.
Todas estas são deduções lógicas, não é preciso ir até a cadeira para observá-la,
simplesmente se deduz. Dizer que ‘minha cadeira é vermelha’ é, pois, dizer tudo
isso ao mesmo tempo. Eles notaram que essa análise, essa decomposição que
podemos fazer com quaisquer proposições com sentido de nossa linguagem, não
pode prosseguir indefinidamente. Não podem essas proposições ser infinitamente
complexas porque elas se referem a fatos do mundo que não são infinitamente
complexos. O final dessa análise, portanto, devia esbarrar em pontos fixos,
nomes que não mais poderiam ser decompostos. E esses nomes corresponderiam a
objetos indecomponíveis do mundo. E o principal problema com o atomismo lógico
dizia respeito à inadequação do modo como esses filósofos defendiam que
linguagem representava o mundo. Seus questionamentos partiam da necessidade de
uma isomorfia entre linguagem e mundo e não de um questionamento sobre o mundo
em si.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">1 </span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">WITTGENSTEIN,
Investigações filosóficas. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p.53.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">2</span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Idem, p.56.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">3</span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Idem, p.56.</span></div>
<div class="MsoNoSpacing" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">4</span></sup><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> MORENO, Arley R. Wittgenstein: os labirintos da
linguagem: ensaio introdutório. São Paulo: Moderna, 2000, p.55.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
Filosofia é uma atividade permanente de esclarecimento, não se pode reduzi-la a
linguagem, como pretendeu a filosofia analítica. O esclarecimento permanente
das questões tal como se apresentam concretamente na vida humana e não somente
na linguagem, é óbvio que a análise da linguagem faz sua parte importante, como
instrumento auxiliar, coisa que não pode ser exagerada, porque a maior parte
dos elementos que lidamos ainda não tem uma formulação linguística de
concordância unanime entre os filósofos, há elementos de experiência<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>interior e exterior que escapa da expressão
linguística, um exemplo é o fenômeno das duas grandes guerras mundiais e das
tiranias totalitárias, impondo aos seres humanos, uma quantidade de sofrimento
e de situações absurdas que surgiram, as quais elas não conseguiram expressar
verbalmente. Não esqueçamos que a própria lógica como disciplina científica,
ela é um dos dados da situação existencial social que estamos vivendo, tem uma
função dentro do universo das ciências, da tecnologia, etc., se faz mister ser
analisada como força social, e não apenas<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>dentro dos detalhes formais da própria lógica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O
uso universal dos símbolos produz um sistema simbólico que é a definição de
linguagem. Então, a linguagem é o sistema que permite a troca entre objetos da
realidade física, as coisas, com objetos da realidade mental, os símbolos. A
linguagem possui duas funções básicas. A primeira e principal função é a de
intercâmbio social. O humano se comunica antes de aprender a falar. Sinaliza,
gesticula, usa todo tipo de recurso para indicar seu estado emocional e o seu
estado físico. Sabemos, por projeção das nossas próprias necessidades, quando
um bebê sente fome ou dor, mas não sabemos exatamente o que ele sente. Quando
um bebê chora, as mães precisam ser criativas e tentar todo tipo de solução
para parar o choro da criança, pois não sabem exatamente se a criança está com
fome ou se sente dor ou, ainda, se chora por manha. A segunda função da
linguagem é o pensamento generalizante. Neste momento, o humano aprendeu a
fazer abstrações, falando das coisas inexistentes (Saci Pererê, Cavalo Alado,
Sereia, Mula Sem Cabeça, etc.) fazendo referências a elas. A ordenação do real,
o agrupamento de ocorrências, a classificação e a previsão são parte dessa
segunda função da linguagem. Então, o humano, aos poucos, ganha a habilidade de
ser racional tão cara à nossa felicidade. É quando o humano se torna plenamente
