quarta-feira, 23 de julho de 2014

O EXISTIR NO PLANETA TERRA

 O EXISTIR NO PLANETA TERRA
("O Existencialismo é um Humanismo"  (Jean-Paul Sartre)
É, não nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.
 
 
 
Para Sartre, o existencialismo é um humanismo, pois é a única doutrina que dá ao homem uma possibilidade de escolha.Em seus argumentos iniciais, ele diz que existem duas espécies de existencialistas, os CRISTÃOS e os ATEUS. Entretanto, há um ponto comum entre eles. O ponto em comum entre eles é o fato de admitirem que a existência procede a essência, em outras palavras, que temos de partir da SUBJETIVIDADE. O Homem é antes de tudo, um projeto que se vive subjetivamente; em vez de ser um creme, ou uma  couve-flor, o homem será o que tiver  projetado ser. Então, pergunto será mais atrativo projetar ser o que leva a auto destruição?

É,
... milhares de pessoas se drogando, cometendo suicídio, assassinatos,bullying, orgia sedutora, ovelhas negras, corruptos pegando milhões de dólares e etc..dormindo cedinho vai ter pessoas fazendo churrascão na laje com as piriguetes, vai ter funk, pagode, rock, pop, metal o dia inteiro e bebedeiras, teoria paranoica dos Maias(ou será MALAS?) .
Esse bate-papo, com amigos do facebook, já é suficiente para ultrapassarmos o grande Oscar Niemeyer. Quando olho para um pequeno beija-flor: somente um pequeno e lindo ser desses, já é pretexto para continuarmos na luta. A fé, para os crentes; o futebol, para os peladeiros; o brinquedo, para as crianças; a canção, para os seresteiros e tantos outros sinais que nos abraçam a cada dia. Quando o mundo parece feio, não é o mundo: somos nós. Como os passarinhos que cantam por hábito e se alegram por ofício, podemos exercitar o bom humor. No meu caso, se o dinheiro acabou, mas a felicidade permanece e relembra um grande amigo. A cada dia, quando eu lhe perguntava “Como está?” ele respondia “Cada vez melhor!”. Enfim, quando estiver triste, grite ou cante “Cada vez melhor!”. Observe alguns dos sinais...
"A vida é um caso muito sério. Ela merece ser vivida, até o último segundo, independentemente dos problemas que tivermos, na sua transposição." ( como escreveu Giovanni Passini).

É, a vida é um caso muito sério. Ela merece ser vivida, até o último segundo.
não nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.  
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não nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.  
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não nos restam dúvidas que nossa civilização está à beira do colapso. Nunca antes estivemos mergulhados em tantas crises ao mesmo tempo: superpopulação humana, pobreza e desigualdade social, crise financeira mundial, crise alimentar, crise energética, escassez de água e petróleo, consumismo frenético, ameaças de terrorismo e guerras nucleares, o reaparecimento de doenças mortais, escândalos envolvendo políticos, quedas de governos, mudanças climáticas e o aumento impressionante das catástrofes naturais e da extinção de espécies, além do agravamento da violência e distúrbios civis.  
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domingo, 20 de julho de 2014

HISTÓRIA DO RACISMO NO BRASIL

RACISMO À BRASILEIRA
"No Brasil das décadas de 1930 e 1940, a “educação eugênica” foi aplicada às crianças, em especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, A eugenia e seu par inseparável, o autoritarismo, marcaram profundamente a educação no Brasil na primeira metade do século XX." (Sidney Aguilar Filho).
Nesta década, a educação eugênica foi aplicada às crianças, especialmente as negras.

