quinta-feira, 14 de agosto de 2014

FATALIDADE, Destino


Fatalidade ou...Não? #EduardoCampos 10-08-1965 -----13-08-2014
• O mundo líquido em que vivemos estimula as pessoas a buscarem respostas em discursos como o da Filosofia Pura ou Filosofia Espírita. Então, vejamos o significado da palavra "fatalidade".
Fatalidade é a marca do que é fatal, a força que predispõe irrevogavelmente os acontecimentos, o destino. Fatal é aquilo que é certo, prescrito pelo destino, irrevogável, que necessariamente acontecerá, inevitável, decisivo, inadiável, funesto, nefasto.
Na obra-prima de Sófocles, Édipo rei, a tragédia do homem perseguido pela fatalidade do destino: transformado em rei, busca um assassino que, na verdade, é ele mesmo, descobrindo, ao final, ter matado seu próprio pai e desposado a própria mãe.
No capítulo "Da lei de liberdade" de O Livro dos Espíritos Allan Kardec analisou com lucidez diversas questões relativas à fatalidade, dedicando-lhes uma seção inteira. A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espirito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie ..

As duas últimas acepções do adjetivo fatal indicam algo de caráter negativo. Na concepção vulgar, esse aspecto mistura-se às primeiras acepções, resultando daí a idéia de que a fatalidade é a ocorrência inevitável de alguma coisa ruim. Essa associação da predeterminação com algo trágico, nefasto, porém, não é necessária. Em um sentido geral, a noção de fatalidade é neutra quanto à natureza boa ou má dos acontecimentos.

Como o próprio termo indica, dizer que um fato está predeterminado é afirmar que sua ocorrência é determinada de maneira certa pelo estado de coisas que a antecede. A noção de predeterminação pressupõe a existência de uma como que "amarração" entre os acontecimentos: uns levariam a outros infalivelmente.

Quando consideramos os acontecimentos do mundo de um modo geral, são concebíveis três possibilidades: 1) todos estariam predeterminados (determinismo); 2) nenhum estaria predeterminado (aleatoriedade); e, 3) apenas alguns estariam predeterminados. É esta última posição, intermediária entre os dois extremos, que é aceita pela ciência contemporânea e pelo Espiritismo. E EU escolho esta.