humano, dominando os processos mentais superiores, tipicamente humanos: ações
conscientemente controladas, atenção voluntária, memorização ativa, pensamento
abstrato, comportamento intencional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">BIBLIOGRAFIA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Frege,
G. Alcoforado, Paulo (Tradução). <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Lógica
e Filosofia da Linguagem</b>. 2ª edição. São Paulo: Edusp, 2009.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Haching,
Ian. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Por que a linguagem Interessa à
Filosofia?. </b></span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">São Paulo,
(Unesp) 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: EN-US;">Lycan, William. </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Filosofia
da Linguagem</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">(tradução
providenciada pelo Professor Dr. Giovanni Queiroz)</b>. João Pessoa, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Vygotsky,
L.S. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pensamento e Linguagem</b>. São
Paulo, Martins Fontes, 1987.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Zilhão,
Antônio. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Linguagem da Filosofia e
Filosofia da Linguagem</b>. Estudo sobre Wittgenstein, Lisboa, Colibri, 1993</span></div>
</span></span></span></span></o:p></span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnREeO8xJWPbu5ACUVCwT1HYa90iGE1DxwmHGB3c3m703qRVDH74rVJBBHJtLippXsSWD44aLdurIYNpmcOPo3Am98BlBaVTAXVSMgr3Q7-MO__MB6pI-ZmD0aKZhs0ZyLY66xIzSbw5hk/s1600/apalavra.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnREeO8xJWPbu5ACUVCwT1HYa90iGE1DxwmHGB3c3m703qRVDH74rVJBBHJtLippXsSWD44aLdurIYNpmcOPo3Am98BlBaVTAXVSMgr3Q7-MO__MB6pI-ZmD0aKZhs0ZyLY66xIzSbw5hk/s320/apalavra.gif" width="320" /></a></div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-32932055389615263002013-03-21T06:40:00.001-07:002013-03-21T06:40:02.172-07:00O SÁBIO E A SOLIDÃO (Nietzsche, O Demasiado Humano)<br />
Ateísta convicto, Nietzsche acreditava que as pessoas em geral eram apenas peças de engrenagens sem identidade própria, manipuladas por uma rede de interesses. Contrário à massificação da humanidade e a padronização de valores, pois eram males que serviam a uma minoria.<br />
Nos últimos anos Nietzsche e sua Obra têm sido foco de atenções, tanto dos meios acadêmicos, como de pessoas leigas.<br />
Conhecido por suas ideias ásperas e muitas vezes amargas, muito provavelmente nunca imaginou que seria tão lido quase Cem anos depois de sua morte. Sua notoriedade se deve ao fato de ele ter desafiado o pensamento do seu tempo.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFk8_h9gmg_JrudnR2LeKrnxTAUNjSIHiQomLLVI_2OXpgrY_KOzIjhCO9B1KwZQH0-Sbh9LW0rikWJnx2DQ_10k1UWA0W5aWHItT21k_YmIt2ffh-3F28tO-UFOSgJEqBh3PIoKoqGLA1/s1600/cara_nietzsche.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFk8_h9gmg_JrudnR2LeKrnxTAUNjSIHiQomLLVI_2OXpgrY_KOzIjhCO9B1KwZQH0-Sbh9LW0rikWJnx2DQ_10k1UWA0W5aWHItT21k_YmIt2ffh-3F28tO-UFOSgJEqBh3PIoKoqGLA1/s1600/cara_nietzsche.jpg" /></a></div>
Nietzsche pode ser considerado o pensador das angústias humanas, e neste contexto se mostra atual, pois a sociedade contemporânea ainda vive sem raízes e na superficialidade.FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-30238115938272457862013-03-21T05:35:00.000-07:002013-03-21T05:35:12.014-07:00DIREITOS HUMANOS....<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
<span class="userContent"><strong>DIREITOS HUMANOS</strong> <br /> Enquanto os homens adotarem como pressuposto o egocentrismo em suas vidas, será impossível a solução de nossos problemas cotidianos. Estes seriam facilmente resolvidos através do espírito de auxílio mútuo cuja base encontra-se no universalismo. Enquanto houver um indivíduo sofrendo com doenças, com miséria e com conflitos, é impossível afirmar que somos felizes, sendo ainda mais absurdo afirmar que somos <span style="color: red;"><strong>civilizados.</strong></span></span></div>
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