O filósofo Habermas acreditava que a eugenia liberal, principalmente a eugenia positiva, causa graves danos à nossa auto compreensão normativa moderna - em outras palavras, a nossa moral convencional. A responsabilidade, imputabilidade e simetria nas relações entre os membros da comunidade moral são afetadas. Segundo o filósofo, a eugenia positiva cria uma relação assimétrica entre a prole e seus progenitores. Quanto à responsabilidade, ele acredita que os indivíduos resultantes de intervenções eugênicas positivas seriam incapazes de compreender-se como autores indivisos de seu projeto racional de vida. Essa intromissão na determinação no projeto racional de vida de outra pessoa consistiria num tipo de violação da liberdade ética ou a de escolher a maneira de buscar a própria felicidade, garantida pelas constituições liberais e democráticas.
 A antropometria e a frenologia, estudos utilizados para classificar indivíduos e grupos humanos por meio das dimensões do crânio, do lóbulo das orelhas ou do nariz. Utilizados pelos nazistas, alguns traços eram considerados como indicadores da degeneração biológica (fotos acima).

 ESTIMULO À EUGENIA  (Constituição BRASILEIRA de 1934 !)
Na Constituição brasileira de 1934, em seu artigo 138, está escrito que “Incumbe à União, aos Estados e aos Municípios, nos termos das leis respectivas: b) estimular a educação eugênica”. No Brasil das décadas de 1930 e 1940, a “educação eugênica” foi aplicada às crianças, em especial aos filhos da classe trabalhadora mais empobrecida, sobretudo, nos termos da época, entre “órfãos e abandonados, pretos ou pardos, débeis ou atrasados”.
Nada menos que três dos ministros da Educação, durante a Era Vargas, identificaram-se com esse ideal de base racista. Francisco Campos (1891-1968), Belisário Penna (1868-1939) e Gustavo Capanema (1900-1985) defenderam abertamente concepções eugênicas, assim como outros intelectuais da Educação, na época, também defenderam argumentos semelhantes. Lourenço Filho (1897-1970), por exemplo, concluiu com suas pesquisas que haveria uma relação entre velocidade de aprendizagem e “cor” – defendeu que as crianças pretas possuiriam um déficit natural em relação às brancas na capacidade de aprendizagem, e isso deveria ser levado em conta na composição das “salas seletivas” ou no “uso de mecanismos corretivos” no processo de aprendizagem. Ou ainda, Afrânio Peixoto, que, em sua obra Noções de História da Educação (1936), defendeu a segregação de crianças e adolescentes “degenerados” como forma de garantir a “saúde da Nação”.

 O termo “eugenia” (“boa geração”) foi cunhado, em 1883, pelo antropólogo inglês Francis Galton. Eugenia seria a ciência que lida com todas as influências que supostamente melhoram as qualidades inatas de uma pressuposta raça em favor da evolução da humanidade. Na afirmação de Galton, os cérebros de uma “raça-pátria-nação” encontravam-se sobretudo em suas elites, e aí se deveria concentrar a atenção e os esforços para o aprimoramento. Seria estatisticamente “mais proveitoso” investir nas elites e promover o “melhor estoque do que favorecer o pior”. Galton procurou demonstrar que as características humanas (inclusive as intelectuais, culturais e morais) decorriam da hereditariedade mais que da própria história.

