sábado, 3 de março de 2012

O ERUDITISMO CONTRA NOSSOS AUTORES



No Brasil cada vez mais se cria e se estimula a figura do erudito, que também permite ser representada pela do pesquisador. No entanto, ainda é muito pouco o estudo sobre nossos próprios pensadores, como Mathias Aires, Tobias Barreto e Sílvio Romero, por exemplo. E aqui, cabe ressaltar que não se trata de uma apologia etnocêntrica, mas pelo contrário, justamente valorizar os nossos tipos geniais. Portando, a Universidade não deve tolher o pensamento, mas dar espaço àqueles que se destacam. Se isso não ocorre, todavia, é possível dizer que os "intelectuais" emanados pelo Estado são os que mais se opõe "à produção e à perpetuação dos que são grandes filósofos por natureza" (NIETZSCHE, 2003, p. 208). A Universidade, é digno de nota, é constituída pelo tripé: ensino, pesquisa e extensão. Se o ensino vai mal, a formação vai mal; se a pesquisa é capenga, o ensino torna-se frágil; se a extensão é ínfima, a comunidade é prejudicada. Assim, há uma relação entre esses três elementos que não deve ser quebrada, pois quando isso ocorre, a conseqüência pode ser uma dramática acomodação, algo que vai contra uma formação genuína.

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