<span class="userContent"><span data-ft="{"tn":"K"}" id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786645}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2]"><span class="UFICommentBody" id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786645}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0"><span id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786645}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[0]">O homem, presenciando a falha de seus métodos no combater a infelicidade,esqueceu-se de sua própria natureza superior e optou por <span style="color: magenta;"><strong>buscar a felicidade na satisfação de sua própria individualidade</strong></span>. Ao esquecer de sua natureza superior, portanto, esqueceu de sua natureza universal e das suas verdadeiras necessidades, que são as mesmas em todas as partes do planeta.</span></span></span></span></div>
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
<span class="userContent"><span data-ft="{"tn":"K"}"><span class="UFICommentBody"><span> "...todos os problemas que enfrentamos em nosso cotidiano, tais como <span style="color: red;">a violência física ou moral</span>, <span style="color: #134f5c;"><strong>crise econômica</strong></span>, <span style="color: #cc0000;"><strong>abuso de poder</strong></span>, <span style="color: #660000;"><strong>saúde pública em estado de calamidade</strong></span>, <span style="color: #274e13;"><strong>meio ambiente degradado</strong></span>, sistema educacional defasado, <span style="background-color: red;"><strong>analfabetismo</strong></span>, ausênc<span id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786677}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3]"><span id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786677}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3].0"><span id=".reactRoot[24].[1][2][1]{comment4840770340536_59786677}.0.[1].0.[1].0.[0].[0][2].0.[3].0.[0]">ia de consciência política e social, degradação da instituição familiar, desemprego, <span style="color: #7f6000;"><strong>salários indignos</strong></span>, sistema tributário leonino, e toda a sorte de problemas infindáveis cuja enumeração seria impossível citá-los no momento." Todo esse quadro de infâmias humanas ----por vezes me deixa tão triste.... Me sinto tão incapaz e ao mesmo tempo perplexa com toda essa miserável imperfeição,com todo esse egoísmo--cujo latifundio, também, cabe um infímo a mim."</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
</div>
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
<img alt="" class="img" height="196" src="https://sphotos-b.xx.fbcdn.net/hphotos-ash4/s480x480/480639_4840759220258_1162123038_n.jpg" style="left: 0px;" width="282" /></div>
<div class="-cx-PUBLIC-fbInlineActions__container uiScaledThumb photoRedesignMiddle photoRedesignMiddleEdge photoRedesignLink" data-ft="{"type":41,"tn":"E"}">
<a ajaxify="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4840761220308&set=pcb.4840770340536&type=1&relevant_count=1&ref=nf&src=https%3A%2F%2Ffbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net%2Fhphotos-ak-ash4%2F392787_4840761220308_1570865487_n.jpg&size=543%2C720&theater" class="-cx-PUBLIC-fbInlineActions__photoLink" href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=4840761220308&set=pcb.4840770340536&type=1&relevant_count=1&ref=nf" rel="theater"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
</a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwAbPesi-8dMArSyoBBBraS_EIXNMO37ACHhtRKsw05PaxYsO9rUVV8xu8Y6_UBmKjryJnHGDWS8kc1RnN8nt8Naw8Dt7ln8u5SQJgKS0-_N5bKxvElCdL5n-RFbort47sJwgm9SkorEth/s1600/direitoshumanos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwAbPesi-8dMArSyoBBBraS_EIXNMO37ACHhtRKsw05PaxYsO9rUVV8xu8Y6_UBmKjryJnHGDWS8kc1RnN8nt8Naw8Dt7ln8u5SQJgKS0-_N5bKxvElCdL5n-RFbort47sJwgm9SkorEth/s1600/direitoshumanos.jpg" height="223" width="320" /></a></div>
<div class="uiScaledImageContainer photoWrap">
<img alt="" class="scaledImageFitWidth img" height="262" src="https://fbcdn-sphotos-f-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/s480x480/392787_4840761220308_1570865487_n.jpg" width="197" /></div>
</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-26357316776722412212013-03-15T07:32:00.001-07:002013-03-15T08:10:07.392-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="userContent"></span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_51432e569c8a15c56004815">
<span class="userContent">PRIMAVERA ÁRABE</span><br />