Ao longo das primeiras décadas do século XX, o pensamento eugenista tornou-se cada vez mais geneticista. O evolucionismo social procurou “mais na origem genética e menos nas alterações genéticas herdadas” as explicações e justificativas para “eugenia e disgenia”. A “pureza” da origem, ou a falta dela, ganhou status explicativo da “superioridade e da inferioridade” humana e da nação.
No Brasil, as relações socioeconômicas sustentadas na lógica eugenista foram profundamente marcadas pela história escravocrata. Durante o século XIX, a ideologia da eugenia expandiu-se no mais tardio reduto escravocrata do mundo. Para quem defendia o direito do proprietário sobre uma propriedade humana, essa lógica chegou com a intenção de legitimar a escravidão ou, diante do seu fim, fortalecer a ideia de que a liberdade não seria acompanhada de igualdade. Os trabalhadores imigrantes europeus, que, no século XIX, haviam sido considerados até a “salvação da raça brasileira” pelos racistas de então, tornaram-se, na visão dos racistas da República, que engatinhava no início do século XX, cada vez mais estrangeiros sujeitos à xenofobia e a diversas formas de preconceitos, difundidos no cotidiano de maneira crescente. O imigrante pobre passou a ser associado à barbárie e sujeito às perseguições, em graus diferentes de opressão. Os japoneses e os médio-orientais, sobretudo muçulmanos ou judeus, foram unidos, por essa ideologia, aos trabalhadores nacionais identificados com a escravidão (pretos e pardos, na linguagem documental da época), tidos como mais degenerados e perigosos.
As defesas do bem comum e da coisa pública foram os argumentos sistematicamente utilizados por legisladores da Assembleia Constituinte de 1933-1934, em especial na bancada liderada por Miguel Couto (1865-1934), como justificativa para a desigualdade de direitos com base na eugenia. Assim foram traçadas as políticas públicas na área da Educação. Formar o cidadão como um trabalhador perfeito a ser engrenado na máquina de produção, e educar o indivíduo para a vida da ação tornaram-se ações centrais nas leis, discursos e práticas educativas, principalmente as escolares.
Os eugenistas tentaram “naturalizar” o processo histórico das sociedades nas quais se inseriam. No Brasil, criaram um plano teórico gelatinoso, modernizante-conservador, o qual subsidiou e influenciou a educação. Ideias que chegaram às leis e às políticas públicas. A sociedade brasileira era vista por esses grupos como um organismo vivo, único e coletivo, preso pela genética a determinações políticas, culturais e sociais. O determinismo biológico primava sobre as características históricas para fundamentar estratégias de controle e manipulação social.
 PLÍNIO SALGADO -- CHAMAVA  o racista Oliveira Viana de: "O maior dos sociólogos"...
O destaque dessa corrente de pensamento no país foi Oliveira Viana (1883-1951), reconhecido por defender a existência de uma única “raça”, a “ariana”, e explicar todo o “restante” da humanidade pela “degenerescência”. A concepção racista da “origem poligênica da humanidade” fora rejeitada por religiosos em virtude de contrapor-se ao criacionismo monoteísta. Oliveira Viana foi membro da Subcomissão do Itamaraty e, dentro dela, da comissão responsável pelos assuntos “Religião e Família, Cultura e Ensino Nacional, Saúde Pública e Colonização”, na qual nasceu o artigo 138 da Constituição de 1934. Ele enxergava a história dos povos a partir de determinantes biológicos. Para ele, referir-se ao corpo da nação como um ser orgânico não era uma metáfora política roubada da biologia nem um corporativismo simplista, e sim uma realidade inexorável em sua visão determinista “histórico-biológica”. Viana, que clamava por uma “engenharia racial”, era chamado por Plínio Salgado (1895-1975) – o líder da Ação Integralista Brasileira – de “o maior dos sociólogos”.
 A segregação e a desigualdade de direitos entre cidadãos foram legalizadas, teorizadas e praticadas no Brasil !

 Ao justificar a intromissão e a intervenção do Estado tanto na vida pública quanto na vida privada dos indivíduos, o pensamento eugenista revelava seu caráter autoritário. Intervenção no amor, no trabalho, na política, no conjunto das relações sociais, sem permitir qualquer liberdade de participação nas decisões, pois as justificativas estavam na pretensa verdade absoluta da ciência. As instituições autoritárias e as práticas de segregação se reforçaram mutuamente na área de Educação, pela prática da exclusão, da desigualdade de direitos de cidadania de crianças e adolescentes, pela condição econômica ou por sua “origem”.

