domingo, 8 de maio de 2011

AS MÃES-NOSSAS-DE-TODO-BRASIL




"Queremos continuar crescendo nosso espaço político na aldeia e fora dela, pois somos capazes e isso é importante para acabar com o preconceito de que mulher indígena só serve pra cuidar dos filhos e da casa. Todo dia é dia da mulher indígena, pois trabalhamos muito duro pelo nosso povo, porém é importante termos uma data para comemorar nosso dia e é por isso que temos o dia 30 de outubro como o nosso dia." (Olinda Muniz Pataxó Hã-hã-hãe)



A ideia moderna de ‘Raça’- termo absoleto substituído por Etnia, se baseia na ancestralidade do final do século XVIII,ao multiculturalismo nos últimos 30 anos. Nesse período começa a se formar correntes, que fazem dos interesses raciais, a plataforma política.
Temos como exemplo na India que casta é considerada sinônimo de raça. Na Malásia,há a tônica da supremacia racial dos malaios sobre os chineses
étnicos.Segundo o sociólogo Demétrio Magnoli, doutor em Geografia humana
pela Universidade de São Paulo(USP),no processo histórico,é interessante
mencionar alguns expoentes, como Carolus Linaeus (1707-1778), o inventor da taxinomia biológica, que no século XVIII definia que havia raças africana,
asiática, européia e americana. Jà Arthur de Gabineau (1816-1882),no século
seguinte, foi o primeiro a relacionar a raça humana à história. Ele teve uma
passagem importante no Brasil, ao se aproximar de D.Pedro II. Exerceu certa influência para que houvesse a migração de europeus ao país. Por volta de
850, havia a mentalidade de que a raça branca era superior.
o MITO da raça se consolida, como conhecemos hoje, com o Darwinismo, de acordo com Magnoli, se tornando istrumento de política, e qe também á está provado que as Ciências Naturais estavam erradas.A escravidão moderna do século XVI ao século XIX, não precisava de justificativa ou moral. Era estabelecida pelas guerras e por dívidas. ninguém achava que os seres humanos eram iguais por natureza, até o século XVIII, com o Iluminismo.

A época do Imperialismo, na busca de colonização da África da Ásia, começa o fomento ao mito da raça,com o argumento de que deveriam ser civilizados. Enquanto os africanos se organizavam em clãs, os europeus os classificavam em tribos, e os estabeleciam como etnias."Quando quem nomeia é o Estado, é um ato de poder e isso tem significados políticos",diz Magnoli.Asim começam as políticas étnicas na África, inroduzidas principalmente por ingleses e belgas.
O mito da raça serviu também para a consolidação de nacionalismo racial, na Alemanha Nazista em Ruanda e nos EUA."Hoje se vive outra etapa retrógrada, que virou a ideologia dos ditadores africanos, que não querem na verdade acabar co as fronteiras da Àfrica. Como se tudo de ruim só fosse oriundo do passado colonial e não do govrno atual", analisa o sociólogo. E nos últimos 30 anos, segundo ele, houve a reinvenção desse mito, com a linguagem do multiculturalismo.
FONTES:1)Café Filosófico -USP (25.11.2009)-2)Revista Ciências e Vida-FILOSOFIA-nº42 - 3) Demétrio Magnoli.
IMAGEM RETIRADA DE: www.overmundo.com.br/banco/o-mito-da-raca