<span class="userContent">A expressão Primavera árabe faz referência a uma série de protestos que ainda ocorrem no chamado “mundo árabe”, compreendendo basicamente os países que compartilham a língua árabe e a religião islâmica, apesar de etnicamente diversos.</span><br />
<br />
<span class="userContent">As causas já estavam de certo modo presentes, e o descontentamento em vários países era já latente, pela comum falta de emprego e oportunidades para as gerações mais jovens, além da repress<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">ão política e a concentração de poder e riqueza na mão de poucos. Assim, já ocorria mobilização por parte de vários grupos, mostrando que este não era um fenômeno novo na região, e, contrário à visão que predominava na mídia ocidental, os envolvidos nos protestos não tinham qualquer influência fundamentalista religiosa, nem haviam absorvido as ideias anti-ocidente promovidas por grupos terroristas como a Al Qaeda.</span></span></div>
<span class="userContent">
</span><br />
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_51432e569c8a15c56004815">
Entende-se, porém, que o episódio catalisador de toda a recente onda de protestos seja a autoimolação do vendedor de rua tunisiano Mohamed Bouazizi, que ateou fogo ao próprio corpo em 17 de dezembro de 2010 em protesto contra humilhações causadas pelas autoridades locais que confiscaram os bens que usava para trabalhar. Seu funeral reuniu mais de 5000 pessoas e logo causaram a queda do ditador tunisiano Ben Ali.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDC8q1xUdZf56w1AkkTUgPq9ppdItMsnSdGA-5GoVGFi2LiKk88a8lD6PesKzYPJFLWBNGsoPVgwwAEbBGmA8O3p7vAizYk6xJYNOvtpxFAr7DeGTh4iZ6CnRfH8IFqmhSavLgPwt_f2oh/s1600/531478_4815186860965_2103131235_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDC8q1xUdZf56w1AkkTUgPq9ppdItMsnSdGA-5GoVGFi2LiKk88a8lD6PesKzYPJFLWBNGsoPVgwwAEbBGmA8O3p7vAizYk6xJYNOvtpxFAr7DeGTh4iZ6CnRfH8IFqmhSavLgPwt_f2oh/s320/531478_4815186860965_2103131235_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7TzA59d16rUJ-VesfIvmFmCvaAI2ryHla6dpHeuF9ENW8MmuSyLMcyuAhfagN-k640qlFqmNaSa3DWswqDRK3jgQ936uZ7Gfc_9r0Ow8Bec_Jyv013Rkb4FYrYxEhixrxpYLU10PdgAG/s1600/primavera_arabe2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih7TzA59d16rUJ-VesfIvmFmCvaAI2ryHla6dpHeuF9ENW8MmuSyLMcyuAhfagN-k640qlFqmNaSa3DWswqDRK3jgQ936uZ7Gfc_9r0Ow8Bec_Jyv013Rkb4FYrYxEhixrxpYLU10PdgAG/s320/primavera_arabe2.jpg" width="320" /></a></div>
Logo após iniciam-se protestos em países vizinhos, em especial o Egito, onde, multidões se reúnem na praça Tahrir (palavra árabe que significa “liberdade”), no Cairo, e em várias outras praças nas restantes cidades egípcias, acampando em protesto contra outro dirigente há décadas no poder: Hosni Mubarak. Assim como seu colega tunisiano, o egípcio mantinha o poder atrás de um regime forte, apoiado diretamente pelos militares locais, que se concentravam em reprimir a população. Após meses de protestos e completa paralisação do país, Mubarak renuncia em favor de um governo de transição, apoiado pelos mesmos militares. Os protestos continuam ainda hoje, para que os militares deixem de interferir no governo.</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-18936427979964875792013-03-12T20:04:00.001-07:002013-03-12T20:04:56.078-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
A energia nuclear quando surgiu, foi aproveitada para testes e armas nucleares. Um horror.<br />Hoje, apesar do risco de guerra atômica, há um equilíbrio de forças bélicas e a energia nuclear tem proveito na geração de eletricidade. Traz poluição incrivelmente danosa, mas têm muito proveito prático. Poderia ser eliminada? Poderia, mas não sem grandes ônus para muitas nações.<br />A medicina nuclear combate o cancer e mapeia o corpo humano. Foguetes nucleares já levam sondas a locais inimagináveis. E toda uma nova ética de uso dessa energia vem surgindo.<br />Quando surgiu a informática, temíamos que nossa vida se tornasse um grande Big Brother. Homens sendo trocados por máquinas, chips implantados nas pessoas, falta de comunicação dentro das famílias.<br />Hoje vemos a informática distribuindo cultura, facilitando o trabalho mecânico em muitas posições, aumentando o poder de comunicação e acesso ilimitado ao conhecimento. Tem distorções? Tem. Pornografia, roubos eletrônicos, perda de postos de trabalho que antes existiam. Mas têm muitos outros benefícios. Toda uma nova ética de uso dessa tecnologia vem surgindo. As pessoas colaboram e reinvidicam que nova noção do Direito Cibernético seja elaborado.