BRASIL DE VARGAS  (1930 -1945) --- segregação racial como política estatal.
Um olhar sobre o Brasil de Vargas (1930-1945) revela a segregação racial como política estatal, implodindo a teoria da “democracia racial” brasileira. Antes, ao contrário, confirmam o autoritarismo extremado do Estado brasileiro e de seus detentores contra setores específicos da sociedade. Os estudos mais recentes sobre a temática mostram, superando os desconfortos, que a segregação e a desigualdade de direitos entre cidadãos foram legalizadas, teorizadas e praticadas no país.
Ultrapassadas as teorias racistas, depois do holocausto produzido pelo nazismo, a lógica que divide a humanidade em raças hierarquizadas entre si felizmente conheceu seu declínio. Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a temática da eugenia e de suas práticas no Brasil foi transformada em tabu, e o mito da “nação sem preconceitos” se consolidou. A igualdade entre todos, mais do que realmente construída historicamente, foi presumida e auxiliada pelo esquecimento de um passado constrangedor. Na última década, no entanto, ressurgiram os debates a respeito do determinismo genético nos processos educativos e a crescente medicalização da educação escolar. Por isso, precisamos estar atentos a fim de evitarmos os “cochilos” da História.

 A SOCIEDADE IDEAL RETRATADA NA "República de Platão"

 No âmbito da Filosofia, propriamente dito, a sociedade ideal retratada na República de Platão, uma sociedade de castas genéticas, é um exemplo de organização social fundada na constituição natural dos indivíduos. Para Platão, a sociedade deveria ser dividida em três classes: guardiões, produtores e governantes filósofos. A base da classificação das pessoas em cada classe é relativa à maneira como estão ordenados os três elementos na alma, a saber, apetite, espírito e razão. Platão traça uma correspondência entre os elementos psíquicos do indivíduo e a classe social à qual ele pertence. Da perspectiva platônica, justo é que cada classe social restrinja- se a realizar as atividades para qual a natureza melhor dotou. Esse tipo de sociedade é inaceitável às sociedades democráticas contemporâneas, como é o caso da sociedade brasileira.


 Francis Galton, primo de Charles Darwin, criou o termo eugenics para referir-se a um estudo, que investigava as ações sobre controle social, um programa, que consistia na doutrina do progresso ou evolução, e a uma religião, em que a eugenia seria um tipo de humanismo evolutivo.

  Habermas recorre à distinção entre eugenia negativa e positiva para discriminar os casos permitidos dos não permitidos. É importante ressaltar que o uso de Habermas dos termos eugenia negativa e positiva é significativamente distinto do que foi feito pelos eugenistas no final do século XIX e início do século XX (1870-1950), nos EUA, Europa e, inclusive, no Brasil. O termo eugenics foi cunhado pelo primo de Charles Darwin (em 1883), Francis Galton, para referir-se a um estudo, um programa e uma religião. Enquanto um estudo, a eugenia investigava as ações sobre controle social que podem aperfeiçoar ou prejudicar as qualidades raciais das gerações futuras, seja fisicamente ou mental mente. Enquanto um programa, consistia na doutrina do progresso ou evolução, particularmente da raça humana, mediante o melhoramento das condições nas relações dos sexos, que implicava na determinação dos aptos e dos inaptos a reproduziremse. A substituição da seleção natural pela seleção artificial, consciente e premeditada dos aptos a reproduzirem- se na esperança de acelerar a evolução dos traços desejáveis e a eliminação dos indesejáveis. Enquanto uma religião, a eugenia seria um tipo de humanismo evolutivo. O ápice do projeto eugenista do passado foi, como é bem conhecido, catastrófico, pois foi vinculado com os ideais racistas nazistas e culminou em Auschwitz. Entretanto, a questão normativa da eugenia liberal não é, ao menos para Habermas, do mesmo calibre, pois, em vez de consistir numa limitação dessa mesma liberdade, é uma extrapolação que afeta a liberdade ética do ser humano geneticamente manipulado.

FONTES DA PESQUISA:
1- Sidney Aguilar Filho é autor da tese “Educação, autoritarismo e eugenia: exploração do trabalho e violência à infância desamparada no Brasil” (Unicamp, 2012).
Saiba mais
2-BAIA HORTA, Joaquim Silvério. O hino, o sermão e a ordem do dia. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1994.
3-BITTENCOURT, Circe. Pátria, civilização e trabalho. São Paulo: Loyola, 1990.
4-D’ÁVILA, Jerry. Diploma de brancura. São Paulo: Ed. Unesp, 2005.