<br />Se seguirmos esta linha, a clonagem também criará distorções, mas toda uma nova ética de uso dessa tecnologia irá surgir, as distorções deverão ser resolvidas com o tempo e muitos benefícios surgirão.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgng9MqWGOQRyWnfd_4g4xIbNuKtic4ro1VlnC3aV9f2_qRCPLJKZWMmNobKn4dPK2WwS7Et_D58JQlW_IgNvv_jp6t77_r6J5zAfsdyUPbZphmqYjCRQBDR2UhZC3EmUkYEXVGcBW7rb2X/s1600/help.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgng9MqWGOQRyWnfd_4g4xIbNuKtic4ro1VlnC3aV9f2_qRCPLJKZWMmNobKn4dPK2WwS7Et_D58JQlW_IgNvv_jp6t77_r6J5zAfsdyUPbZphmqYjCRQBDR2UhZC3EmUkYEXVGcBW7rb2X/s320/help.jpg" width="320" /></a></div>
Porém o Progresso continua a ser um paradoxo- há progresso na Filosofia? E por que há tanta decadência na história da humanidade? A exemplo das duas grandes guerras mundiais. Não se segue na prática do cotidiano o que se doutrina através dos belos discursos éticos. Não vivemos em um mundo seguro? Um mundo em que os direitos mais fundamentais têm que ser respeitado?</div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-37312596379423572362013-03-12T19:43:00.001-07:002013-03-12T19:43:43.848-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span class="userContent"><div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_513fe6ce765c47640182285">
</div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwLdHhw3ExPXDgfr4g0zNguAjZQeHDKpPVHF6_uaHctyUCcPLE0rxtbrADVVRUXYDbv8IgDssuPYv2u9gH33qpTRe2G7fGs97R5HoMZUuQvH2dBmmJ9wQfTNuiYGO3Gvbv2AlaCfrkAIS2/s1600/adolf-hitler-7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwLdHhw3ExPXDgfr4g0zNguAjZQeHDKpPVHF6_uaHctyUCcPLE0rxtbrADVVRUXYDbv8IgDssuPYv2u9gH33qpTRe2G7fGs97R5HoMZUuQvH2dBmmJ9wQfTNuiYGO3Gvbv2AlaCfrkAIS2/s320/adolf-hitler-7.jpg" width="320" /></a></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7_xu5jVxxY5RShItmwe77oBbZWz98mJAcGxf-jFW-PF3ibTv5hLmseZdUWj-ZkTVuEKgoYM19ouBUqSpGpti9uQbzaZItaqIsWYz-oAEvpsLmt3rJvIzayeFT9mQsG9OlM4szJCv5wqA/s1600/525357_610300532318100_1529493139_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs7_xu5jVxxY5RShItmwe77oBbZWz98mJAcGxf-jFW-PF3ibTv5hLmseZdUWj-ZkTVuEKgoYM19ouBUqSpGpti9uQbzaZItaqIsWYz-oAEvpsLmt3rJvIzayeFT9mQsG9OlM4szJCv5wqA/s320/525357_610300532318100_1529493139_n.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="text_exposed_root text_exposed">
QUEM ELES PENSAM QUE SÃO ????<br /> A história FOI e CONTINUA A SER TESTEMUNHA de muitas histórias deploráveis da vontade do homem de se ACHAR SUPERIOR ao próximo.. ao semelhante ...ao outro ser humano ao ver a DIFERENÇA do outro COMO DEFEITO--- quer exemplos ?? Temos o Vergonhoso NAZISMO ---- O PRECONCEITO COM OS NEGROS -- PRECONCEITO COM OS HOMOSSEXUAIS --- COM OS SURDOS -----COM OS ANÕES ----- E PASMEM ATÉ COM NORDESTINOS / POBRES E AFRICANOS E TRAVESTIS --TRANSSEXUAIS E QUEM O<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">XIDA OS CABELOS E SE TRANSFORMA EM LOIRAS!....O que faz o homem se achar no DIREITO de querer aniquilar essas "DIFERENÇAS INCÔMODAS"???? ou mostrar sua força sobre os fracos? Os homossexuais podem ser exemplos mais próximos, por estarem conquistando direitos por meio de leis específicas que deixam muitos bem insatisfeitos. Mas o que incomoda tanto esse "HOMEM SUPERIOR"? O que faz do homem esse animal....Q não respeita o desejo ou a preferencia sexual do outro? Exemplos de homens-animais PRECONCEITUOSOS --homofóbicos? O Malafaia --- Marcos Feliciano e centenas e milhares enrustidos Q não falam porque temem --mas aplaudem (silenciosamente) a voz do preconceituoso---!</span><span class="text_exposed_hide"><span class="text_exposed_link"><a data-ft="{"tn":"e"}" href="http://www.blogger.com/null">Ver mais</a></span></span></div>
<br /></span> </div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-34731057915181129002012-11-09T11:21:00.001-08:002012-11-09T11:24:16.265-08:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
Filosofia Baumaniana sobre relacionamento: Homem vs Mulher = -AMOR LÍQUIDO:<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBWAU0DrUGbEWXvCQ2kTTvc8pcvnH8bFdbC6ynfzAGnmkxGpVHHKRo2Z5mxCeaeWSNoHxJhAzrkNTbOcc558IxVwlHzawSjL-15jGCKSZroQjWZ-zEx5I6iv0OGE-kADxiZopXoCpd3c7m/s1600/spencer-tunick%2520(67).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" rea="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBWAU0DrUGbEWXvCQ2kTTvc8pcvnH8bFdbC6ynfzAGnmkxGpVHHKRo2Z5mxCeaeWSNoHxJhAzrkNTbOcc558IxVwlHzawSjL-15jGCKSZroQjWZ-zEx5I6iv0OGE-kADxiZopXoCpd3c7m/s320/spencer-tunick%2520(67).jpg" width="253" /></a></div>
"Agora estou inclinado a acreditar que duas mudanças básicas nas condições de vida influenciaram uma alteração significativa no relacionamento “Eu e o Outro” que, ...por razões óbvias, não pude registrar e analisar em meus trabalhos anteriores sobre a produção e autoprodução dessa “alteridade”: as chamadas “redes sociais” on-line e a “diáspora” das vizinhanças off-line. O primeiro desvio tende a “achatar”, “banalizar” as interações humanas; ele deixa os contatos superficiais e rotineiros (como se fossem uma obrigação), além de “vaciná-los” contra os perigos das consequências (como o que a pílula anticoncepcional fez anteriormente com as relações sexuais). Os encontros humanos tendem a ser substituídos por um interfaceamento de “superfícies”, de “quadros de apresentação” destinados à exibição pública – embora com a condição de que são justamente esses aspectos do “eu” que até recentemente eram tratados como os mais particulares, íntimos e sigilosos e que agora muitas vezes são os primeiros a serem expostos publicamente, criando com isso uma impressão falsa e enganosa da “profundidade” da relação. " (Zigmunt Bauman).<br />
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ENTREVISTA A CONHECIMENTO PRÁTICO:<br />
FILOSOFIA • Atualmente, considera-se o conceito de “pós-modernidade” insuficiente ou inadequado para a compreensão e descrição de nossa atual conjuntura cultural, social e existencial. Gilles Lipovetsky propõe o termo “hipermodernidade”; você, por sua vez, criou o conceito de “Modernidade Líquida”. Haveria convergências entre ambos? <br />
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Bauman: Há muitos termos empregados para descrever nossa condição sociocultural contemporânea (a propósito, foi Georges Balandier quem primeiro sugeriu o nome “surmodernité”) – pós-modernidade, modernidade tardia, segunda modernidade – todos implicam que a realidade não é mais como ela costumava ser quando nós a descrevíamos como sendo apenas “modernidade”, sem um qualificador. Mas todas as designações chegam à beira de sugerir como a nossa realidade difere de sua antecessora. Esses termos afirmam explicitamente apenas uma coisa: este mundo aqui e agora não é idêntico ao mundo que existiu há uns 50 anos mais ou menos. Optei pelo termo “Modernidade Líquida” por que desejei manifestar minha discordância das descrições de Lipovetsky, Balandier, Giddens ou Beck das atuais condições humanas. Procurei um termo que não nos diria apenas o que essa condição deixou de ser, mas também que qualidade ela adquiriu que a distingue da modernidade “clássica” e, por conseguinte, exige uma nova “caixa de ferramentas analítica” e uma nova agenda para estudos sociais e culturais. Julguei que o termo “liquidez” é o que melhor se adéqua ao meu propósito: o aspecto definidor de “liquidez”, a incapacidade de reter sua forma por muito tempo e sua propensão a mudar de forma sob a influência de mínimas, fracas e ligeiras pressões é apenas o traço mais óbvio e, em minha opinião, também a característica mais consequente de nossa atual condição sociocultural. <br />
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FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-87519397729342298072012-11-09T06:14:00.000-08:002012-11-09T06:14:22.125-08:00Sobre DESCARTES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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O Infinito: O Infinito tem os seus tipos. Pode assumir diferentes feições históricas, como a Estética no Sublime, ou a Religiosa, em DEUS. Tenho uma forte tendência de ser uma Pensadora Laica, mas confesso que muitas vezes não compreendo certos excessos dos anticlericais, que parecem, manifestar uma espécie de religião laica no seu modo de operar por meros estereótipos e por apegos a "nomes".
Lévi...nas - em seus escritos -fala que Descartes é um pensador que se põe para além da fenomenologia objetiva e que descobriu a INFINITUDE do Outro no próprio COGITO.
Atualmente, filósofos contemporâneos, como Lévinas e MICHEL HENRY, mostrram que certas noções repetidas por Heidegger e Gadamer são expressões de uma má vontade de leitura...Talvez, ...explicável pelo contexto político. Mas entrar nessa questão -é deveras espinhosa missão (rs). Nada melhor que ter por adversário um filósofo como Descartes. Descartes recusa categoricamente o fantasma da máquina nos seus textos. A GRANDE QUESTÃO de Descartes em relação a humanidade, é pensar o estatutoi do seu corpo próprio, de como o que não pode ter lugar, A CONSCIÊNCIA, encontra um lugar e se ENCARNA.... Esse é um paradoxo que dá muito a pensar aos filósofos...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd1KeNE4PUqkHa39WqHhvA3YN3z9RLNNWfBAuyr1cSW_9FX1KtOQm02Yw8ggW10Or6h-oEf5WLs9k0dndwWy2XtuJKyITonnSeEII7tCm-g_7GeFyGrf-mEoGDWiy8uSCA-GV8OtWIIqwg/s1600/alma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="263" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd1KeNE4PUqkHa39WqHhvA3YN3z9RLNNWfBAuyr1cSW_9FX1KtOQm02Yw8ggW10Or6h-oEf5WLs9k0dndwWy2XtuJKyITonnSeEII7tCm-g_7GeFyGrf-mEoGDWiy8uSCA-GV8OtWIIqwg/s400/alma.jpg" /></a></div>
FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-74661710021446506992012-07-23T09:07:00.000-07:002012-07-23T09:07:00.007-07:00ÍCARO (MITO DE DÉDALO)EXPLICANDO O MITO DE DÉDALO (ÍCARO) =
Personificação do espírito artístico, o mito de Dédalo ilustra a trajetória libertária da arte. Seu filho Ícaro, símbolo do descomedimento, paga com a vida a realização do sonho de voar.
Segundo a mitologia grega, em seus primeiros anos a vida do arquiteto Dédalo foi um ato de descobrimento dos materiais, formas, volume e do próprio espaço.
Sentindo-se superado em talento pelo sobrinho e aprendiz Talo, matou-o e fugiu. Em Creta, na cor...te do rei Minos, uniu-se à escrava Naucrates e com ela teve um filho, Ícaro.
Minos lhe encomendou a criação do labirinto de Cnossos, que deveria conter a fúria do Minotauro.
Mais tarde, o arquiteto e seu filho são lançados no labirinto. Dédalo, no entanto, com seu engenho inigualável, constrói para si e para o filho dois pares de asas de penas, ligadas com cera, para fugirem.
Recomenda ao menino que não voe muito perto do Sol nem do mar. Mas Ícaro, deslumbrado com a beleza do firmamento, sobe demasiado e o sol derrete a cera de suas asas, precipitando-o nas águas do mar Egeu. A ilha para onde o seu corpo foi levado pelas ondas ganhou depois o nome de Icária. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-vtwWYxW_naGTj_DggWRv-4tm1HqXQqCe6nbS4gXDa7B5GBdcrvks435YEfdFCiKwg3FMBi0R7tezZuN9Q__4LOG3PpOTRgU0N66ePXjY_e0IJZdlHMiz_fhoLpbWieRHGem61tjQ0lA/s1600/icaro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="170" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-vtwWYxW_naGTj_DggWRv-4tm1HqXQqCe6nbS4gXDa7B5GBdcrvks435YEfdFCiKwg3FMBi0R7tezZuN9Q__4LOG3PpOTRgU0N66ePXjY_e0IJZdlHMiz_fhoLpbWieRHGem61tjQ0lA/s400/icaro.jpg" /></a></div>
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</div>FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-56583087176142284542012-07-23T09:06:00.001-07:002012-07-23T09:06:52.478-07:00ÍCARO (MITO DE DÉDALO)EXPLICANDO O MITO DE DÉDALO (ÍCARO) =
Personificação do espírito artístico, o mito de Dédalo ilustra a trajetória libertária da arte. Seu filho Ícaro, símbolo do descomedimento, paga com a vida a realização do sonho de voar.
Segundo a mitologia grega, em seus primeiros anos a vida do arquiteto Dédalo foi um ato de descobrimento dos materiais, formas, volume e do próprio espaço.
Sentindo-se superado em talento pelo sobrinho e aprendiz Talo, matou-o e fugiu. Em Creta, na cor...te do rei Minos, uniu-se à escrava Naucrates e com ela teve um filho, Ícaro.
Minos lhe encomendou a criação do labirinto de Cnossos, que deveria conter a fúria do Minotauro.
Mais tarde, o arquiteto e seu filho são lançados no labirinto. Dédalo, no entanto, com seu engenho inigualável, constrói para si e para o filho dois pares de asas de penas, ligadas com cera, para fugirem.
Recomenda ao menino que não voe muito perto do Sol nem do mar. Mas Ícaro, deslumbrado com a beleza do firmamento, sobe demasiado e o sol derrete a cera de suas asas, precipitando-o nas águas do mar Egeu. A ilha para onde o seu corpo foi levado pelas ondas ganhou depois o nome de Icária. <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-vtwWYxW_naGTj_DggWRv-4tm1HqXQqCe6nbS4gXDa7B5GBdcrvks435YEfdFCiKwg3FMBi0R7tezZuN9Q__4LOG3PpOTRgU0N66ePXjY_e0IJZdlHMiz_fhoLpbWieRHGem61tjQ0lA/s1600/icaro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="170" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp-vtwWYxW_naGTj_DggWRv-4tm1HqXQqCe6nbS4gXDa7B5GBdcrvks435YEfdFCiKwg3FMBi0R7tezZuN9Q__4LOG3PpOTRgU0N66ePXjY_e0IJZdlHMiz_fhoLpbWieRHGem61tjQ0lA/s400/icaro.jpg" /></a></div>
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</div>FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-18257535526712674132012-07-23T08:29:00.000-07:002012-07-23T08:34:55.909-07:00O NASCER<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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O NASCER no mundo Demasiado Humano...(Parte 1)
"Sempre me surpreendo distraida -secretamente - como se cantarolasse em pensamentos, sentimentos intraduzíveis, profundamente sensível em traços fugazes./
O nascer de átomos, pensava Eu, seria em absoluto silêncio, que nem o olhar poderia
conhecer. Mas para Nascer tudo precisa ter vida?/
Nascer é um movimento necessário tanto à coisa que faz nascer como a nascida? Urge sabermos analisar esse ponto, porque a coisa que faz nascer não pode fazer nascer algo fora de sua natureza (...) / e assim sempre gera nascimento a uma coisa de sua
própria espécie ..." *_* ^_^ :))
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgwl3ekL9dpFngzcpy2PF2xunFiZJY9oo7Z61F3lbBRoL2ICoMJZDs_zaHtZu0-lBgXlNyjWLLAX-WjLsJdgrPmzwkhNjs2Pmpiyji1yZk3NlETKYyImZvWdZvDuyjrbMh5ySsGQvtJdx/s1600/anascer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="400" width="317" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfgwl3ekL9dpFngzcpy2PF2xunFiZJY9oo7Z61F3lbBRoL2ICoMJZDs_zaHtZu0-lBgXlNyjWLLAX-WjLsJdgrPmzwkhNjs2Pmpiyji1yZk3NlETKYyImZvWdZvDuyjrbMh5ySsGQvtJdx/s400/anascer.jpg" /></a></div>FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-212498318675038620.post-84849356102923845212012-06-04T15:18:00.001-07:002012-06-04T15:18:39.710-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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ADÃO E EVA – SAÍDA DO PARAÍSO
Tanto na tradição judaico-cristã como na Mitologia Grega os homens foram castigados por Deus ou pelos deuses devido à sua audácia, curiosidade e ambição desmedida. As divindades deixaram claro que os homens tinham seus limites e que avançá-los poderia trazer consequências terríveis.
No livro bíblico do Gênesis, Adão e Eva foram castigados com trabalhos pesados, dores, doenças e a morte. E se Abel procurou apaziguar a ira divina com oferendas (tentativa de suborno?) de sua rica colheita, logo apareceu o invejoso Caim para matá-lo. Afinal por que o irmão tivera uma bela safra e ele não? Por que alguns podem usufruir do bom e do melhor enquanto muitos recebem migalhas ou passam fome? Que Deus justo é este? Estava estabelecida a competição de mercado entre os homens! E para compensar os “bons”, foi-lhes prometida a devolução do “Paraíso”, mas somente no outro mundo. Neste mundo, os prazeres da carne e dos sentidos sempre são interrompidos pelo inferno das dívidas dos cartões de crédito e dos altíssimos juros bancários, principalmente no Brasil! Afinal, há uma lenda de que o “Jardim do Éden” era aqui. Ficaram as serpentes.
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-OABjZQY1fY2aG3E8kSlWXDDYg12SgnTAirhgakPSf1UQ5Tk0iQWa1RinogGAKLSGeHw14KjCXoonaGj-2QK2Uw8AtDRVEvc13AgJR5B5B4O3h-WokS3lVV1wf0ePqH-J-u8m6TXSpoep/s1600/NAIADAESNOBANHO.bmp" imageanchor="1" style="clear:left; float:left;margin-right:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="310" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-OABjZQY1fY2aG3E8kSlWXDDYg12SgnTAirhgakPSf1UQ5Tk0iQWa1RinogGAKLSGeHw14KjCXoonaGj-2QK2Uw8AtDRVEvc13AgJR5B5B4O3h-WokS3lVV1wf0ePqH-J-u8m6TXSpoep/s400/NAIADAESNOBANHO.bmp" /></a>FátimaPessoahttp://www.blogger.com/profile/09358482881425633229noreply@blogger.com0